"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Pedra da Gávea

Pedra da Gávea

Subo a pedra da Gávea 
Pensando fazer o caminho sozinho
Chego ao topo e topo contigo
Seu nome ao menos
Inscrito na pedra
Me fez sorrir

Deixamos de lá ir 
Por motivos de força maior
Nas pernas
A sós e nunca sozinhos
Sinto que estamos pela lei
Da atração 

E não me leve a mal
É uma teoria que diz a respeito 
Do que chamo coincidência 
Estamos conectados 
Por tudo e por nada

Por menos de um fio 
E mais de um sinal
Roteador, rede de dados móveis, inter-net
Cartas, pensamento, presença
Pedras, praias, poesia
Foto, família, amizade.

A fotografia aumenta a lembrança
Veja e ria comigo um pouco.
Ah! O morro que se destaca na imagem
Chama-se Dois Irmãos
Taí uma boa definição! 


06/04/2017

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Media in Br

A editar formatação...

Eis aqui a lista de algumas das famílias controladoras das mídias no Braszil.

 1 Roberto Marinho e família (Proprietários da TV Globo: 123 emissoras afiliadas e cobertura de 98,56% do território nacional e 99,55% dos telespectadores potenciais, das Rádios Globo e da Globosat [ Globonews, Sportv, Telecine, BIS, Multishow, GNT, OFF, Combate, Premiere, VIVA, Canal Brasil e detém 50% do Universal Channel Br e outros canais. Jornais: O Globo, Valor Econômico (parceira da Folha), Meia-hora/ O Dia e Extra/ Portal G1/ Revistas : Época, Turma da Mônica etc)

2 Roberto Civita e família (Grupo Abril : Revistas: Veja, Exame, Vip, Playboy, Quatro Rodas, Boa Forma, Claudia, Elle, Superinteressante, Você S/A, Placar, Nat Geo Br, Exame, Capricho, Bravo(antiga), Viagem e Turismo, Quadrinhos Disney : Pato Donald, Mickey, Tio Patinhas e Zé Carioca etc. Já controlou a ESPN Brasil)

3 Luiz Frias e família (Jornal Folha de SP/ Datafolha / Portal UOL)

4 Edir Macedo e família (TV Record 93% de cobertura nacional: 102 emissoras próprias e afiliadas/ Record Internacional/ Record New/ Radio Record/ Portal R7/ Igreja Universal)

5 João Saad e família (TV Band/ Bandsports/ Arte 1/ Bandnews FM/ Jornal Metro no Brasil)

6 Silvio Santos e família (TV SBT/ Jequiti e antigo dono do Banco Panamericano)

7 Almicare Dalevo Jr e Marcelo de Carvalho (Rede TV)

8 Francisco Mesquita Neto (Jornal Estadão/ Grupo Estado/ Listas Telefônicas)

9 Maurício Sirotsky Sobrinho e família (Grupo RBS: RBS TV, Rádios: Gaúcha, Atlântida, Farroupilha, CBN Porto Alegre/ Jornais: Zero Hora, Diário Gaúcho)

10 Nelson Tanure (ex dono do Jornal Do Brasil, e mais tentativas de aportes na Oi, que na verdade está num imbróglio de falência entre o Grupo Oi da antiga Portugal Telecom ( que tem cerca de 100 milhões de clientes mundo afora - e chegou a ter 70 milhões no Brasil mas hoje - janeiro de 2017 - tem "apenas" 42,1 milhões - e dívidas ultrapassando os 40 bilhões de reais, cerca de 3 vezes o seu próprio lucro e valor semelhante ao seu faturamento em 2013) e que pertence à holandesa Altice, que é detentora da antiga rede de tv a cabo americana Cablevision, e era detentora da Portugal Telecom antes desta pedir insolvência em 2016, quando detinha o grupo MEO em Portugal.

Em detalhe, a  Altice/ Orange tem sede na Holanda (antigamente pertencente à France Telecom e com partes da britânica Vodafone [ 2ª maior companhia telefônica do mundo em número de assinantes/ clientes com cerca de 469 milhões de clientes, atrás apenas da chinesa China mobile] e controla o grupo HOT em Israel e SFR na França, antes junto com a também  francesa Vivendi [ detentora de Marcas como AOL na França - que antes do boom da banda larga nos EUA a empresa
americana chegou a adquirir a TIME WARNER [Warner Bros e HBO etc] mas hoje é controlada pela Oath, que pertence à Verizon [empresa com mais de 200 milhões de clientes e que fora acusada por Edward Snowden de em parceria com a NSA realizar vigilância global, fazendo coletas de dados Upstream e com o Stormbrew e o PRISM, onde se interceptou mais de 2,3 bilhões de ligações e mensagens e telefonemas apenas nos EUA ].

A Vivendi também detém a Universal Music Group, o Group Canal +, parte da Tim Brasil, a EMI e Gameloft - sendo que parte da Universal Music havia sido comprada pela GE - General Eletric - [que tem como um dos seus fundadores Thomas Edison, o inventor da luz elétrica, ou melhor luz incandescente elétrica, além do fonógafo e de ter aperfeiçoado o telefone, o microfone e o cinematógrafo ou cinescópio, percursor da máquina de filmar, filmadora].

Além disso a VIVENDI detém 20 % da rede americana de televisão NBC, cuja outra parte pertence à GE. A NBC foi fundada em 1926 e tem 13 emissoras próprias e cerca de 200 afiliadas.

11 Portal Terra ( Grupo espanhol Telefónica: Detentor entre outros da VIVO [ 73,7 milhões de clientes], O2, Movistar).

 Ainda falando em telefônicas, A TIM Brasil ( 63,4 milhões de clientes) pertence à TIM Itália (Telecom Italia Media, que já fora da Benetton e da Pirelli, depois de privatizada, e a francesa Vivendi comprou ações da Telefónica que detinha parte da Telecom Italia , numa troca pelo braço brasileiro da GVT.

Já a Claro (60,1 milhões de clientes no Brasil) pertence ao bilionário mexicano Carlos Slim, atual 6º homem mais rico do mundo segundo a Forbes, e tem como subsidiárias a Embratel, a NET,  a Claro TV e a Star One no Brasil.

Enquanto a Embratel detém a NET, a Globo detém pequena participação tanto no controle da NET quanto da Sky, que pertence à Direct TV, que é controlada pela AT & T, que nos EUA além de operar TV por assinatura via satélite é também ofertora de Telefones celular e fixo. A  AT&T foi fundada pelo inventor presumido do telefone, Alexander Graham Bell e tem cerca de 273 mil empregados.


