"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Gen


Genética ou gênese,
todos nascem.
Todos são criados,
todos são gerados,
todos são inventados,
e (in)existe um todo.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Oswald de Andrade e metafísica.





Oswald de Andrade. Determinação, ideia, abstração, identificação: itens correlatos.

A determinação é o que leva você a fazer aquilo, algo, e não o inverso, como aparentemente a palavra significou-se. Determinação é sujeito que tem consciência do seu existir. O denotativo sentido da palavra está atualmente invertido. Talvez a matemática o tenha invertido numa função, numa matriz, numa integral... têm-se que decompô-la... não é necessário encontrar a sua determinante, mas sua derivada.


Determinação é atitude resoluta, ação com sentido, ação com sentido definido; moralmente-filosoficamente, ação com sentido bem orquestrado, orientado, justo, belo, bom... Filosofica-esteticamente, é algo (cor)relacionado ao necessário, não contingente, existir de forma não necessariamente relacional.          

E "ideia" nada mais é do que aquilo que pode ser inteligido; assim é a determinação... determinação pode (ou deve) ser um sinônimo de ideia. Ideia é forma, é essência inteligível... E as coisas são inteligíveis do mundo real.         

Isto é, uma abstração se eiva do mundo real, não do ideal. Pois o mundo ideal é a abstração, a forma inteligida, intelectual do real. É busca da essência, que é ou contém o real, que é o ideal, a ideia. Exatamente, só se tem (só se pode ou deve) ter ideia de algo, pois não se pode (ou deve) agarrar uma essência, pois ela é intangível.    

Neste sentido, comentemos uma frase: segundo Oswald de Andrade, para "Jean-Paul Sartre há uma operação idealista e redução de espírito à matéria na teoria marxista-leninista." 

Afirmamos esteticamente, toda abstração não é nada-mais-nada-menos do que uma inteligência sensível. Pois, a inteligência é aquilo que se retira, idealiza do mundo material, que só pode (ou deve, usemos daqui em diante como sinônimos) ser sentido. Assim, o mundo se realiza nas ideias e estas, por sua vez, são reflexos do que é inteligível.

 Portanto, separar razão e emoção é um erro crasso e clássico (iluminista, na verdade). Pois, s
ó se deve (pode) ser racional, ser abstrato, se se intelege, se se sente, se se utiliza a inteligência para abstrair, subtrair do real ou material, o ser, que em essência subjaz pangeico.


Assim, do mundo real as coisas são abstraídas e ao terem sua forma idealizada tornam-se essenciais ou originais, e retornam como matéria, ou espírito. Mas matéria de pensamento. Portanto ideia, espírito.



Logo, não existe geração, gene ou genética como sobredeterminante, mas existência intersubjetiva: todas as relações de vida ou formas existenciais são codependentes e irmãs.

 Daí a fundo, a genética pressupõe cópia e inovação, e a gênese idem. Então se tem criação, inovação, desenvolvimento, evolução ou outros sinônimos do que é vivo. O movimento precede, Parmênides nos alertaria. E não se trata de processo porque o espaço e o tempo não precisam existir. 
O espaço e o tempo não contêm a existência, ao meu ver. E um processo só existe num espaço e tempo indefinidos. Um paradoxo. A razão é quem precisa existir. (Ela existe em espaço e tempo algum? ela existe em si própria apenas? é o solipsismo?) Por isso ela se descobre existindo quando duvida do seu existir, ela se quer provar real. 


Quer dizer, uma coisa sendo real, materializada, pode ser idealizada, se tornar ideia. E não apenas o inverso como comumente se tem. E não é diferente com a própria razão: para se afirmar como soberana precisa existir e persistir.

 Estamos vivendo um mundo no qual estes conceitos foram invertidos em seu sentido. 


