"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sujeito diferente de Eu.

Sujeito diferente de Eu.

Existe o sujeito e o eu separadamente.

O Eu é um ser enquanto percebido, identificado. Através do espelho ele existe e apenas em relação ao outro, porque o outro também pode se perceber no espelho (se identificar). Este ser é influenciado pelos demais ao redor, pelo outro, e por isso pode mudar. Ele é e pode vir a não ser, uma vez que muda. Este ser sofre com o tempo. Portanto, não é ser de fato. Ele é, no limite, um ser.

Ainda, o Eu existe como indivíduo, nas mentes sujeitadas, e como multiplicidade. O Eu existindo individualmente se inscreve na gama de personalidades, dotadas de razão, mas de fato não existe. Existe apenas enquanto dura. Como multiplicidade existe em cada um (outro) de forma distinta, na citada gama de personalidades. Nesse caso sua duração tende ao infinito, apesar de não o ser.

O Sujeito é um ser per se. Aquele que para existir não está submetido a ninguém mais além dele mesmo. Nesta concepção não existe o outro, um referencial, como na física moderna. Talvez mais próximo do solipsismo. Este ser não é influenciado pelo ao redor e não pode, portanto, mudar. Ele é apenas. Não pode deixar de ser, pois, não muda. Este ser não sofre com o tempo, pois existe simplesmente (como o próprio tempo).

O sujeito existe apenas uma única vez e eternamente. O sujeito não precisa instalar-se em alguma mente para existir. Entretanto, pode o fazer para despertar o Eu, por assim dizer. Para, quando em referência, lhe atribuir algo, lhe dar propriedade. Logicamente, o Sujeito precisa de um verbo para existir. Este verbo (essa ação) é, no caso, apercebida pelo Eu quando ele se identifica como indivíduo. É como uma última volição que, se não pode ser explicada, é esperada.

Aqui, parece o Sujeito sinônimo ou dependente do Eu, mas, de fato, não o é. Ora, são coisas distintas: o Eu está contido no Sujeito, que por isso pode parecer dependente.

Com estes conceito variados, o Eu e o Sujeito são coisas distintas e complementares. Mas o Eu pode vir a ser Sujeito, uma vez que ele se percebe e percebe aos demais "sujeitados", sujeitando-se.

O sujeito existe de forma transcendental também, e é imanente (inseparável de si próprio). O Eu existe apenas de forma imanente, quando se percebe e enquanto dura.

O Sujeito seria então um ser, ou o Eu per se enquanto ser; e o Eu seria o Sujeito referenciado, ou um ente.

Mas, em explicação alternativa, O Sujeito existe independentemente do Eu, enquanto o Eu tem sua existência dependente (sobretudo do outro). Quer dizer, para cada ser (humano) há um Eu, mas há apenas um Sujeito em comum para todos os "Eus". E para cada ser (humano) há aquele mesmo único Sujeito, que deve ser percebido pelo Eu. (Neste sentido, o Sujeito estaria além do ser.)

A percepção da existência do Sujeito único pelo Eu faz com que o Eu passe a existir. E esse ser único não se trata de Deus, é apenas um ser. Estaria mais aproximada de uma consciência superior que o Eu pode adquirir. E se o Eu a adquire, há consequências como, sobremaneira, a criação do outro.

O conceito de outro é antropologicamente debatido. Mas a implicação da existência do Eu enquanto ser que se percebe porque existe o outro, deduz que este Eu fora dominado ou tenha descoberto o Sujeito, e para livrar-se do problema de ter que se reconhecer a todo instante, inventa (cria) o outro. O outro é um Eu em corpo alheio. E como Eu pode ser sujeitado.

Enquanto isso, o Sujeito continua existindo individualmente, podendo e geralmente sendo, apreendido pelo Eu. O Eu como ser inteligente que se reconhece no Sujeito, cria seu mundo. E somente com esta identificação, cria seus problemas, como notam os psicólogos. E evidentemente que vivendo não isolado, mas em relação com outros Eus, lida com um emaranhado de problemas que só existem para este próprio Eu enquanto ele se percebe como Sujeito.

