"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Oração do tempo

Oração do tempo

Meu relógio apita
lembro do tempo
Meu relógio apita
meia-noite
Meu relógio apita
estou partindo
Meu coração palpita
Intrometido

Meu coração palpita
lembra de você
Meu coração palpita
toda noite
Meu coração palpita
estou partido
Meu relógio palpita
Confuso

Meu relógio palpita
Perco a memória
Meu relógio palpita
perdido no tempo
Meu relógio palpita
estou atrasado
Meu coração-relógio
Apaixonado

Meu relógio apita;
lembro de você
Meu coração palpita,
lembra de você...


Yuri Cavour

27-12-2013

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Amor Distante

Amor distante

Sua ubiquidade em meu pensamento é-me delirante!
Soa a obliquidade!
E a próclise obrigatória não me deixa acertar:
Não posso colocar m/seu pronome antes do s/meu.
Então, delirante estou
porque, sonso, não percebia
seu sério sorriso se esvaía;
Delirante sou
porque perco o sono,
para sonhar-te, acordando.

Não te ofereço mais erros em palavras
com força de fé,
porque humanos,
e frágeis,
nos entregamos.
Em mundos distantes estamos.
Fomos próximos.
Agora nos separamos.
Até breve!
Sejamos Felizes!
Distantes, mas não destoantes,
Estaremos próximos
Em breve.

Findo sentido

Findo sentido

Destino fadado a ser este hino fardado
Sempiterno militarizado solto soldado
Sem dado. Ser dado ao mundo.
Jogado. Solstício.

Como um uísque gole,
poemático enigma do ébrio
E ruim, mesmo! Assimetria. Andar ilha.
Desconhece regra estética.
Arrima sem dimensão ao fato
Do arremato.

Ação inexata enquanto termo
Tê-la ao lado e não ter-ma.
Inerte ao ver-te.
Dilacerado. Sem lado. Ladeado.
Verte qualquer sílaba minúscula.
Dó.

Em miados miúdos,
Seria um sonho ou ilusão lusófona.
Uma ilha de sóis cerrados e sebastiãos.
Talvez vendados estejam
E semblantes não vejam
Senão equívocos acertados.

Ao longe, rimava, mirava e almejava
Olhos de maré marejados
Marujo astronauta do passado
Esteja, seja, ame e deixe-a
Aflita.
Argonauta cosmopolita
Venha ser cosmonauta
E naufrague comigo.
Confusos seremos
Sem fusos.
Navegue comigo,
Nesta folha,
Nesta página
Conectaremos.
Com fusos.

Etcetera
ex-necessária
terminação
Desnecessária contínua-ção
Cingindo na angústia
Qualquer horizonte ao posto
Desabotoado ao pôr do Sol
[amarrotado-abarrotado:
Lotado de amor perdido
lotação do infindo.
Fim do sentido.

Espera

Toda espera tem três momentos: a ansiedade, o nervosismo e a preocupação. Só cheguei à terceira uma vez.

Ansioso espero

Ansioso espero

Ansioso espero.

Ansioso estou.
Paciente aguardo.
Paciente eu sou.
Saudações eu guardo.
Gostosas risadas ouço.
E assim até quero
Para sempre
Aguardar.
A guardar para sempre.
Para sempre estar
Ao seu lado.
E só.

Amar até

Amar até

Amar-te
Amar até
Exagerar-te
Dançar até
Cair-te aos pés
De valsa, ou rock

Canas,
Vielas,
Velas
Vê-la à cama
Admirar-te.

Assim, esmos,
Mostramo-nos
Nus
Suamos
A sós
Somamo-nos.
Desintegrando -nos
Constituímos um
Ser só.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Vê-la


Vê-la

Vê-la à vela
Tê-la até logo
Não a vendar.
Desvendá-la.
Vê-la ao fogo
Cabê-lo-pêlo ver
[de vontade.

Vermelhidão,
machucado,
de verdade.


Dedos rosas sangrando assuidade.
Uma beleza companheira
Interioral
De alma
[ante a flor .

Rosa, cheirosa e carinhosa
Mãos leptas.
Serelepes. Fugidias.
Toda astuta absoluta adulta:
Criança seixa gitada.
Essensiabilizada a canções.