A ideia parece abstração da ideia, mas ela é abstração do real. Então, se o real, o material não existe, como destruir as forças que nele se embatem, como destruir, por exemplo, o Estado? O Estado é uma constatação do real, sua ideia ou forma organizada. É para gerir a sociedade, e é por ela gerida e gerada. O Estado pode existir mínima ou maximamente, mas ele existe necessariamente. Subtrai-se o Estado, tem-se o fim da sociedade. E o que quer a revolução, que em sua etimologia significa retorno ou giro ao redor de si, é o fim do Estado? Logo, o fim da sociedade como presente?   


Viver na selva, talvez. Viver à baila da natureza. Caçar. Retorno eterno ao mundo estéril e sêmico, platônico e idealista.   Ou viver no mundo real? 


Assim, "Jean-Paul Sartre denuncia como operação idealista e redução de espírito à matéria na teoria marxista-leninista.", dizia-nos Oswald de Andrade. É esta operação que se dá por um processo metafísico que operaciona uma nova transcendência e esquece-se da autocrítica e da função, do método a rigor.     

O método torna-se meramente assessório (invento) cartesiano. O mundo espartanamente subdividido e loquaz não se ouve ou se enxerga. Volta-se para a intersubjetividade que reconhece o espírito como matéria aplainada. Portanto, à razão superior,  Deus pode ser esfacelado, e encarado face a face à sua real existência. Daí a hermenêutica leva a revolução do sistema. O que se esqueceu nesse ínterim foi que a revolução é consevantista: ela quer a tomada do poder por todos, mais ou menos como a mensagem cristã, ou messiânica que elege a unicidade do ser na trina pessoa da consciência própria: geradora, criada, igual; ou subjetiva e racionalmente absoluta, paternalista, e irmã. Como o Pai, o Filho e o Espírito Santo na ordem alternada.        

Esse ser absoluto, proletário, progressista ou burguês que albaroa (escombrídeos que são) e abarroa o Estado, esquecendo-se de sua força criadora de consenso e pedido de ordenamento, é caótico e crê na matéria desordenada. Mas, à medida que vê a racionalidade absoluta imperando, contradiz-se e elege um semideus até para supinar a vontade da maioria e o controle pelo povo. O deus-razão. Logo, quer um retorno ao poder porque se vê alijado dele. É como um desejo daquilo que não se tem. Vimos isso nos chamados momento de crise.

Mas o objeto de desejo só pode ser realizado porque visto e sentido como detentor de verdade, bem, justiça e todos os valores ideais duma sociedade humana, religiosa ou ateia; sociedade cujo único Deus polimorfo é a individualidade compartilhada, ou a coletividade virtualmente segmentada. Tem-se que um favor é um estupor. E o egoísmo é um desenvolvimento do Eu, seu alter-ego necessário, pois precede sua existência, não a prescinde.     


De todo modo, quer-se virtualmente revolucionar o mundo material o transformando em abstração ideal sem se perceber que o que se abstrai, se abstrai do material, sendo sensível, utilizando a inteligência para inteligir e projetar.    

Assim nasce o reino da subjetividade pura, o ser chamado "outro" se tem como existindo de forma independente e puramente capaz, e a ajuda ou partilha torna-se dificultosa no segundo paradoxo aqui elementar.

Então, acredita-se, no limite, no fim do Estado porque se esquece de seu papel cementador ao auxílio dos mais desafortunados. Tem-se que o existencialismo é superior e a relatividade coroa o mundo impessoal. Esquece-se das mensagens de solidariedade.        


Diante disso, freudianamente, o ego é engolido pelo superego, e o recalque, o negativo, a anulação, o isolamento se tornam amigos do masoquismo; o qual inverte sentidos, e valores, metamorfosea-se, transforma-se no seu contrário sem o querer, pois se volta contra si mesmo quando se esquece do ser outro. Quando, suicida, não pede ajuda, mas afoga-se a sós. Como na transformação ou metamorfose de Kafka, Apuleio ou Ovídio.   