12 Jorge Paulo Lemann (Portal IG, fundado pelo duo de investidores Aleksander Mandic [ que criou o app de compartilhamento de internet wifi chamado mandic´ magic, para suprir a carência das redes 3g e 4g] e Antonio Bonchristiano - atual dono parcial das lojas Centauro. O IG chegou então a pertencer à Brasil Telecom, falida em 2009 e que havia comprado a Telebrás, que hoje é a Oi [do Grupo Oi], que já fora Telemar. Fora isso, Lemann é a atual 22ª pessoa mais rica do mundo, com fortuna estimada em 29,2 bilhões de dólares (cerca de 96 bilhões de reais) e detém totalmente ou parte de:

 Cervejaria:  AmBev/ InBev/Interbrew, Anheuser-Busch /  [ Adriática, Antarctica Sub Zero, Antarctica, Brahma, Brahma Zero, Bohemia, Brahma Light, Brahma Extra, Brahma Bier, Brahma Fresh, Budweiser, Caracu , Colorado, Corona, Franziskaner, Goose Island, Hertog Jan, Hoegaarden, Kronenbier, Labatt Blue, Lakeport Brewing, Leffe, Liber, Miller, Norteña, Original, Patagonia
Patricia, Polar, Puerto del Mar, Quilmes, Serramalte, Skol, Skol360, Skol Beats Senses, Skol Beats Spirit, Skol Beats Secret, Skol Ultra, Staropramen, Stella Artois, Wäls, President e outras bebidas como Pepsi, Gatorade, Do Bem, Guaraná Antarctica, Guarah, Soda Limonada Antarctica, Água
Tônica Antarctica, Sukita, Lipton Ice Tea, Água Fonte da ilha,Teem, H2OH!, Frutzzz, Propel - Hydractive, Os Caçulinhas, Fusion, Baré, Citrus Antarctica]

Alimentos : Heinz [ketchup, mostarda e condimentos], Kraft : [Amandito, Bubbaloo, Chiclets, Chocolícia, Chocooky, Club Social, Confeti, Diamante Negro, Fresh suco em pó, Halls, Lacta Lancy, Milka Requeijão Philadelphia, Oreo, Outro Branco, Royal pó e chocolate e flans e mousses e pudim etc, Sonho de Valsa, Tang,  Tloberone, Trakinas, Trident, Ploc.]

 Burguer King /

3 G Capital : Lojas Americanas/ B2w Digital :Submarino, Shoptime /

Logística: América Latina Logística: concessões em linhas férreas , algumas chegando até 2079 e totalizando 16 351 km e malha ferroviária nacional e 21 mil km na região, com mais de 966 locomotivas e 28 mil vagões,  sendo detentora de concessões em uma área de cobertura que alcança 75% do PIB do Mercosul.)

Se formos seguir outros bilionários brasileiro veremos onde chegam seus braços no controle da mídia, entretenimento e comunicação em geral... mas fiquemos por aqui.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

uma maiúscula

1029 palavras, 11 min de leitura.

quanto mais perto de deus, mais longe de deus
porquanto ao tentar se igualar à perfeição cai-se no orgulho da vaidade
e a primeira queda, a queda original, do prazer original, foi a de lúcifer.

após adão desobedecer e eva compadecer,
tentados por lúcifer a ser, ser sujeito tenente e não mais obediente,
nasce o homem. ao lado da mulher. pecados em prazer. aprazerados no pecado;
desde então têm sido livres. com decisão própria: eis o livre-arbítrio da não interferência.
da decisão. da escolha; é bom escolher? escolher entre pecados e prazeres?
que tal não se acreditar no livre-arbítrio? e sim na obediência?
tanto mais obediente, mais servil, menos orgulhoso, menos sujeito, mais escravo, menos escravo;
não se pode ser escravo dos desejos, lembra hume; do prazer, do pecado, do hedonismo.
o diabo é pai do prazer orgulho, do pecado vaidade, da desobediência adâmica, da consciência de liberdade de escoha evanescente. eva nascente. é preciso então não escolher e tampouco acreditar no acaso.

ser independente é no entanto uma farsa. pressupõe não-obediência, lugar-tenência. é vil. é no entanto o conhecimento ateu. se deus é bom e dá o direito de escolha, acredita na razoabilidade da escolha, na bondade humana prevalecendo sobre a maldade desumana; e ao mesmo tempo diz que há chance para o arrependimento. por isso a bondade é suprema. a bondade suprema. mesmo os maus podem se regenerar. arrependerem-se ao re-conhecer. res-saber. re-ligar. conhecer é gnosis. to know. acreditar. saber. mas a sabedoria da serpente é a do lado oculto da força que diz poder ser independente. ? . sujeito autônomo. deus de si. desobediente a qualquer ordem. em vez de escravo do céu, rei do inferno. prazeres carnais versus saberes celestes. Daí o livre-arbítrio pressupõe uma escala platônica. amor sendo superior à sensação; da ideia à paideia. origem à ideia. a ideia é imutável, a criação, imóvel; ser. é reprodução, por isso o mundo dá voltas, não há nada de novo sob o sol e tudo é aparência no mundo físico, carnal, de prazer hedonista, pecado. o prazer não-hedonista, estoicizante, crê no belo de rousseau ou doistoeiviski. supõe o mal de arendt, e suspende o temor. afinal, temer a deus ou ao diabo é a escolha principial. teme-se não se arrepender e não saber para onde ir ou não se teme ter a certeza de estar no caminho certo. eis o mundo de cegos. cegos seletivos. navegar às escuras.

porém, retomando o ponto original, da criação e do pecado do prazer do orgulho da vaidade, que são todos sinônimos, tem-se que quanto mais perto de deus se acha, mais distante, como santo antão, quem achou ter vencido o diabo que o perseguira por oito décadas e no leito da morte o diabo o tentou com a maior sabedoria, a que mexe com o ego, dizendo ter desistido dele, ter sido vencido, e ele então retrucara em oração agradecendo com tolas palavras: venci o diabo, já posso virar santo. eis que ouvindo isto o diabo retorna e sorri, percebendo que o orgulho havia vencido. um homem em idade avançada, querendo se livrar dos prazeres carnais no entanto se submete ao orgulho juvenil de ser santo. de ser vaidoso. orgulhoso. o diabo mostra-se então (como tendo um lado- sem maniqueísmo) bom ou o(um) caminho da (para a) luz. apenas querendo deter mais uma alma perdida no prazer da vaidade.

ou indicando que o apagar das velas guia os cegos. mas os cegos de sentido ainda têm sabedoria interna. e por isso podem ver, ser curados pelo profeta maior, o ungido, que realiza o milagre de mostrar que a bondade é interna e é a verdade. e a verdade é a sabedoria de ser. existir. agradecer. permanecer. não desviar, não mudar, quando se vê atalhos perigosos no caminho do bem. os acidentes do percurso do jeitinho brasileiro traduzem-se em número de acidentados nos hospitais. o brasileiro lugar-tenente de si, confiando no seu orgulho, na sua vaidade, na sua prioridade sob qualquer semelhante, fura o lugar da fila, não tem ética a não ser a própria, acredita nos atalhos, na ganância, no prazer carnal, na corrupção ingênua, na remissão dos pecados, no arrependimento. deus ex nihilo no entanto apenas ri do diabo achando-se primus supra pares. gargalha de forma trocista. do homem que acha-se demiurgo, detentor de poder mamonico. pois, o riso é uma constatação da Certeza.


e o "homem" pós-moderno, do amor líquido, é este que crê nas aparências, não nas essências. é o que faz plástica para parecer algo que não é. porque acredita que é julgado pelo que ser que (a)parece, pelas pessoas, não pelos que não aparecem, fantasmagóricos. sem saber que o julgamento do julgamento já é um erro. mas sem julgar não se toma decisões. como se as escolhas se igualassem às decisões.