Assim vou-na sentindo
Vem-ma sentindo
E sorrindo-vamos ao dia a dia
[Inacabado.
Não acabado
Acabando-me
Incabível em meu aparto.
Torrente de esvazio vem-nos
A cavalo, ma-aperta.

No momento estamos vivendo
[e não estamos.
Estamos indisponíveis.
Com agendas lotadas.
Para o momento posteriorado.
Despedacemo-nós...
Dilacerá-los...
Despedimo-nos...
Distantes por uma ponte
Estreitada em correntes; acimentados.
Em aços.

Finos a cabos, no entanto,
Nos recantos, reconectamo-nos, virtualmente.
E o encanto é de novo ao mais novo amor sorti(e)do.
Seu canto ou rosto
Favoritado, eu rio-o-vejo
Feliz
Manifestando ao Céu ter-lhe-a
encontrad@. A sós.
E rui, mesmo assim.
Meu fado.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Ponte Safena

Ponte Safena

Encanto em rio
enquanto sorrio
em canto frio.
Em quarto úmido
em Rio tímido.

Em pressa número
empresa númena
numérica fome.

Famérica vontade
fatídica coragem
verdadeira friagem
corando-se a vincos
Vinculando sulcos
vulcânica mente.

Mentindo para o sempre.

Escolher a corrente certeza
ser tônica invariante
insípida em margem trépida
ao rio ríspido uma ponte safena
salvando-se a sós.

Solstícia razão
raríssima chance
chapada diamantina.
Amantes como d'antes
dentes como mantos
Mantras melífluos
Correndo do fluxo.

Fluminense capítulo
Capitulada extensão
Estendida capacidade
Conexa-ão assídua
Acidez incisiva
Sensações infindas
Infixando sentimentos.

Tatuagens colocadas
Coloridas manchadas
Amalgamando algas.
Almas gamando gametas.

Presonapólis

Presonapólis

Toque guitarra, não cítara
Sitiado nesta cidade cindida
Só arreta a guitarra na guarita
Estado democrático cissíparo.

domingo, 10 de novembro de 2013

Paz é o mundo paciente, doente é a dor permanente.

Paz é o mundo paciente, doente é a dor permanente.

   Doença vem do latim dolentia, significando dor, dor do paciente Em inglês, disease vem do frânces arcaico, des (sem, distante) + aise, ease, mitigar, aliviar (alívio, relief e relive são bem próximos: relevar, re-elevar) - da dor ou sofrimento, siginificando desconforto, ausência de querer, portanto... paciente é também dolentia... o paciente conhecerá a paz. Paciência é permitir, sofrer, aguentar, resistir. Paciência vem também de(a) doença, pathos, patologia. E simpatia também tem a mesma origem. Portanto, o doente deve ser paciente, deve sofrer para encontrar, ou porque encontrou, a paz (ou sofre porque não a encontra). Paz é silêncio, reconciliação, permissão, tranquilidade, acordo, bom combate.
   Assim a definição de doença é: estar em desequilíbrio com o Kosmos, que em grego é também a humanidade, a comunidade civil, o mundo conhecido, ou simplesmente a comunidade da paz. Por isso, em russo a palavra mir significa paz e mundo, ao mesmo tempo. Tem origem persa e iraniana...e dará em Mitre, e no grego mitos... Mitre, ao fim, era uma máscara, uma identificação positiva ou obrigatória usada para demonstrar ser aquela pessoa de uma certa origem, casta, clã, classe ou que, bem se sabia, era a pessoa sensível, suave ou efeminada.
   Portanto, tem a sensibilidade feminina, e sente. Conhece bem a dualidade, é sensível às dores do nascimento (maiêutica) e morte do mundo - (agonia, agon, assembleia reunião para um combate), . Lembrando que morte é esgotamento, fim, quietude, descarga ou encerramento de contas, paciência: paz. E que viver é sofrer, no sentido de sentir, experimentar, ser, existir. Erguer.


domingo, 3 de novembro de 2013

Safa da Natureza


Safa da Natureza

Galhos agarram pedras
que agarram árvores
que agarram cipós
que agarram joaninhas
que agarram terra
que agarram árvores
que agarram pedras
que agarram cipós
Que agarram nuvens
que agarram azuis
Que agarram mares
que agarram verdes
que agarram gaviões
que agarram presas
que agarram soltas
que soltas se agarram
agarrando a gravidade
e a humanidade se separa.
Separando-se das árvores
que agarram frutos
Que somos nozes.