Tratando ainda da implicação da percepção do Eu como Sujeito, se por um momento o Eu perde a sua identificação com o Sujeito, ele pode deixar de ser, uma vez que só é enquanto se percebe e percebe o outro (no "espelho"). O espelho é então necessário, como metáfora, porque resume o autorreconhecimento do Eu enquanto ser independente e capaz de visualizar (criar) o outro ( outros Eus dotados, ou identificados com o, de Sujeito) e distingui-lo de si.

Em suma, o Sujeito estaria numa estância superior de existência e seria um ser. Enquanto que o Eu seria apenas um ser e não ser, já que de início não é e pode vir a ser pela identificação com o Sujeito.

Se continuarmos, Deus não seria a soma de todos Eus e Sujeitos, mas um ser além, identificado pelo (com o) Sujeito, através do Eu.

Em relação aos fatos, se não são notados, não existem para o Eu, e sim para o Sujeito na qualidade de ser em estância superior, per se. A questão da versão dos fatos é jornalística, e ainda assim presume sua existência.

Ainda, a pós-modernidade diria que ambos não existem (Eu e Sujeito), apenas parecem. Tudo é apenas imagem ou semelhança. E o que importa é essa aparência, ou representação. Mas isso é outra história.

Resumidamente, o Eu seria cada pessoa individualmente ou coletivamente, com suas respectivas capacidades cognitivas; e o Sujeito seria esse autoconhecimento no limiar da perfeição, a capacidade de transcender (metafisicamente) atingida.

Processo, eu, sujeito, espaço e tempo, Filosofia pós-moderna...

Filosofia pós-moderna... mais um uma discussão que terminou em  "tudo é um processo"...

Mas e se eu não estiver tratando de processo? Porque nem tudo é processo.

Processo implica existência de espaço e tempo. E quem deduziu essa existência foi algum ser. Mas se o tempo não existe per si, não existem processos.

O tempo é apercebido pelo movimento. O movimento só existe se o tempo é contado (numa foto não se vê movimento, mas num filme sim...). Mas o tempo para ser contado deve existir? Ou apenas a sua observação, com os movimentos, o torna existente? O tempo pode existir independente do sujeito, mas este passa a considerá-lo como existindo para poder se inscrever na existência. Existência essa que permeia sucessão.

O espaço-tempo ou o espaço e o tempo são atribulações físicas, sim. Mas podem ser questões metafísicas também.

O espaço é a definição autopoiética, então não se pode defini-lo (falta o espaço). Isso foi uma piada! O espaço é onde todas as coisas estão contidas, inclusive ele mesmo. Por isso na definição do espaço se contém até o infinito, que é o próprio espaço (não) alcançado pelo tempo.

O espaço não pode ser definido mais separado do tempo. Porém, o tempo nem sempre existiu, tãopouco o espaço? Essa dúvida é a mais importante! A teoria do física Big Bang que diz que foi lá (há +/- 15bi. de anos atrás) que o tempo começou já é plasmada por outra que diz que o Big Bang é um ciclo, dado que os buracos negros consomem tudo, a matéria escura preenche o universo, que se explode/implode de bilênios em bilênios, de prováveis buracos brancos.

Essa teoria deduz que o tempo e o espaço existem desde "sempre". E a consciência, por que não assim também seria? Falemos da física para chegar na metafísica.

-Não queria colocar agora, mas colocar que "positivamente o "nada" não existe" é um paradoxo...- Evidentemente que o nada existe, senão não seria o "nada". Senão o sonho também não existe, ele não está contido em nenhum espaço (ademais, ele remete ao nada invariavelmente!). O nada é ausência, a meu ver. E isso existe de sobra! Quer dizer, o nada é o não-ser e o infinito espaço sem matéria. O não-ser é, existe. Ser é existir; não-ser também existe, no entanto. Porque a não-existência também existe. Contra Kant, Sartre ou Nietzsche.

Enfim, essa discussão minha é tola para aquele que não podia conceber que o nada não exista positivamente. É uma questão estética, evidentemente.