e apesar de tudo, a humildade também pode ser um caminho falso, pois se se pressupõe humildade, falta-se com a humildade, tem-se orgulho. orgulho em ser humilde quando se sabe que não se é; por isso o querer arrebatar as almas dos índios, ingênuos ou inocentes. a salvação, a civilização, a missão. busca-se a essência não totalizante; não inebriante e inebriada. porém quem também indica o caminho da luz, se cego, pode apenas pensar no metal que tilinta. entretanto, se no mundo da matéria capital não há dinheiro, não há pão, trabalho ou servidão. estamos todos escravos do desejo material. e procuramos a salvação imanente quando olhamos a transcendente. isto é contradição; e quem contradiz é o diabo. ou o deus trocista. ou a terceira margem do rio. o caminho do meio diz que não há relatividade, maldade ou bondade, mas conhecimento da forma das aparências. e o equilíbrio não garante a vida mas a a morte. e então tem-se uma batalha de energias. viver é estar em desequilíbrio com a energia da terra. morrer é igualar-se a ela. então numa ótica diversa, para viver é preciso morrer. pois, a terra é o ser vivo máximo e ao se igualar à energia da terra, ao se fundir a ela sem morrer está-se vivo de fato, nirvana. vida sem morte, ou após a morte como diz uma certa tradição.

muitas palavras, nenhuma palavra.









sábado, 2 de dezembro de 2017

Elidir

Elidir
As diferenças
Eclodir
As diferenças
Retratar
Respeitar

Acima de tudo

Igualar
E desigualar
O tratamento
Isonomia
desintendida
Resguarde a psiqué sedenta

É preciso estar atento aos motes
Não é possível enganar a morte



Melhores do Wtpp 1


Iniciando a série "Melhores do Wtpp".


Gilmar Mendes além de Ministro do STF, Presidente do TSE, latifundiário,pecuarista fornecedor da JBS e dono de um Instituto de Educação que recebeu patrocínio de R$ 2 milhões de Joesley, é casado com Guiomar Feitosa. Guiomar além de advogada no escritório Sergio Bermudes - que defende Eike julgado por Gilmar - e vinda de uma família cearense do ramo dos transportes, é tia e madrinha de casamento junto com Gilmar de Francisco Feitosa Filho, casado com Beatriz Barata, neta de Jacob Barata, também dono de 13 empresas de ônibus com contratos com o estado do Rio e Portugal, país este onde o Instituto de Gilmar faz seminários anuais com patrocínio da FECOMERCIO-RJ, também cliente de Guiomar, e tendo como convidados FHC e João Dória. O irmão de Guiomar e sogro de Beatriz Barata, Francisco Feitosa, é ruralista, ex-deputado federal e filiado ao PSDB. É ele o suplente de Tasso Jereissati, Senador tucano que comprou parte das Teles privatizadas por FHC para fundar a Oi Telecomunicações, empresa da qual é dono e que entrou em processo de recuperação pedindo 65,4 bilhões de reais ao governo. Tasso tem uma fortuna de 400 milhões de reais declarados, é Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e fervoroso defensor da reforma trabalhista proposta por Meirelles. Meirelles é ex-funcionário do grupo JBS, banqueiro e consultor financeiro, além de ser Ministro da Fazenda e responsável por aprovar o aporte do Governo para salvar a empresa de Tasso, que além de tudo é Presidente interino do PSDB no lugar de Aécio. Aécio é padrinho de casamento da Andreia Sadi, repórter da Globo News casada com o Editor do canal em Brasília, ambos funcionários do Grupo Globo, que apoiou a candidatura do Senador em 2014, ignorando o aeroporto particular e o helicóptero com 450kg de cocaína do amigo Perrella, com quem Aécio dividiu a propina paga por Joesley, que por sua vez era o maior anunciante da emissora. Emissora essa que teve processo contra ela desaparecido da Receita Federal pela funcionária Cristina Ribeiro, que mesmo após ser condenada foi solta pelos Ministro Gilmar Mendes, alçado a esse posto por FHC.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Pontos e Vírgulas ao Segundo Tempo de Impedimento

Pontos e Vírgulas ao Segundo Tempo de Impedimento

 A República poderia ter caído por um plantão de televisão; Históricos sequazes de Brizola entravam em polvorosa e pensaram que a máxima de seu líder se tornara um paradoxo; Memes pululavam pela internet até serem proibidos por decreto, num ato que apenas geraria mais piadas; O presidente do Conselho de Administração da Empresa controladora da delatora, atualmente ocupando o cargo de Ministro da Fazenda, nada tem a declarar; A perícia mais rápida do planeta é feita; Esquerda e direita viram e ouviram o mesmo sinal por um breve momento. Nada mais à cara do Brasil. Nada mais a cara do país sinônimo de uma síntese da estética de contradições.

 Se a metáfora do futebol pode ser utilizada para explicar o Fla-Flu recente atinente à tensão política no Brasil, o jogo parece carecer de um árbitro. O poder, disse o presidente, parecia estar vago: então resolvi mostrar quem lá está, retrucou a si próprio o equilibrista numa aporia poética antimesoclítica. Desde o injungir à plotagem, o movimento tido como sagaz à sub-reptício de início a todos leva em onda maremotal pedindo "a cabeça" do Presidente. Raros analistas políticos mais experientes pensavam que a morte de um peixe só se dá pela boca, mas a de um tubarão não. Um dinossauro menos ainda.

 Explicando os fatos à beira dos acontecimentos, na tarde do dia 17 de maio do ano corrente, o jornalista Lauro Jardim do Jornal Carioca O Globo divulga um furo daqueles. O scoop do jornalista conteria provas de que o presidente da República Michel Temer teria sido gravado cometendo crime de responsabilidade durante o exercício do mandato: passível de impeachment, portanto. A gravação por um delator de não pequena monta, a saber, Wesley Batista, o dono de uma das maiores empresas do mundo, líder do seu setor, em conversa pouco republicana na residência oficial, após o horário oficial e no porão - viemos a saber depois - no entanto seria mais uma das usadas em um acordo de delação premiada. Tal notícia gerou plantão na Rede Globo, rebuliço na capital Brasília, terremoto político no Congresso, maremoto na rede mundial de computadores e media, criando ainda uma enxurrada de memes, a nova especialidade do humor típico do povo brasileiro. Só o humor salva, lembrou um psicografado Millôr.

 Entretanto, na política como no futebol, até o árbitro dar o apito, todo impedimento é um suspense. Quem está para sofrer o gol treme nas bases e quem está para marcá-lo, se não tiver a frieza de um baixinho que hoje é Senador, também fica inseguro e olha para o bandeirinha e todos árbitros auxiliares para saber em que condições se encontra. Porém, como já aduzido, antes do pronunciamento oficial do presidente, após a suspensão de atividades temporariamente do Congresso e durante o entardecer na Capital Federal o rumor dominava a pelota em tabela com o humor, uma vez que não havia árbitro para tal jogo.

 Ocorre ainda que, no campo da política de crise, enquanto se vislumbrava o impedimento daquele que dizia ser campeão da ética e herdeiro da responsabilidade, o capitão do time da situação e presidente de um dos maiores partidos da nação também se via escorregando em cascas de banana que ele próprio jogara. Aécio Neves estava lesionando a si mesmo e lesando a parte da nação que nele acreditara para uma mudança de rumo quando das eleições gerais de 2014. Em um minuto de um jogo sem acréscimo, sua vida política poderia ter ido de uma vez para o brejo. Por hora, fora suspenso das atividades como Senador por ordem do Ministro da Suprema Corte Edson Fachin, que não acatou o pedido da Procuradoria Geral da República e ordenou sua prisão por detalhe hermenêutico. Mas, sua irmã, Andreia Neves, fora detida.