E neste mundo mecânico, clássico, quântico, atrasado, ordenado, racional, relativo ou revolucionário e todo ele conservador, a única inovação possível é o Eu. Porque ele, o Eu, é em si mesmo preceptor da realidade em conjunto: apenas se realiza quando se identifica: só se tem como existindo se em relação com outro, ainda que o outro seja seu espelho, seu alter-ego, ou sua cara-metade gregamente partida. Portanto, é um problema grave quando sequer se vê o outro; como cegos seletivos, ou mesmo a cegueira inconsentida de Saramago.


E se o Eu se questiona a tudo chegando ao divino, se deifica. E nota que suas existências e fruições são meras ações reflexivas e irrefletidas. Agora são as cópias (por neurônios-reflexos) que são refratadas, e contém-se todo impulso ao infinito o afirmando objetivo, teleológico. E a vida, como um vírus, torna-se subreptícia. Desimportante diante da magnitude do self (outro eu). Porém, o self perde a própria noção de identidade e existência quando se olha no espelho e não se vê repetido, mas repartido, como esmerilhado por um mundo segmentado. Vide Clifford Geertz.

Deste modo, temos seres individuais, que não se reconhecem como irmãos, mas como infinitos no próprio objetivo; que não se comunicam mas brigam; que não se auxiliam mas disputam o poder. Mal sabem que o poder inexiste, subscrevo Bourdieu.  

Padece-nos, portanto, determinação para não ver falta, mas completude em um quebra-cabeça. E o que se tem, segundo Oswald, é que a figura do pai está sendo substituída pela sociedade. Talvez retornemos ao matriarcado.    

Por fim, Oswald arrebata: “... O que se tenta pelas formas audazes ou dissimuladas da filosofia contemporânea é restaurar, através do existencialismo, da axiologia, da fenomenologia e mesmo do marxismo-leninismo, o Ser como tal em seu trono absolutista...", ou seja, algo paternalista... distinto do desejo de retorno ao matriarcado. Como costumo dizer, tendemos, ao avançar no tempo, a voltar para o passado.     
Y.C.O. 15/02/2013


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Poema cego


Poema cego

Há sempre algo mais urgente,
O próprio umbigo, geralmente.
Não se pode fazer nada pelos cegos;
Não atravessam a rua por preguiça.
O homem é virtualmente deletado,
E humanamente preterido.

A mulher se distancia noutro plano...
Certamente algo soberano.
A atenção não é dada, é dispersa;
E o mundo girando inspira pressa.

Fechados ao redor dum cancro tímido,
O mundo se nos aparece contraído.
Mas é  gigante, imenso, infinito!
Basta observar a consciência limítrofe:
Cada vizinho, irmão, amigo, mendigo;
Cada professor, humano, sozinho, querido...

Ao redor do mundo um questionamento vago...
E ao seu cerne uma centrípeta força!
Nada escapa ao solilóquio e monólogos subsistem.
Não existe o diálogo, mas um monólogo esperando pelo outro.

O mundo infinito está fechado, cercado, sitiado...
Cada consciência em si ensimesmada
Redunda-se ao seu ego, inflado, iludido
Sem ver o tamanho do infinito.

O cego que não atravessa a rua é inocente!
Culpados são os outros, que o deixam de lado...

Estamos todos cegos.

Y.C.O. 14/02/2013

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O sacerdócio versus o negócio


O sacerdócio versus o negócio

Era uma vez o ócio sagrado
daí veio Marx, paternalista imóvel,
aristotelicamente motorizado,
Luteranamente inspirado
e autoriza o negócio,
como corruptor.

Então, proibi-se o imaterial;
a fonte de todo o mal é seca de ouro,
avessamente;
tem-se o homem cru, na cidade, nu;
burguês, humano, gente;
(sem celibato não há vida;
com celibato, idem.)
gentil, gentalha, gentio;
Mas homem: distante, paterno.
Afulgentado do campo.

