"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

Arquivo do blog

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Famintos

Famintos

São todos amargos os licores.
Esganam o tempo, o todo.
Enganam as tropas, tolas.
Trocam tudo por gostos.
Tropeçam nos erros pós.
Mordem forte, sem medo.
Marcam vontade, esmero.
Há ali uma via de ida;
Volta e meia, uma saída.
Rua próxima do ponto.
Última chance de prazer;
penúltima de tentar findar;
Antepenúltima vista-cega.

Vista de modo a perceber
Ainda sem próprio ostentar.
Ar grande, inócuo, cansa
De ir além para queijo.
Tornando pobre e podre,
Conquanto soa bonito;
Entretanto, destoa, fictício.
No entanto, sobra festivo
E vai embora para onde?
Destoa soberbo; mas esconde
A borda da sobra que bóia.
Não deixando translúcida, gelo,
esfria e, tornando-se pueril,
vai vendo, por entre-frechas.

Partir o maior dos pedaços daquilo
Chamado de torta por perfeitolos.
Antena mais concatena, iguarias.
Sem nexo, conexam as conchas
Escondidas no quar'to'do'amigo.
Forte e constante; acabado.
Esforço em vão, sem brados.
Intenso perdura, vil cão.
Maldoso, não passa no vão.
Nem vai à jaula, o vilão.
Já n'aula pudera antepôr
Pondo na vírgula acentos.
Não assenta em pobres solos.
Teme-se sem mesmo sentir.
O que manda instintivo, vai...
Longe disntingue, depois tarde...
Vive morrendo, após horas...

Do enterro da massa encefálica
Perdura nos momentos cavados
Uns lapsos de rompimento.
Sentidos se misturando em um.
Momento delicado mas voraz.
Devora as destituídas e más.
Maltrata a má forma de amar.
Avesso, veste um corpo sem peso.
Enaltece a um todo seu preço;
Um todo inexiste, no fim.
Não saboreia o tempo, se sobra.
Gasta com algo, que dê renda
Para novos panos, sem corte
Ou duras penas, de morte.
Aos poucos se inspira, fajuto.
Nos outros se mira, é culto.
Um saber inútil, à-toa;
Mas sabe de tudo, quase.
Pergunta a quem pode; responde
para provar que é mesmo
um bonde, que leva em vagões,
por trilhos, já pré-dispostos.
A trilhar seu rumo, bem vasto:
Um ramo de uma árvore fausta .

112007

Casa de Peças

Casa de Peças

Ditos contraditos e não contraditórios
Paralelos se cruzam nas reentrâncias
Infinitos contingentes com reticências...
Positivos negativos que se alternam
Correntes para o bem atravessando o mal
Rio fosso Rio todo Rio vivo
Soluço inconstante em peito
E cem mais razões do coração

Neutro frio abaixo de zero
E um grito ao silêncio eterno
Exagero pela metalinguagem poética
Ainda assim insuficiente para te dizer
Retire aquela imagem petrificada
E veja o múltiplo eu da persona

Há com certeza dúvida no ar
E paradoxo ingênuo pode afirmar
Uma escolha só é boa se entre desejos
Não táteis, mas ágeis

Outrossim pudera acolher
Que agora é difícil saber
Porque tal temperatura
Não sua
Não usa
E muda
Sente

Inocente e coerente e percebe e esquece
Não há dor na vida, apenas na mente
Ou no coração da gente

Yuri Cavour 10/11

Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

Minha foto
Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.