 Então, seguindo a sequência metafórica futebolística e real do trhiller político de um campeonato inexistente mas há muito transformado em Fla-Flu, a sensação pululante por um bom período de tempo era de que o jogo não passara de um amistoso e que ao fim e ao cabo os jogadores trocariam suas camisas e dariam de presente uns aos outros os contatos de grandes companhias patrocinadoras, insinuante momento no qual a epifania do povo fora a de que o pirarucu se come em mesa grande e com a mesma farinha. Em termos políticos, a sensação era de que Maquiável e Hobbes jogam juntos e ao mesmo tempo que os fins justificam os meios não se pode confiar em ovelhas travestidas. Todos eram lobo até que a inocência viesse à tona. Sim, a inocência está nos lobos, parentes distantes dos dinossauros, e fora atribuída a um ser jurássico desses.

 Lêdo engano. Os dinossauros da política confiam que a verdade é uma tese. O direito é interpretação e o telefone sem fio dificulta a gravação: fosse por fita magnética não se teria dúvidas do teor; mas, com versão xingling em mp3, a edição é mais do que possível, é infantil probabilidade: até uma criança saberia fazê-lo, disse o perito The Flash Ricardo(?) Molina. A Polícia Federal, no entanto, assim como a Justiça, é cega e lenta. Acredita que somente com o equipamento da gravação, que agora sabe-se que foram 2 e já está nas mãos da justiça, e uma equipe trabalhando em um período de 15 a 30 dias pode elucidar a questão levantada pela defesa do dinossauro-equilibrista Presidente da República de que tudo não teria passado de plotagem no sentido inglês da palavra: edição e sabotagem. As palavras do dinossauro-peixe-mór, no entanto, deram mais motivos para a Ordem dos Advogados do Brasil, entidade que durante a semana afirmou protocolar pedido do impeachment do presidente, levando em consideração mais do que a prova sub júdice da gravação mas também os próprios pronunciamentos oficiais do presidente: eles corroborariam a própria tese obnubilada pela gravação digital.

 Assim, o segredo da fonte que resolve divulgar a um jornalista específico, sabe-se lá a troco de quê, se da Verdade ou da Justiça à Nação, fica preservado, a investigação antes sigilosa é tornada pública e mais lenha se joga na onda de manifestações que por fogo grego se mantém acesa debaixo de maremóticas águas. Apenas o soldador de plataforma de petróleo, acostumado a manusear maçarico de fogo telúrico, sabe que para aparar as arestas de aço político no mar revoltado da política nacional o mais importante é checar o nível de oxigênio: sem informação fundamental tem-se apenas a versão dos fatos e a pós-verdade. No entanto, a verdade na política é discursiva e prescritiva. Faz-se ao dia-a- dia seguindo mais ou menos as regras escritas do jogo.

 Assim, quando alguém, com intenções pouco nítidas com o especular da bolsa e a garantia à sobrevivência própria, resolve jogar a vaca no brejo, dar nome aos bois e mostrar a fraqueza da carne em sangria franca, a nação pensa que os árbitros escalados somente têm validade na guardiã máxima da Constituição. E num atropelamento casuístico quer-se eleições indiretas e a Ministra Carmén Lúcia, atual Presidente da Corte Suprema, desponta como única com envergadura moral para assumir a Presidência da Nação. De outro lado, pede-se eleições diretas  ainda que tal processo demore cerca de 6 meses pelos trâmites legais da aprovação da Proposta de Emenda Constitucional do deputado Miro Teixeira da  REDE do Rio de Janeiro, e não se tenha mais nomes de confiança nos maiores partidos do país, inclusive porque o segundo lugar do último pleito parece estar condenado às grades. E com tudo isso, esquece-se que o presidente é dinossauro da política, arauto mór da peroba facial e com a destreza de Direita conecta o mercado às leis enquanto engambela a là Garrincha e suas pernas tortas ao Centro à esquerda a Esquerda. O drible maior do presidente redundou em grandes manifestações. Contidas pelas Forças Armadas, a finta do presidente chamou a fita de armada e Brasília de demi-sitiada. Será que a história se repete como Marx ou acaba como Fukuyama?

 Não sabemos. Se é verdade que tudo é um jogo, resta-nos torcer e influir. Influenciar. Fazer coro. Vaiar. Apoiar. Lembrando que o adversário maior do povo não podem ser representantes do povo, mas sim quem trapaceia, não segue as regras do jogo e além de implodir o estádio com todos dentro, pensa que reformas são necessárias. De fato, são necessárias reformas. Mas não mexendo nas bases pouco estruturadas e iníquas mas sim nas coberturas marmóreas dos palácios que o comunista, diga-se, Niemeyer projetou imaginando que somente a Arquitetura salva. Que a arte do país das contradições do futebol arquitete o jogo dentro do campo, dispensando a dose de suspense e mal humor típicos dos fardados. Que prevaleça a justiça democrática!


6/6/2017

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Mar de Ventos

Mar de ventos

Mar de ventos e lembranças quentes
Imaginação por um futuro utópico presente
Rir de anedotas persistentes
Navegação em águas íntimas
Amar os detalhes mais pequenos

Palavras Difíceis

Palavras difíceis 
Não me dizem
Não te dizem
Não nos dizem.
Mas dizem-nos nós 
no caminho.
Amo-te!
É simples.
E extremamente difícil.

Amar é de graça. 
Amor não-é cobrança. 
Amar é doação.

Quem ama per-doa.

Amor é colaboração.
Amar é simples.
Amor é-difícil. 
Amar é instantâneo. 
Amor é (des-)construção .
É difícil pois dói erguer. 
Mesmo o prazer dói des-cer. 
E o que mais dói é sofrer-ser.
Sofrer por amor-ser.
Por amar-ser .
Por ser difícil existir.
Por ser difícil ser-amor.
Ser alguém sozinho sem você.
Amar, amor, amo-te.
Narciso, ego , altere. 
Amor, amar, te amo.
É muito simples saber. 
É muito difícil viver
Enquanto amo e não posso nada fazer.

Igno-r-ante seria feliz.

Amar-amor é .
Amor-amar está. 
Amor ser-parecer.
Amar estar-transparecer.
Amar é verbo trans-forma-dor.
Amor é substantivo próprio. 
E impróprio. 
Outrem.
Amor é verbo transladado. 
Retiro o que disse sobre ser próprio e impróprio. 
O amor-próprio é narciso. 
Pode ser esquecido. Abolido.
O amor impróprio é paixão. 
Pode passar no verão. 
Mas o amor verde e vermelho...
Este é folha e duração.

Vida e coração.
Coração e vida.

Enquanto dura, mantém vivo.
Enquanto vive, amadurece.
E não endurece. 
Pois se perder a ternura, padece de ser e passa a ser erro.

Transformar a dor do desejo 
Em mais que desejo é preciso: em cotidiano beijo se verifica o amor amado.
Beija o dia e a noite: à tarde e à manhã.
O amanhã e o ontem.
O presente.
é o mistério
de ser sério.
Amor é mistério e desejo.
É tudo que vejo e o que não vejo. 

Sabedoria paciente.

Amar é inscrever na pele
O que se deve e não; 
O que não se é e é.
E o tempo quente e verde.
Cru e maduro.
Cozido e saboreado.
Amar o amor. 
Amor ao amar.
Amar é ser.
Amarelar.
Amar-casa.
Amor-caso.
O ocaso do amor é acaso.
E ao acaso o amar acasala

Formando um casal,
Emandala num sonho-mistério o risco de ser sério 
Quando o riso pede passagem.
E quando a tristeza invade
o erro do amor faz cócegas
e errante acerta 
em cheio a flecha.
Que de lá da Lua me atinge.
Esfacela e confrange. 
Estatela e abrange.
Estima e decide.