A mulher, coitada, é escravizada.
Agora trabalha, estuda, e, sem o ócio,
só lhe resta o negócio.
Negue o ócio, dizem-na!...
O trabalho dignifica o homem, disse Marx em certa ocasião.
E também a mulher, reiteraria hoje em dia.
Mas o ócio, ah, ah!... é pouco produtivo...

Produzamos a liberdade do livre-arbítrio que vos exclama a revolução:
A incerteza temperada gera convulsão, e a certeza é um erro não notado.
Sabemos que somos livres para ser o que queremos,
mas o que queremos não podemos saber ser.

Partamos, nasçamos. Descobrimos, ocultamos.
Freudianos afirmamos o querer ao contrário.
Relativos estamos e somos contraditórios ao ser/estar.
Negociamos a personalidade, atuamos o parecer.
Autuamos a culpa, constatamos a carne.
E no fim, pagamos com o lucro proibido da matéria.
Queremos mesmo ser a gente séria,
Ou o nosso a gente é Dionísio?

Burgueses materialistas do mundo imaterial religioso, uni-vos!
Comamos um bolo! E recheamos com confetes de moeda em ouro
E cobramos e cobrimos com tudo a produtividade infrutífera e despropositada
O sentido aponta para o nada.
Seguir é uma opção válida se, e apenas se, constata-se a existência racional
Descartes indica, lá está a razão! Ela existe!
Marx confirma a tese que a matéria subsiste!
E, num chiste, Nietzsche idolatrando a vida persiste.

Sendo ou estando de acordo com a produção que revoluciona e se identifica
O mundo gira e continua estático. Errático. Estatístico.
E numa centesimal probabilidade absoluta, o ócio impossibilita a alienação
e a facilita: Marx estava certo, estava contraditório.
Estava dialético consigo próprio.

O ócio não produz, pois a religião é ópio para o povo.
Trabalhemos todos e sejamos da cidade, burgueses!
Assim, após as dezesseis horas diárias de trabalho, nos intervalos de sono
Façamos a revolução para o mundo não parar de girar em círculos
E o poder trocar de mãos nessa távora redonda da vida.

Criaremos em silêncio com o ócio sendo nosso trabalho.
Negaremos o ócio para sermos mais produtivos.
E despertaremos a identidade do livre-arbítrio:
O senhor é escravo de si e de ti mesmo,
basta se obedecer a seu Deus.

O crédito impuro pertence ao nobre,
ao pobre resta o reino dos céus;
A verdadeira bondade é o lucro,
A moral burguesa é mediana e a fiado se paga.
E sem outros malucos confundindo o espírito
Que de início pensava, "o ócio é criativo", tem-se o  proibamo-lo.
Trabalhar tecnicamente vinte e quatro horas por dia torna-se insuficiente.
E a gente sente e pensa que pensa que pensa.
E nenhum sacerdócio pode se confundir ao negócio.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

cogitatione, peccatum = pensamento, pecado


cogitatione, peccatum= pensamento, pecado

Santo Agostinho em Cidade de Deus escreve que "o pecado não está na carne, mas no pensamento."

Talvez Sto. Agostinho esteja se referindo à criação...ao pecado original...e para isso vamos ao Gênese (Genesis)...

Quando se fala que o pecado original é o ato pecaminoso carnal há uma confusão... pois, o pecado original, de fato, seria a desobediência (desobedecer à própria consciência, que é boa), e querer se igualar a Deus, cair ( a tal queda). Cair na incitação ao erro (a serpente), crer, imaginar (imagine e "certamente não morrerás", diz a serpente) uma possibilidade outra que não Deus; desobedecer a ordem de comer da fruta do conhecimento... isso quer dizer, não querer conhecer a verdade do espírito divino, mas (d)a carne...

