"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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terça-feira, 24 de outubro de 2017

Roma e Caos

Pre script : este texto é antigo (dezembro de 2010) mas por algum estranho motivo quando fui atualizar veio para a frente. De todo modo se trocar o nome Berlusconi por Xi Jinping continua válida a análise. Aproveito, então, para atualizá-lo.

Roma parece o Caos porque Berlusconi é defensor da lei rigorosa, extrema.

O mundo está subdividido numa guerra virtual. A aparência sobressaindo. A tecnocracia vigiando e vigindo. O que mais falta para a credibilidade ser institucional? Apenas a lei. (Talvez não falte mais, siga o hyperlink em inglês). Quando se conhece o rigor da lei, seu poder relativo, sua eficácia, norma, ou quebra, conhece-se sua validade, seu prazo, seu esgotamento.

A lei, portanto, é, como a sua antítese, uma síntese de múltiplas determinações mais elaborada do que a de Marx, como Hegel ou Kant precediam.

O bom velhinho (Marx) acreditava em Papai Noel (Marx, lui-meme), por isso deixou até a barba crescer, e espalhou pelo mundo a necessidade suprema do dinheiro e do trabalho (recriando a chamada dignidade do homem através do trabalho). Após esta sua constatação, há o embarque dos capitalistas na solução socialista-marxista, bem como o combate anarquista de Bakunin e etc pela desordem associada, instituída, de privilégios prévios e posteriores para o indivíduo. A solução ponderou-se mais, diluiu-se mais. E daí as resoluções se afastam a cada instante.

O indivíduo é uno, a sociedade é indivíduo, logo a sociedade é uno. Mas a antropologia institui o outro.

Assim, perde-se a eficácia, desconhece-se a lógica do rigor da lei, cumpre-se a norma estritamente no foro íntimo apenas para intimidar (para intimidar e por ser intimidado), dar ou servir de exemplo, que como Marx dizia, não é edificante se não for observado (daí o relativismo, a dependência do observador, a sua influência, como descoberto em simultâneo pela física quântica e antropologia, de cem ou menos anos atrás). Einstein foi genial porque conheceu Lévi-Strauss, transcendentalmente falando, e outros antropólogos. E vice-versa. Apesar de eu não concordar no todo com Lévi-Strauss de que a estrutura é des-coberta.

A questão mais importante, porém, é que a nova ordem mundial é mais racional do que as anteriores. E o problema da segmentalidade reaparece, como em Deleuze e o risoma (1). Como Lévy-Bruhl, ou como a queda recente do Homem-aranha! (risos) A ficção prevê a realidade. Como Obama notou em sua tese de rearranjar a economia americana e consequentemente mundial. Mesmo a economia não existindo, como já se presumiu. E se ele enfrenta dificuldades não é por falta de inteligência própria, mas de compreensão dos demais à totalidade do gênio Obama.

A nova ordem mundial não é nada mais do que um retorno iluminista. Uma tentativa de rearranjamento da vontade, do intelecto, do cumprimento da felicidade mofina, necessitado pela novo acesso a informações privilegiadas por artifícios virtuais, hackers, wikilekianos.

Por isso, por essa sobreposição da razão, e da lei, não entendo o julgamento precipitado de Roma ou que Berlusconi está sometido. Ele é apenas a representação das próprias regras. Ou regras próprias. São a verdade inquestionada, ou a mentira mal compreendida, de outro ponto de vista. Qual é a dúvida disso afinal?

Quando a lei está invertida, tudo é possível: num regime ditatorial há a submissão do povo à lei.

Pelo fim da "emenagia"(émmenos ) !

1. O link estava quebrado e agora voltou.

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Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

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Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.