Das sonoras trilhas


Das sonoras trilhas

Ouvi da vida trilhante que às vezes se dão passos largos,
Às vezes curtos, e outras vezes até mesmo alguns         saltos;
Mas cada passo é (in)conscientemente realizado.
E se houver necessidade de abrupta escalada,
Nada melhor do que a parada, respirada:

O pensar o próximo movimento
[como se o movimento (in)corresse em risco de cessar:
Como se a vida estivesse em risco.

E se houver águas qued’antes, o risco da queda iminente aumenta
[bastante
A sua temperatura interior até ao instante se adapta
Regula-se de volta a um estado
No qual não há instante ou momento
A não ser um angular pensamento apensado ao tempo
[do inexistente.


É preciso humildade: olhar, sempre, para o chão....................
É preciso atenção à torrente. . . . . . .
À corrente, à vibração das árvores e das águas sããããããs.
É preciso verificar a pedra molhada, os insetos
e a escorregadia e ard(g)ilosa lama, toda essa lama...
É preciso coragem, reflexo, intuição;
Estar na beira do abismo e pensar naquela queda iminente
Simultaneamente mirando no platô reconfortante.
Apenas uma perna quebraria-se...

É preciso olhar quem parece estar atrás-de-você-de-vez-em-quando,
para checar se está ficando muito distante
e, se preciso, voltar um pouco para trás e ajudar quem parece fatigado.
E, precisamente, olha-se para frente também a (ad)mirar quem está (a)ditando o (ar)ritmo.
E é sempre boa a troca de líder. Cada um tem seu ritmo a dar, sua frequência, cardíaca!

Aprendi que pedras não são mais confiáveis do que árvores:
as árvores se esmeram nas pedras, molham e derribam folhas;
as folhas se secam e recobrem as pedras: ambas existem se esbarrando:
assim se completam e são confortáveis
[aos insetos.
Mas os insetos, temerosos, sentindo-se ameaçados e com medo do inexistir, faíscam.
Tentando ora reproduzir-se, ora alimentar-se. Igual a todos na vida.

Sabe-se com 700 passos: o caminho das pedras não pode ser calculado por uma integral razão de
[duas derivadas feridas em
[um sem número imaginário com
[insetos, por alguma provavelmente venenosa força centrípeta que ao meio muda
[osmótica e homoestática:
É preciso o conhecer e o agir no conhecer.

Sobretudo, e sobre todas as direções ceifadora de pedras de ventania:
as aves de rapina também rodopiam juntas para manter a forma física,
planam para manter o equilíbrio mental e, não menos principial,
Em conjunto e sem maldade, caçam para matar seu instinto. Elas não caçoam.
A natureza é sempre boa.

Portanto, quando arrancamos galhos, pisamos nas folhas;
Quando pisamos nas folhas, matamos insetos.
Quando matamos insetos, desequilibramos o solo.
Quando desequilibramos o solo, desequilibramos o sono das árvores.
Fatalmente, sem teto, sono ou solo não é possível a vida.
A trilha explica muitas coisas. Sobretudo a falta de sono.

No retorno, a coisa mais essencial que a trilha traz de volta é o saber-consciência-pedra.



Y.C.O.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

If I want to talk to God

If I want to talk to God ( Se eu quiser falar com Deus - Gilberto Gil; versão inglês beta por Yuri Cavour Oliveira. Y.C.O.)

If I want to talk to God, I have to stand alone;
I have to turn of the light
I have to silence the voice
I have to find the peace
I have to loose the knots
Of the shoes, and of the ties,
Of desires and afraids

I have to forget the date
I have to lose the sight
I have to have empty hands
And to bare the soul and the body

If I want to talk to God, I have to accept the pain;
I have to eat the bread
That the devil kneaded
I have to turn myself into a dog
I have to lick the floor
Of the palaces, castles,
Sumptuous of my own dream

I have to see myself... blue...
I have to feel the fear
And despite an abysmal evil
I have to delight my heart

If I want to talk to God,
I have to venture myself
I have to go to heaven(s)
Without strings to hold on
I have to say goodbye
Turn my back on, to walk
Rightly, to the way
That in the end will come to nothing
nothing, nothing, nothing, nothing,
nothing, nothing, nothing, nothing,
That I tought that I was looking for...