Das luas de maio a outubro
O amor estrela-guia Maria
Pirâmide de Órion à Origem
Lã do carneiro-esfinge
Os deuses Hórus-e-Ísis 
Finge que é
pelo caminho 
do meio
budista
não-o-são
no entanto é o anti-desejo.
Mistério  da luz.

Por tudo isso, não é vedado;
É luz e frestas.

A luz entra pelas frestas.
A que de longe me flecha
É o cupido.
A que de perto me erra
é o caminho.
O caminho do meio
É além do equilíbrio 
O vão para a luz. 
A fresta por onde passa a flecha com a fagulha do amor.

Quando vir o pote hermético, esforce-se para abri-lo, portanto. 
A esperança, pois, não escapará, mas irá transbordar e cingir novas frestas
Qual o amor e as frechas.
Lembre-se sempre que a luz entra pelas frestas. 
E o amor. .. às flechas !

11 8 17  6:01 a.m.





Precisamos de uma intervenção.

Precisamos de uma intervenção.

Precisamos de uma intervenção já! Esse é o diagnóstico. Mas não intervenção militar ou deísta, como proposta na última votação no Congresso por um cabo-deputado. Precisamos de uma intervenção cirúrgica, metaforicamente falando.
E quem precisa ser operado são os jovens brasileiros. Pois, velhacos estão no poder e com sede de. Vejamos a situação vampiresca em que nos encontramos! Nada contra os velhos, os jovens há mais tempo, como re-dito ontem em evento das forças progressistas do Brasil em que estive, mas tudo contra os velhacos do poder. Estes podam os jovens!

 E tais velhacos estão intervindo não para fazer algo bom, mas sim algo imposto verticalmente. E em qualquer cirurgia, mesmo as impostas, o paciente consciente tem de discutir ou ao menos ouvir do especialista sobre o que será operado e como, para buscar métodos alternativos e para que na troca seja aprendido algo por ambas as partes.

 Mas não é este o caso que ocorre no Brasil. A poda cirúrgica faz conter os galhos. De frutificarem. Têm medo de frutas podres e cortam o mal pela raiz? Não. Têm medo de frutificar e o deixam solo atílico e não ático: Como o cavalo de Átila, no qual por onde passa nada cresce. Exceto talvez a soja- devastadora. Desfrutificar não é a solução.

 Bom, sejamos otimistas. O Brasil de hoje, ao menos, luta. E parafraseando Euclides da Cunha, o brasileiro é, sobretudo, um forte. Os brasileiros. As brasileiras. Todos somos. Falta-nos o senso brasiliense, apenas: em Brasília, não existe união. Até existe, mas apenas com letra maiúscula. Ademais, temos de ser mais do que unidos, refletidos, conversados. E quem mais precisa conversar ao que parece são os jovens. Mas como?, se no seu rizoma mais inteligente é podado: universidades com cortes de recursos.

Quer dizer, a defesa da universidade é precípua. Não porque ela seja a fonte do saber por excelência, à-penas, mas porque ela é uma fonte de troca. Um país não avança sem inteligência. Até avança mas rumo ao barranco. Ou ao improviso. O que Nelson chamou de vira-lata e Sérgio explicou cordialmente, como jeitinho, é esta falta de preparo. E preparo é diálogo, já antevira Jandira. Diálogo é troca com ação, subscrevera Mariana.

 Portanto, os jovens brasileiros não têm que descrer na política, mas o oposto exato disso: têm de atuar politicamente para reverter a situação; pois se acreditam na revolução constantiana de que a liberdade dos modernos é delegar o poder, têm de entender que a delegação é construída pelo diálogo. E o diálogo é com todos os segmentos, como nos ensinou Irandir: para haver diálogo democrático, há de haver espaço para a voz das minorias politicamente estabelecidas mas majoritariamente des-representadas. Explico a seguir o aparente paradoxo.

No conceito político, uma minoria é um grupo que pode até ser maior numericamente mas é menor na representação. Exemplos? Mulheres no Congresso; Negros no Brasil. E o problema da delegação que des-representa é que ela atua de forma pouco democrática, não dando espaço para o diálogo, a troca, e acaba por ser taxativa e autocrática. Ou aristocrática. Se a solução para o Brasil fosse outra que não a líquida do diálogo, que fluxiona, a monarquia resolveria: um máximo imperador manda, nós outros obedecemos. Michel parece ter revelado sua face obscura da Força no último 7 de setembro, aliás.

E para citar datas, convoca-se antes do feriado da República, às ruas. Tantos jovens como jovens há mais tempo. Para expressar via mídias alternativas e tradicionais o poder popular. O poder da população de demonstrar tanto para si quanto para os donos faorianos do poder que têm voz ativa. Sem vírgulas. Pois assim se exprime a contradição do discurso articulado. Ele pode ser enviesado para a esquerda ou direita, mas, no entanto, a Práxis resume.

 Em tempos de um monólogo esperando pelo outro, num mundo que dialoga com o umbigo, até mesmo o último importante texto de José faz sentido. Ou então corremos o risco de no próximo 15 de novembro a revolução ocorrer ao contrário e não ocorrer mudança alguma mas convervança.

Das favas com o poder às favelas com o poder,
conclui-se que o diagnóstico é de que há uma doença acerba na sociedade brasileira. E esta doença chama-se letargia anêmica por inanição descrente.

 Portanto a intervenção cirúrgica necessária é na alma, no espírito, na 
anima, no ânimo dos bravos jovens brasileiros. Para que eles, mais do que refletir nos bares da vida, tomem as praças, as ruas, e não sejam massa de manobra da esquerda velhaca ou da direita senil. Mas sim estejam caminhando ao lado dos bons jovens-velhinhos à lá Karl lui-même. Carlos, em bom português, já prescreveria em paráfrase atualizada: jovens pobres do mundo todo, caminhai-vos unidos! Pois, é na caminhada que se faz o caminho.

13 -11 -2017 publicado em 28 -11- 2017

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Ai, que preguiça!

Ai, que preguiça!

Macunaíma tinha razão
Não tem mais pois hipossuficiente
Morto está
A pós...
Nós depois dele vislumbramos a ideia

A penas
Iludidos pela fantasia
De não ser que o somos
Bra

szil
Adjetivos mil não lhe faltam
Mas o povo mantendo a ~media~
A mediana
O quartel
Descente
A média
O quartil
Tangente
Tanta gente tende ao nada
Assintotica m ente
Bestializada


Vamos melhorar!
Melhore, Brasil!


Senão , voltemos à era andradiana da preguiça
Atualizada por Ferreira Gullar e Paulinho da Viola e :
" Posso ter razão, mas se tiver que explicá-la...";
" Não quero ter razão, quero ser feliz".
O debacle ente Gullar e Viola decerto supera Gilmar e Barroso.
Mas não o Goleiro de seleção masculina de futebol e o compositor da Aquarela da nação
Mas sim os dos supremos ministros expostos.


Extremos opostos impostos.


Portanto, afirmo,
O caminho do progresso da bandeira deve ser progressista e não regressivo.
Altivo e não mesquinho.
À ordem do dia é o respeito.
E todas as cores
Macunaíma resume.
Ai, que preguiça!

https://www.youtube.com/watch?v=bhsKcw15ILU

Normal

Quando estou calado não estou normal
Quando estou falante não estou normal
O que é normal
A média entre o silencio e a fala
Pode ser!
Porém,
ah, Porém,
A vida não é um sistema.
De soma ou tendência zero.
E nem um sino de medianas.
Não se pode escolher o quartil
Em que se encontra...

sábado, 11 de novembro de 2017

The Mystery of the Things

The Mystery of the Things - Alberto Caeiro (editing, tradução livre minha, Yuri Cavour)

The mystery of the things, where is it?
Where is it, that do not appear to flash
At least to show up that is a mystery?
What does know the river about that, and the trees?