Mas, que ser absolutamente infinito seria aquele de Kant? Ele é eterno ( logo, o espaço-tempo existe), imutável (o espaço-tempo existe? Se mudar deixa de ser), infinito ( o espaço e o tempo existem?) etc... O espaço e o tempo não precisam existir "de" per se para o ser ser kantiano? É por ele dito evidente que sim, precisam.

Então "a questão é o agora". E o agora define o ser. Paradoxo. O ser de hoje não é o mesmo do passado. Nem o do futuro, porque a física o transformará. A física transforma questões da metafísica? Não pode, não cabe?

Ainda, o espaço-tempo existe a priori e existe subjetivamente. Ele tem uma existência dua. Logo, o espaço tempo não é. Paradoxo. Como algo que não existe, existe? Eis o nada.
É o espaço-tempo o nada? Muito provavelmente. Por isso voltemos à questão de que seres dotados captam por "rádio frequência" (pela consciência instaurada em um sujeito, que é separado do eu) o espaço-tempo, e tudo atrelado a ele, o transformam e percebem que ele é o... nada. A existência é o próprio nada transformado pela imaginação do ser dotado de intelecto?!

Quer dizer, pelo intelecto, imaginação e criatividade, concluiria-se que o trascendente não faz sentido. Mas eis que a imaginação é o erro. A apreensão das coisas pelos sentidos é o erro. A interpretação é o erro. O material é o erro. Todo este erro está contido no ser. Voltemos à metafísica. Voltemos ao intelecto.

O presente do ser, a duração, o verdadeiro tempo, diz que a mudança da forma efetuada pelo ser é ou a tentativa de mudança ou a tentativa de constância. Mas o devir é intangível, desconhecido. Será mesmo? Esta é a verdadeira questão que é levantada no início ( "mudar a forma normal distorcendo; corrigir o desvio, voltando à forma normal").

Ao meu ver, Kant diria que sim. Que o devir é mesmo desconhecido. Mas isso porque ele tem uma concepção "não-relativista". E o relativismo não fora superado ainda? Kant não o poderia tê-lo feito, seria um anacronismo(?). A física da teoria da relatividade mostrou à filosofia e à metafísica novos rumos, deu novas possibilidades.

Se é possível distorcer o tempo (do erro), fazê-lo voltar a forma normal, como lidar com o presente? A duração será sempre uma tentativa de correção do que ocorreu no passado, e o planejamento futuro será a tentativa incessante de realizá-lo com sucesso. Eis a teoria mostrada por exemplo no filme Dejá vù, com Denzel Washington.

O ser não é mais infinito, imutável, imóvel.... o ser deixará de ser. Logo o sujeito não existirá mais... voltamo-nos ao holismo. Há teorias de que estamos, ao avançar no tempo, voltando para o passado, e isso parece lógico agora. A tecnologia evolui para conectar as pessoas e fazer com que elas conversem quase que face-a-face...e ao mesmo tempo as distancia...

No tempo paramodal, no entanto, essa tal "lógica" não existe!?

Por fim, ainda não sei se a física já afetou a metafísica nesse sentido: se o ser deixará de ser, uma vez que pode ser alterado. O espaço-tempo está sendo manuseado agora também fisicamente (em laboratório busca-se capturar matéria escura). Mas ontologicamente seu presente é paradoxal: quer-se no presente calcular com o futuro o que fazer do passado . E isso não tem a ver com o Sujeito, ou o Eu porque retorna o tempo do holismo ao lugar do individualismo, pois se afirma que este é o causador do caos. -O individualismo em sua essência é um humanismo, é uma atribuição positiva às características de cada um dos indivíduos.

Mas se na metafísica do ser, na origem ontológica, o tempo e o espaço existem, porque não se pode existir fora deles, que ser é esse duo, passível de mudança? Eu não sei se o ser imanente e o trascendente são os mesmos, ou se eles existem simultaneamente, ou independentemente, ou se apenas um deles existe necessariamente.

É possível crer que não existe o sujeito nesse sentido. E esta frase por mais paradoxal que seja, é para além do cogito, é a dúvida de Thomas Hobbes para com René Descartes: quem garante que quem está pensando é o sujeito autoreferenciado e não um ser externo a ele?