Uns contos de um mendigo feliz.

  Uns Contos de um mendigo feliz.

  Uma amiga estava numa ocupação comigo e outros amigos. De repente, fomos para o bar descontrair.   Lá pelas tantas, um engradado depois, aparece um homem aparentemente em situação de rua e disserta calmamente:
  -Senhores, estou morando na rua e preciso comer. Me arranja aí uns dez centavos ou qualquer coisa...cinco centavos... dois centavos!...
(Minha sobrancelha esquerda se levantou automaticamente quando ele pediu dois centavos! - Eu não tinha.)
   Então, minha amiga de ocupação replica rapidamente:
  -Amigo, estou na rua também e sem grana para comer; a bebida aqui é por conta dos boehmios da mesa, estou só de arroz, acompanhando. Eu também preciso de 10 centavos.
  Para nossa alegria, o cidadão em situação de rua condescedeu e catou entre seu cunho de moedas, o vil metal, um valor aleatório que julgava justo e, benevolentemente, doou 10 centavos a minha amiga.
  Ela e ele saíram super felizes. Ele por ser generoso; ela por saber que na humanidade persiste a solidariedade. Já eu pensei que o jejum do mendigo fora superado pela 'aquela felicidade mofina e, sobriamente, filosofei patafisicamente: se jejum faz bem ao espírito, os mendigos devem ser os maiores sábios.
  Realmente, onde estão os amigos está a felicidade, ou riqueza. Os velhíssimos e antiquíssimos gregos estavam certos: O amor é filho da riqueza e da pobreza: da pobreza porque constantemente se pede, e da riqueza porque constantemente se dá, recorda-me Platão; Claro está que minha citação aleatória é deslumbrante? Um mendicante Drummond responde em átimo: "O cofre do banco contém apenas dinheiro. Frustar-se-á quem pensar que nele encontrará riqueza."



sábado, 26 de outubro de 2013

Omnibus; Para a Educação; Para Todos

26/10/2013
Omnibus; Para a Educação; Para Todos

(repost de 2011 e 2012, atualizado/modificado)