And me, hence I am not bigger than it, what do I know about it?
Every time that I look to the things and think about what the men think about it, 
I laugh as a small river sounding fresh on a rock.

Because the only hidden sense of the things
Is the fact that they have none,
Uncanny then all other uncaninness
And that the dream of the poets
And the thoughts of all philosophers,
May the things have been what they seems to be...
And there is nothing else to understand but it.

Yes, that is what my feelings learned on by themselves:
The things has no hidden meaning at all: they have existence.
The things are the only hidden meaning of the things.


07/04/2015




Original abaixo


Alberto Caeiro

XXXIX - O Mistério das Cousas


   O mistério das cousas, onde está ele? 
   Onde está ele que não aparece 
   Pelo menos a mostrar-nos que é mistério? 
   Que sabe o rio disso e que sabe a árvore? 
   E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso? 
   Sempre que olho para as cousas e penso no que os homens pensam delas, 
   Rio como um regato que soa fresco numa pedra.
   Porque o único sentido oculto das cousas  
   É elas não terem sentido oculto nenhum,  
   É mais estranho do que todas as estranhezas  
   E do que os sonhos de todos os poetas 
   E os pensamentos de todos os filósofos, 
   Que as cousas sejam realmente o que parecem ser  
   E não haja nada que compreender.

   Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos: — 
   As cousas não têm significação: têm existência. 
   As cousas são o único sentido oculto das cousas.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Roma e Caos

Pre script : este texto é antigo (dezembro de 2010) mas por algum estranho motivo quando fui atualizar veio para a frente. De todo modo se trocar o nome Berlusconi por Xi Jinping continua válida a análise. Aproveito, então, para atualizá-lo.

Roma parece o Caos porque Berlusconi é defensor da lei rigorosa, extrema.

O mundo está subdividido numa guerra virtual. A aparência sobressaindo. A tecnocracia vigiando e vigindo. O que mais falta para a credibilidade ser institucional? Apenas a lei. (Talvez não falte mais, siga o hyperlink em inglês). Quando se conhece o rigor da lei, seu poder relativo, sua eficácia, norma, ou quebra, conhece-se sua validade, seu prazo, seu esgotamento.

A lei, portanto, é, como a sua antítese, uma síntese de múltiplas determinações mais elaborada do que a de Marx, como Hegel ou Kant precediam.

O bom velhinho (Marx) acreditava em Papai Noel (Marx, lui-meme), por isso deixou até a barba crescer, e espalhou pelo mundo a necessidade suprema do dinheiro e do trabalho (recriando a chamada dignidade do homem através do trabalho). Após esta sua constatação, há o embarque dos capitalistas na solução socialista-marxista, bem como o combate anarquista de Bakunin e etc pela desordem associada, instituída, de privilégios prévios e posteriores para o indivíduo. A solução ponderou-se mais, diluiu-se mais. E daí as resoluções se afastam a cada instante.

O indivíduo é uno, a sociedade é indivíduo, logo a sociedade é uno. Mas a antropologia institui o outro.

Assim, perde-se a eficácia, desconhece-se a lógica do rigor da lei, cumpre-se a norma estritamente no foro íntimo apenas para intimidar (para intimidar e por ser intimidado), dar ou servir de exemplo, que como Marx dizia, não é edificante se não for observado (daí o relativismo, a dependência do observador, a sua influência, como descoberto em simultâneo pela física quântica e antropologia, de cem ou menos anos atrás). Einstein foi genial porque conheceu Lévi-Strauss, transcendentalmente falando, e outros antropólogos. E vice-versa. Apesar de eu não concordar no todo com Lévi-Strauss de que a estrutura é des-coberta.

A questão mais importante, porém, é que a nova ordem mundial é mais racional do que as anteriores. E o problema da segmentalidade reaparece, como em Deleuze e o risoma (1). Como Lévy-Bruhl, ou como a queda recente do Homem-aranha! (risos) A ficção prevê a realidade. Como Obama notou em sua tese de rearranjar a economia americana e consequentemente mundial. Mesmo a economia não existindo, como já se presumiu. E se ele enfrenta dificuldades não é por falta de inteligência própria, mas de compreensão dos demais à totalidade do gênio Obama.

A nova ordem mundial não é nada mais do que um retorno iluminista. Uma tentativa de rearranjamento da vontade, do intelecto, do cumprimento da felicidade mofina, necessitado pela novo acesso a informações privilegiadas por artifícios virtuais, hackers, wikilekianos.

Por isso, por essa sobreposição da razão, e da lei, não entendo o julgamento precipitado de Roma ou que Berlusconi está sometido. Ele é apenas a representação das próprias regras. Ou regras próprias. São a verdade inquestionada, ou a mentira mal compreendida, de outro ponto de vista. Qual é a dúvida disso afinal?

Quando a lei está invertida, tudo é possível: num regime ditatorial há a submissão do povo à lei.

Pelo fim da "emenagia"(émmenos ) !

1. O link estava quebrado e agora voltou.

Speranza esperança

Speranza - Gianni Rodari ( 1920 - 1980)

Se io avessi una botteguccia
fatta di una sola stanza
vorrei mettermi a vendere sai cosa?
La speranza.
“Speranza a buon mercato!”
Per un soldo ne darei ad un solo cliente
quanto basta per sei.
E alla povera gente
che non ha da campare
darei tutta la mia speranza
senza fargliela pagare.


Esperança - Gianni Rodari (1920 - 1980) - versão em português por minha conta e risco.

Se eu tivesse uma loja de garrafas
feita de uma só lembrança
Eu iria vender tal coisa?
A esperança.
"Esperança é algo gratuito!"
Por um centavo eu daria a um único cliente
o suficiente para seis.
E para as pessoas pobres
que não conseguem viver
Eu daria toda a minha esperança
sem fazê-las sofrer.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Good black

Good Black

Über Black, para poucos
Black Mirror, o futuro
TIM Black, poderoso
Black flag, elimina
Cartão de crédito black, sem limite
Black block, tática de
Blackmail, chantagem
Black jack, o jogo do valete
Black list, não as faça se for valente.

The miss takes it all

The Miss Takes It All

Miss, see your misters under water
mister, see your water overwhelmed
Mix your gender and your color
The function of the article
And miss the way you come until here
The miss take and the mistake
are a miss stake on a me stacked
They are the same that you said
I mean you know what I feel

The icecream and I scream
when your screen is spinning
around a round of surrounding flowers
I go round that a dice is a rice for a mouse
and a rat arose on a embrose rose cathcing up
The cat embracing the racing of the colour-blind race
I spell that the speels for the peeling are appealing
As a pearl to appear for the wheel into a crowd
who invented the sex appeal over the body,
who created the say it a pull for the edge
when you need the help they may judge you
by the mirror your reflected image is up to you.
Your appearance.
The miss takes it all.