Se você nunca pensou nisso, é porque provavelmente não está pensando. Mas algo externo a você está. E está te conformando... Ademais, se não existe o sujeito, o outro também não pode existir. A única coisa que pode existir é um todo segmentado.

(Mais adiante, buscar-se-ia a perfeição quando a esta não existe, apenas o caos. E este caos fora chamado de nada e agora é algo. Tudo trata do agora. Ou da duração. Porém, são faces de uma mesma moeda.  A cada face se atribui um valor ou um rosto, que são símbolos. Símbolos que remetem mais uma vez ao nada ou ao atribuído pelo consenso, com a linguagem. A nova ordem cósmica e caótica, pouco religiosa.)

O seu universo existe para você não por causa de uma relatividade, mas por sua condição de existência apriorística. O tempo se sucede e é diferente (apesar de ser sempre o mesmo tempo), mas o espaço é diferente e é simultâneo (todas as coisas estão contidas no espaço, em algum espaço; e pela característica de sucessão do tempo, em algum tempo também estarão contidas todas as coisas, mas apenas como fenômenos). Portanto o universo é particular e múltiplo: o multiverso existe.

Com esta estética, ele, o multiverso, é um desdobramento lógico do universo, analisado sob perpectiva holográfica ou holista. A composição de vários universos conforma o multiverso, logo ele existe necessariamente.

A Filosofia pós-moderna, de ausência do sentido, de Heiddegger, ou a descontrutivista, a qual ainda assim tenta construir e encontrar uma Salvação é.... é loucura. Com razão!



"They say the devil's water it ain't so sweet, you don't have to drink it right now, but you can dip your feet, every once in a little while."

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

citação (repost)

"O Brasil é um país feito por nós, basta agora desatar os nós." "Barão de Itararé"

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Do altabaixo

Do altabaixo

Impressionam as camas e as 'tvs', todas iguais
é notória a cor do tijolo, sem variação
a comida, o sal, sempre mesmos
nada muda e tudo permanece propriamente
a propósito, seja qual for
como na vida, como no seu oposto.

O tom não se altera, nem a temperatura
as descrições são como as descritas por todas
a única diferença é a presença, frágil...
E isso é o que ma valoriza...

Então, assim, fora o tom, fora o ritmo e o frio
o brilho, e todas impressões, nada se expressa
verdadeiramente há uma concha, ó concha
inerte em álcool lesmas tempo.

Nós, em tantos, valemos a pena, a coxa, o sacrifício
valorizamos o gasto, o dispêndio, o tempo
porque o númeno do silêncio não se sente
conhece-se intimamente!

Por fim, gostamos desde o começo
Queremos
e, quando conseguimos,
to rc emos o
te m-po
d e n-ov o
o silêncio do fim é também o início da esperança
da mudança constância.

Revelamo-nos assim, apaixonados, vidrados
conectados, como um plug-in
dependemos do código intrínseco
dos nossos outros dos nossos mesmos!

e não dormimos para sonhar, mas ao contrário...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Pela ordem, pelo sistema

Pela ordem, pelo sistema

O testemunho do poder como corrupção inerente é um julgamento inválido. Aceitar as regras do jogo não é corromper, é saber que quando no momento propício, atacar a questão premente é a tônica invariante. Os acordos firmados, se parecem escusos, são frutos de técnicas elaboradas com o passar do tempo, levando-se em conta a eficácia e força de argumentação democrática, os verdadeiros instrumentos do poder.

Quer dizer, quando se verifica que uma decisão está sendo tomada e obedece a certos princípios pré-configurados, pode-se falar que houve coerência e limpidez democrática. E, pelo contrário, ao se desobedecer as regras ou de forma unilateral tentar mudá-las, aparecem como evidentes princípios autocráticos subversivos.

Levando esta forma de pensamento às demais instâncias da vida que envolvem a política, mas não necessariamente à discussão de filosofia política, é possível tratar de como os governos de países do Oriente Médio sofrem pressões, externas e internas, não por serem regimes de forma z, x ou y, mas simplesmente por não estarem obedecendo a um princípio básico que é a audiência, ouvidoria ao seu povo, ou a responsividade.