Em verdade, "conhecer" na Bílbia significa o intercurso sexual, o ato sexual... mas o pecado não é cometer o ato sexual, e sim pensar apenas em fazer outra coisa que não adorar o Criador...pensar poder se igualar ao Criador... pensar poder ser tão poderoso quanto Ele detendo a sua Verdade, ao invés de admirá-la por sabê-la impossível de ser alcançada...

Então,  em latim, língua original do manuscrito de Sto. Agostinho, "pensamento"("putabant") pode ser traduzido por, ou ser sinônimo de, "cogitatione", cogitar...cogitar pode ser divagar, imaginar, inventar...criar...daí tentar se igualar a Deus... portanto, este seria o pecado original: desobedecer à ordem divina e pensar poder criar e viver num novo mundo ( o mundo onde apenas se conhece a carne). No entanto, a carne não tem nada de pecado; sem o pensamento ela é inerte.

E para não dizer que a Filosofia não tem nada com  religião...

“Tudo é belo se se faz conforme as regras da honestidade, feio se se faz contra essas regras. O mesmo sucede com o amor. Todo o amor, em geral, não é belo nem louvável, se não é honesto. O amor da Vênus popular é popular também e somente inspira ações baixas; é o amor que reina entre o comum das gentes, que amam sem eleição, tanto as mulheres como os mancebos, dando preferência ao corpo sobre a alma”. Sócrates, no Banquete.


Eis que a desobediência é sintomática:

 "do Budismo: (Dhammapada 20, 376) “Os que obedecem à lei e seguem diligentemente os mandamentos terão serenidade de espírito, alegria e prosperidade. A obediência é o caminho para as boas coisas desta vida e da outra”.

Do Cristianismo: (Mateus 19-17; João 14-31; Atos 5-29; Romanos 6-17; Hebreus 12-9; Tiago 1-22; João 3-24 5-2-3) “O verdadeiro cristão é conhecido pelo fato de que obedece aos mandamentos de Deus. Quem deseja a verdadeira vida, aqui e depois, precisa seguir os mandamentos”.

Do Confucionismo: (Shu-King: 4-3-3; Lun Yu: 20-3-1) “Para obter o favor do céu, devem-se observar os estatutos do céu. Quem reverentemente observa esses estatutos e é obediente à vontade do céu terá felicidade e tornar-se-á um homem superior”.

Do Hinduísmo: (Bhagavad Gita: 18-58-73) “As leis de Deus são eternas, sublimes e profundas. O homem que for obediente a elas será feliz e, depois da morte, experimentará uma alegria infinita”.

Do Judaísmo: (Deuteronômio 7-9-11-1; Reis 8-61; Salmos 25-10; 103-17; 18-119; 47-48; 70-77; 97-101; 112-113; 127-140; 143-163; 167-174; Provérbios 15-5) “Os mandamentos do Senhor são justos e devem ser obedecidos. Desobedecer resulta em castigo, obedecer resulta em felicidade e bem-aventurança. Deus não recompensa os povos e nações que lhe recusam obediência”.

Do Maometismo: (Alcorão 4-124) “Estarei com o crente que ouve a palavra do Senhor e obedece. A lei do Senhor foi dada aos homens para ser obedecida. O castigo dado à desobediência é severo”.

Do Sikhismo: (Japji – 13-14-15; Asa-Ki-War – Pauri 22) “O homem é para Deus o que o servo é para seu Senhor. Portanto, precisa obedecer sempre. Quem obedece terá honra e felicidade e eventualmente encontrará seu Senhor”.

Do Taoísmo: (Kwang – Tsé 12-2) “O homem completo e perfeito é o que obedece sempre à vontade do Senhor”. (p.120)

Do Zoroastrismo: (Yasna 45-50-6) “O Senhor é sábio. O que ele ordena é bom para seus súditos e seus mandamentos devem ser obedecidos. A imortalidade é a recompensa oferecida ao obediente”.