The time

The time...it is a fly that flies by your eyes, and if you do(n't) blink, it ll flyby your sight until you realise that you're no longer alive! wait, what terrible end! The time can rewind the final phrase and erase the miss-take, but the good takes, like your photo, they may stay.


sábado, 30 de setembro de 2017

Bolt to nut

Bolt and nut

Don't you let me nuts
you do gave me your knots
butterhead I am your not
but see how the sea change the colors
and the clouds and winds changed
the times are still flying over still waters
they never are the same as we never enter
the same river
cause we are never the same
and so does the river
And what is means for me?
The same for you?
changes.
to change.
Something must be diferent then
than before think you act
act your thinking
and thanks to your wrench I did change
Now I am bolt to nut
as the breach for light
Not nut but boldly
Not blood but shy
One slit for the path
As a bolt I stand and shall bright
ofuscating my inner blue light
And recoverying

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Poema grego

Ελληνικό ποίημα

παθήρας
παθέρ
πάτωρ
υγρεξα
βολυτα

υγρά.
βόλτα.

βοντάδε:
παιδεία .

δε

δείτε

θείον
θείο
παντειος
και

πώς πηγαίνει
δύσκολο
σύνδεση

terça-feira, 19 de setembro de 2017

A volta da primavera The spring break

A volta da primavera -Castro Alves              The spring break ( Yuri tentando (in)verter Castro Alves)


AI! Não maldigas minha fronte pálida,                Oh! Don't imprecate my pale forehead,
E o peito gasto ao referver de amores.              And the worn out breast re-boiling loves.
Vegetam louros — na caveira esquálida            Laurels vegetating - in the skinny skull
E a sepultura se reveste em flores.                       And the grave dressing in flowers.


Bem sei que um dia o vendaval da sorte            I know well that some day the gale of luck
Do mar lançou-me na gelada areia.                    From the ocean threw me in the bleak sand.
Serei... que importa? o D. Juan da morte           Will I be... Does it matter? The Don Juan of death
Dá-me o teu seio — e tu serás Haidéia!            Give-me your breast - And you will be Haidee!


Pousa esta mão — nos meus cabelos úmidos!...  Lay this hand - on my moist hairs!...
Ensina à brisa ondulações suaves!                          Teach to the wind soflty waves!
Dá-me um abrigo nos teus seios túmidos!              Give-me a shelter at your tumid breasts!
Fala!... que eu ouço o pipilar das aves!                   Speak!... that I hear the birds tweets!


Já viste às vezes, quando o sol de maio                Have you seen sometimes when the May Sun
Inunda o vale, o matagal e a veiga?                        Inundates the valley, the jungle and the meadow?
Murmura a relva: "Que suave raio!"                         Murmurs the turf : "How softly shine!"
Responde o ramo: "Como a luz é meiga!"             Answers the branch: "How kind is the light!"


E, ao doce influxo do clarão do dia,                          And, to the sweet influx of the dawn,
O junco exausto, que cedera à enchente,                The exhausted junk, who preluded the flooding,
Levanta a fronte da lagoa fria...                                 Lift the forehead of the cold lagoon...
Mergulha a fronte na lagoa ardente ...                      Dip in the head in the fiery pond...


Se a natureza apaixonada acorda                           If the impassioned nature wakes up
Ao quente afago do celeste amante,                       With the hot caress of the celestial lover,
Diz!... Quando em fogo o teu olhar transborda,      Say!... When on fire your look boil over,
Não vês minh'alma reviver ovante?                         Can't you see my soul to re-live in ovation?


É que teu riso me penetra n'alma —                       Because your laugh penetrates my soul -
Como a harmonia de uma orquestra santa —       Like the harmony of a saint orchestra -
É que teu riso tanta dor acalma...                            Because your laugh calm down so much pain...
Tanta descrença!... Tanta angústia!... Tanta!          So much disbelief!... So much anguish!... So much!


Que eu digo ao ver tua celeste fronte,                     That I say when I see your skyey face,
"O céu consola toda dor que existe.                        " The sky solaces every pain that exists.
Deus fez a neve — para o negro monte!                  God made the snow - for the black height!
Deus fez a virgem — para o bardo triste!"                God made the virgin - for the sad bard!"



YCO 20 / 09 / 2017 02:34 

domingo, 17 de setembro de 2017

Meu Norte

Em suma
assumo
que sumo
por assunção
de setembro

Insumo
Um suco de umbú
ou cupuaçú
substitui
meu rumo

Presumo
alguma musa
ou inspiração
escreve por mim
e à mim

Resumo
insolvente
somente
assim
saberei se
sim ou são
é uma assintótica
resposta-desvio-padrão

Em síntese
sintoma de saudade
é amor
sinergia simplesmente movida e
motivada à mordida
à vida ávida
a hora agora
e o Sol
lá fora
a pino

Às brumas
pensa como é
imagina como seria
aguda e repentina:
grave a grávida ideia
de gravidade desnorteada
com centro de equilíbrio des-/locado
sem ser louco no entanto.

Sem prumo
move-se à deriva...
estiva, estima e ativa a tina
no entorno, no todo
e torna o torno etílico
a zunir
torneira aberta de emoções
despejadas pela razão
do coração
que com suas razões ama

Acorda
 por dentro
Desperta
 o que sente
Sem som
 colore
A vista
Ausculto o acorde do coração a latir
Não oculto o recordar da razão assentida
Atina, apruma, aprochega e exprime:
Penso e não excetuo.
E não efetuo de pronto.

Em agosto eu gosto e gasto
Gosto do seu olhar
O gosto do seu olhar
Ao gosto do seu olhar
Gastando-me a gastar-te
De graça sem graça fico
E pressinto o perfume de pensar
Tocando a ideia de rimar na primeira conjugação.

Amá-la à primeira e à última vista.

Eu me pergunto se aflito afugento ou a aflijo
Quando vou até aí e não declaro de plano e
Então lembro-me sorrindo quando
Uma música tocou no automático
"mesmo que não venha mais ninguém..." :
Você trocou, de plano, no susto,
Nas copas;
E eu ri, em silêncio, bobo,
Na sala.
É que no dia anterior havíamos a conhecido com vinho...

Ter a ti comigo
Conjugo
Pronomes oblíquos
Te ti contigo
me mi comigo
não sei se consigo

Encontrar-te
Junto a mim

Lhe li de início
E lhe inicio
A declamar então no mudo virtual o que é real
mando áudio via 'whats app'
E de papel em papel sub-escrevo esta poesia
para te enviar como prosa
minha memória do seu cabelo rosa,
azul, e a cor mais forte:
o vermelho do nordeste
é mesmo meu norte.

Ventania


O vento sul encanta;
O nordeste, exclama
Com o calor-quente do terral
Retornando maral adentrante e aconchante
Ouve e aconchega...
O vento da espera canta no aeroporto
Não traz chuva ou frio mas medra
Oiço...
O que o norte-centro aporta
E induz a dizer à porta e mesmo-assim
Não diz
            eu queria
                           e não fiz
Não me arrependo porque tentei
Mesmo atrás da timidez
Me escondi e se escondeu tão bem de mim que
Quando ia dizer, achei por bem também não o fazer
Ébrio, pois, o amor verdadeiro espera
Sóbrio o que extrapola
Translada, envolve e move-nos
Aos moinhos, lentos
Aproveitemos sem hedonismo
Nosso monismo asceta
Ao sim dos ventos entrantes

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Free Fall

Free Fall

I was ready
and willing to go
I am done
and wanting to stay
I am satiate
and as easy to say
I am full
and feeling maroon
I was lonely
and walking down the street
Going to see the Sunset
for freedom
Also
I could see the Moon rising
And it's free doom
Because I am fool.
I ask myself if I may stand here
And hear the rear uproar,
From a frog perspective too,
When in fact what I want
Is to be with you?