O que parece estar ocorrendo tem a ver com a necessidade espalhada virtualmente, também pela rede de computadores, de haver mais ou novos direitos individuais a serem respeitados. E este “problema” só não é compreendido por qualquer organização política desconectada da realidade. Que se encastela e ignora o que ocorre no próprio país, e no mundo. Novos cidadãos têm novas necessidades e precisam ser reconhecidos.

 Portanto, uma vez que o ser quer se reconhecer e é atraído pelo seu desejo, de poder, de poder mais, estando num mundo que instiga a desejar mais, cairá àquele governante que não vende que fará o que seu povo quer. No entanto, nem o povo sabe o que quer. Ele vai descobrindo ao longo do tempo, e, em simultâneo, se o povo deseja mais,- e tem o poder como meio de alcançar mais,- ele apenas se esquece que não pode ficar dependente do poder do Estado para conseguir alcançar seus desejos.

 Então, numa situação extrema, a lógica aqui explicada diz que a situação tornou-se insustentável exatamente porque o povo inscrito no atual mundo “desejante”, pulsante, quase que de pura pleonexia, não percebeu que o Estado não é o único meio para conseguir a realização dos desejos; percebeu alguma forma de descrédito nas regras que parecem ter sido criadas de forma unilateral, e, ainda, quer se reconhecer sem saber exatamente em que sentido, pois a opinião pública não existe efetivamente a não ser durante a disputa política.

 E daí, desta última forma de pensamento apresentada, resulta que tudo se dá num procedimento, ou processo. O que não deixa de ser um pensamento limitado. Pois, além de ocorrer num processo, há saídas previamente pensadas nas filosofias políticas. Porém criticadas como sendo muito abstratas, até que se coloquem na prática.


 Quer dizer, além da estrutura agindo, as agências as portando, é possível pensar com outros esquemas, até contrários.
Estruturas estruturantes tendendo a agir como estruturas estruturadas e os agentes não estando fora da estrutura a remodelando a todo instante, diria Bourdieu, ou uma outra forma de pensar que não seja desse tipo sistema-estruturalista. Mesmo sendo evidente a existência de um sistema, nem sempre é o mesmo sistema.
 E ainda, há formas de análises sociológicas e políticas não sistêmicas, mas relacionais; outras chamadas micro, outras de grupos, algumas com interações; uns sistemas sincrônicos, outros dinâmicos; algumas estruturas históricas, outras a-históricas: nestas análises o resultado pode já estar pronto, e não é o processo o determinante, mas a estrutura. Na anterior é através - ou durante o - do processo que se chegará a um resultado, um fim...

 Por exemplo, é possível pensar em análises de antigos regimes, que já estavam prontos, mas não vingam mais porque desatualizados num contexto de mundo integrado, quase sem fronteiras para ideias, pensamentos, e pessoas; e pensar em análise do mundo das democracias mais avançadas que parecem funcionar, onde há prosperidade, levando-se em consideração que em ambos vigem sistemas diferentes, e fazendo uma análise de um tipo de estruturalismo, e chegar-se a conclusão que um sistema não funciona e o outro sim porque naquele que não funciona, no todo, há um preterido reconhecimento não atingido.

 Nesta análise estruturalista, concluir-se-ia, então, que o que está havendo no Oriente Médio é a tentativa de instauração de outra ordem sobre uma antiga que não está mais sendo respeitada. No entanto, em análises desse tipo, de sistema, só se pensou que o todo fora determinante, mas esqueceu-se que o todo é composto por partes, sem as quais ele não existe, e estas podem ser sobredeterminantes, e então mais importantes, ou primárias para serem analisadas. São as chamadas análises micro. É o chamado risoma, em Deleuze e Gattari.

 Ademais, pode faltar espaço para a criação e a imaginação nessas análises estruturalistas históricas ou mesmo a-históricas. Pois, se apenas no processo se cria, não há garantias de que a criação não seja uma reprodução de uma ordem da estrutura, do sistema, o qual é autoreprodutor e autogerador ou regenerador de si mesmo.

Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

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Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.