Fonte básica: Suma Teológica IV, de São Tomás de Aquino pág 347 no google books

Tese: A Crise da Filosofia Messiânica, USP 1950)


Interpretações pessoais d De Civitate Dei (Cidade de Deus),  e Confissões, de Santo Agostinho, versão em latim online. Links abaixo de versões em inglês e latim

http://books.google.com.br/books?id=nYFybLCvXggC&pg=PA347&dq=o+pecado+n%C3%A3o+est%C3%A1+na+carne,+mas+no+pensamento&hl=pt-BR&sa=X&ei=_wkbUdD4FYP68gSR1oAg&ved=0CGAQ6AEwCQ#v=onepage&q=o%20pecado%20n%C3%A3o%20est%C3%A1%20na%20carne%2C%20mas%20no%20pensamento&f=false

http://www.gutenberg.org/ebooks/33849

http://www.thelatinlibrary.com/augustine/civ1.shtml

http://etext.lib.virginia.edu/toc/modeng/public/AugCity.html

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Moral Borboleta

Moral Borboleta

O que as borboletas fazem?
Voam e fertilizam.
E qual a moral delas?
Voar e fertilizar.
Porque elas são assim?
Porque respeitam o ar, porque são livres.
Elas sabem que são livres e que fertilizam?
Não sabem, e não fazem questão de pensar nisso.
Vivamos a moral borboleta, então!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Erro de português comentado


Erro de português

Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português

-Oswald de Andrade


Abaixo segue comentário meu sobre o poema.


Num certo sentido, Oswald faz menção ao sentido de nu da Bíblia, de conhecimento... e aqui o Sol é a luz, o conhecimento... e no poema o dia nublado, sem muita luz, fez o português se impor. Por essa apreensão literal até hoje o português é chamado de néscio por alguns brasileiros. Então, a força do português, a imposição do português fez o índio se vestir, (ter vergonha de seu desconhecimento), ser descoberto antes de descobrir, fez o índio morrer. E o índio, nosso eu inocente,  morre com a descoberta do outro... a descoberta de novas verdades, impostas a ele. Assim, o índio é originalmente inocente mas pecador por desconhecer a verdade, é ingênuo... ao mesmo tempo em que o pecado original português é querer impor uma verdade ao índio, colocando vergonha nele, que detido de espírito, a la Rousseau, corpo e alma, não cobria suas verdades...sua epiderme era sua prova de pecado, mas sua não consciência o tornava inocente, ingênuo, na verdade.

Isso tudo para mim é pensado por Oswald, e sua antropofagia queria que o contrário ocorresse. A imposição fosse pela cultura local, brasileira, indígena, mais do que portuguesa. Mas, de fato, não seria uma imposição, mas uma constatação e uma superação. Que quem ficasse nu fosse o mundo europeu. E isso se faz com o movimento antropofágico. Expõe-se o mundo às suas contradições e imposições, e se tem a intenção de o transformar de volta o melhorando, o superando... mas pena que a força do índio tenha se deixado levar pelo português, hoje representado pelo norte americano, ianque.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

(In)consciente

(In)consciente

Não pensamos, resumimos.
Não entendemos, presumimos.
Não sabemos, intuimos.
Não queremos, obtivemos.
Não sentimos, consentimos.
Não lembramos, fugimos.
Não afirmamos, negamos.
Não responderemos, negativamente.
Não perguntaremos, positivamente.
Não compreenderemos, instintivamente.
Não guarneceremos, nitidamente.
Não apontamos, indireta mente.
Não deixamos, soberba mente.
Não acreditamos, na mente.

Pensamos entender e saber o que queremos.
Sentimos e lembramos quando afirmamos.
Respondemos perguntando, compreensivelmente;
Guarnecidos apontamos pois deixamos acreditar a mente.
Sossobramos negativamente.
E do positivo se esconde o inconsciente.
E no consentimento se esconde o infinito.
Confiamos, cegamente.

Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

Minha foto
Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.