Well, as an adult I should stop of talking to me
And start to talk with you.

Dyed hair
Mighty sky
I aim into your blue eyes
Live tattoo
Politics on skin
Law on politics
Layer over layer
Bone over bone
Since the beginning
Until the end
I am trying to read the signs.
Can you read the mine?

It is all there and I will write about a-gain.
Not a game.
It is a free fall...
Jump with me...
I won't let you down.
We can stay high together
Let me invite you to dream as a feather!

In the end what really matters
Are the feelings...
So, to be straight,
I wanted to stay with you
Ever since we met each other.
And when I say stay, I don't put a time barrier...I can wait.
Did you read my mind?










quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Caminho suave


Caminho suave

Abolir a estética.
Eis o  desafio .
Esculpir a beleza do tempo.
Jazz à desafino.
Descortinar sem vento o mistério da Lua.
Fazendo o sentido se aguçar.
Perceber a graça da garça.
Voa solo à casa.


O tempo e o vento
A uva e o vinho
A asa e a alçada.
O tempo, esse grande escultor, combina com o vento e fermenta a uva para fazer o calor do vinho e unir a um só termo os vizinhos da alma: amigos queridos que guardam. Resguardam. E nos aguardam comparecendo.
Aparecendo!
Obrigado, senhor do tempo, pela duração.
Gratidão à vida por ser joia.
A finitude do ser infinito cumprimenta o mar infindo de joias com afinco.
E afiança a um só tempo a lembrança de estar terreno no universo injungente
De gente agradecendo a gentileza
À gente sendo gentil
ao mundo do caminho suave.
Oz!





quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Visão do Astronauta

Desde o Espaço
Somos
todos
um

Mistura de língua e cultura
Civil barbárie antropocêntrica
Esquece-se o verde e se vê o azul
Em náusea navegante
Pelo risco do Espaço
Correndo o rio a ser branco à noite
E escuro de dia.

A poluição do pensamento pouco abstrato
abstrai o pouco pensamento elaborado sobre
a camada de ozônio perdida
causando ferida
na pele

E assim apelo à visão de astronauta
para holisticamente elaborar a dignidade humana
do planeta Terra.
Somos todos um.

Muso
ponto
somos o çapse:
Homo sapiens que se sabe tolo.
Sem noção, com cê cedilha.
O çapse.

O sapo saber sabe-se;
Sapien é sedimentado:
edificado no cimento; ensimesmado no edito
de que o não-dito é mais explícito.
Falta à natureza humana o saber sapo:
Anoitecer a aurora coaxando.

Junto ao axis d'uma cruz sem religião,
Que une o vértice da terra ao horizonte do espaço,
O sapo sabe-se um.
Um ser integrado com o Universo. Ou Multi.
É ele quem faz as águas silentes barulhosas.
E traz à noite esboços da visão do astronauta.
Mas da perspectiva de rã.
Talvez uma visão em paralaxe.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Liberalisunning



Some carrying a gun
think that a son of a gun
is some gum
but some gone sad man
said to make the same banned manners
and sue your fun on a trial of judgements.

domingo, 30 de julho de 2017

Celular

Fui ao cinema.
Peguei O celular.
Fiquei uma hora e meia
no celular.
Fui à montanha-russa.
Peguei
o celular.
Fiquei cinco minutos
no celular.
Fui aos correios.
Peguei no celular.
Fiquei vinte e três minutos mexendo no celular.
Fui ao banco e peguei o celular.
Mexi por quinze minutos no celular e fui embora.
Moral da história:
Não vi o filme, não liberei adrenalina, não enviei a encomenda e fiquei sem dinheiro.
Oras!
Esses juros estão acabando com minha vida!
Não tenho tempo para mais nada!
E ainda por cima cortaram meu pacote de dados dizendo que não paguei a conta!
Uai, como vou postar os selfies blasé da montanha-russa?
E pior, a lei municipal me levou à prisão, pois é proibido mexer no celular dentro de agências bancárias e os seguranças implicaram comigo!
Da próxima vez vou de google glass!
Conectarei com meu nano chip subcutâneo à internet
E só navegarei na deepweb!
Sinto que a liberdade da internet está me cercando!


31  7  2017  00:01-

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Questão de gênero

Um homem que-for numa esquina
Qualquer do Rio de Janeiro
Na Lapa ou na Zona Sul
Não é nada
Pode ser alguém
Esperando alguém
Esperando um uber
Esperando até o tempo.

Uma mulher qual-quer
Numa esquina à toa
Da vida
Não pode ser ninguém
Mas uma prostituta
No mundo machista
Da sua cabeça
Da nossa cabeça
Percebeu a diferença de gênero?
De verdade, não há
Mas há sim na sua cabeça
Assim, assim.

25 / 6 / 17

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Cais humano

Cais humano

Cassar ou caçar?
Eis a questão.
Casar ou calçar?
Eis a bicicleta.
Calar ou cadafalsear?
Eis a política. 
Cannabis ou Canavial?
Eis a escravidão.
Calais ou Canaã? 
Eis o êxodo. 
Canais ou Canil?
Eis o mundo cão. 
Cavar ou cair?
Eis o buraco.
Capaz ou capataz?
Eis o bueiro.
Capotar ou captar?
Eis a boemia. 
Calcificar ou cicatrizar? 
Eis a fixação. 
Acabar ou começar?
Eis a poesia.
Caminhar ou cabana?
Eis a vida.
Cantar ou cantarolar?
Eis a sintonia. 


Capacitar ou compreender? 

Não responder.

Cabaré ou Caminhão? 
Ex namorada. 
Careca ou cabelo?
É o futebol.
Caber ou não caber?
No Espaço
De um lado ou do outro 
Do Multiverso.

Conter ou contar?
Estrelas à Terra.
Crer ou saber?
Religião.
Cobrar ou querer?
Relojoeiro. 
Confundir ou comentar?
Televisão.
Comunicar ou cursar?
Universidade. 
Continuar ou interromper?
Tempo.
Camaleão ou camaleoa?
Raptar.
Convencer ou conquistar?
Caetano.
Caminhar ou cantar?
Chico.
Conhecer ou criar?
Ser.

Capitular ou cabular?
Mudar a Lógica. 
Reconhecer o movimento
E  desdobrar- se.
O tempo não chove
Molha 
O vento não sua 
Seca
O calor não mata
Muda
O ser que não pensa
Sofre 
O ser que mais pensa
Sobre
O ter que não doa
Desperdiça
A chance que não volta
Voa
A dor que não cessa
Cura
A ferida que não fecha
Abre
A porta que não ouve
Soube
Que a lista não coube
A dúvida
Mas a duvida é amiga
Do saber.
E da sabedoria popular
Dos versos de ser.

Chamar-se ou projetar-se ? 
Eis o cinema. 
Cingir-se ou sonhar? 
Durar.
Calor ou cólera? 
Partir.
Acalmar-se ou coleira?
Fluir.
Acamar-se ou amargurar?
Amar.
Fugir ou sentir?
Humanizar
O Caos
O Cais
Humano.
Assombrear ou iluminar?
Amenizar.
Prostrar-se ou decidir?
O caminho do meio.
Teimar ou afligir?
Entremear.
Vencer ou escolher?
Alternar.
Vencer-se ou fingir-se?
Ser-se.


to be continued...

atualizado em 30 / 08/ 2017.

Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

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Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.