          Teorias econômicas são importantes (afinal, não se vive sem dinheiro, diria o apedeuta), e teorias políticas também. Pois bem, este artigo rememora trechos de teorias políticas que nos auxiliam a pensar um projeto de Governo e dá base, fundamenta teoricamente os nossos pensamentos do projeto para a Educação.
      Como se sabe, para Políbio, historiador grego do século II a. C., todos Estados passariam necessariamente por uma physis (um ciclo natural de nascimento, crescimento e morte), por um anakul sis politei n em grego, ou em português, um ciclo de constituições. Isto é, todas as formas de governo assinaladas por Aristóteles (IV a.C.), a quem se refere como O Filósofo, estão neste ciclo, seja a forma Democrática, a Aristocrática ou a Monárquica de governo; ou suas deturpações em Oclocracia (ou Anarquia), Oligarquia e Tirania, respectivamente.
             Em verdade, este ciclo é necessário, mas não natural; é algo episódico, repetitivo, é, portanto, um fato observável (e também um fato não desejável, ou mesmo maligno). Com este ciclo, necessariamente, da tirania se passaria à monarquia, até haver o ordenamento no Estado com um sistema melhor de governo, como uma Democracia, ou ainda melhor com uma Politeia. De fato, o único sistema de Estado estável seria àquele que escapa desse ciclo. Seria a Politeia, para Aristóteles, que assimilaria o melhor da Democracia, da Aristocracia e da Monarquia (formas viáveis, definidas de Governo, segundo Aristóteles).
         Por outro lado, a palavra Politeia pode ser traduzida por Constituição, significando a distribuição formal de autoridade para tomar decisões com um processo de tomadas de decisões universal, no qual todos os cidadãos participam.
           Acontece que cada forma de Governo, de sistema de ordenamento do Estado, tem suas virtudes, e somente a deturpação destas virtudes acarretaria o decaimento do Estado, a sua degeneração. E esta ideia tem a ver com a corrupção dos fatos que garantem a estabilidade de um governo; tem a ver com a própria corrupção dos agentes do governo.
           Textualmente, pode-se lembrar de que nessa ideia da corrupção de um bom agente pelo excesso,  sobrevalorização de seus bens individuais sobre os bens comuns, e suas pretensas qualidades individuais, há algo da chamada hubris da Tragédia Grega. E esta hubris nos remete ao conceito de Aristóteles de que a ditadura de um bom (agente de governo) sobre outros era crucial tanto para fazer o bem prevalecer quanto para arruiná-lo; de fato, a sobreposição de um bem individual sobre um bem coletivo seria fatal tanto para aquele que governa quanto para quem é governado.
       O que estamos falando é que isso pode arruinar o governo quando isso se chama corrupção no governo; isto é, querer obter o melhor para si apenas, e ainda tirando do todo, dos outros.
 Pois, em qualquer forma de governo no qual um bem particular de um grupo é tratado de forma idêntica ao bem do todo, há algo de um governo despótico. Em outra análise, isto se aproxima de um pensamento utilitarista.           
          É preciso explicar que a hubris grega seria, em resumo, um embate com as forças do espírito humano, por assim dizer. Porque a tentação, a oportunidade, a boa índole, a corrupção estão sempre presentes; e algumas destas forças estão tentando confundir o bom espírito, o espírito verdadeiramente humano. Outras dessas forças querem indicar o bom caminho, a tomada de decisões acertadas, justas.
              Mas os gregos não são unânimes, e tampouco estão sozinhos nesta discussão. Por exemplo, para os Romanos do medievo esta separação entre a Fortuna e a Virtus seria normal, natural. (Com Fortuna estamos nos referindo ao sentido de sorte ou azar, chance-em inglês-, ou oportunidade, que pode decair em mau oportunismo; em verdade, o conceito de Fortuna torna-se mais claro com a leitura de Maquiavel [1469-1527]; e Virtus é referência ao conceito também medieval que degenera atualmente na palavra "virtude").
            Ademais, a Fortuna seria a adversária onipresente, em qualquer sociedade, da Virtus. Assim, somente o embate das virtutes (ou virtudes) de uns com as virtudes de outros, somando assim as virtudes de todos e achando um equilíbrio, poderia vencer, ser gloriosa, impor a ordem sobre a fortuna, sobre o oportunismo indelével, degenerado, corruptor.
              Acontece que cada virtude, para não degenerar, tem de estar correlacionada com o todo, não pode pensar apenas no individual. E
la tem de subsistir de forma autorreflexiva e com reflexividade extensiva: ela tem de existir pensando-se em relação, de forma relacional, com o(s) outro(s). Repito, ela tem de existir pensando-se em-relação-com os outros. E é isto o que a vida política deve proporcionar: pensar com muitas pessoas, ouvir, debater, afirmar, questionar; propor. Isto tudo para, enfim, lutar para melhorar o que não está bom, manter o que funciona, e almejar novos horizontes...
            Com isso, se percebe: a degeneração das virtudes é um problema moral: se o indivíduo pensa apenas em obter o melhor somente para si, sua ética é pouco universalista; ela é individualista. Sua moral será individualista; este indivíduo, esta pessoa será, no limite, egoísta.
            Por isso, ao se pensar o processo político, e um problema político, as questões imediatistas e individualistas devem ser deixadas para segundo plano. Já as questões que garantirão o sucesso e as estabilidades futuras, tanto econômicas quanto sociais e políticas do todo, devem ser pensadas em prioridade. 
              E assim, bom é um projeto para a Educação que não está escrito no tempo da physis aqui citada, que tem um ciclo de vida; mas um projeto que pensa no universal, no acesso ao conhecimento por todos, na garantia da qualidade para todos, em todos os lugares, em todas as épocas. NÃO  um projeto eleitoreiro (com "eleitoreiro" entende-se algo inventado para um candidato se eleger e depois de eleito o projeto é descontinuado). E sim um projeto de Governo, mais ainda, de Estado. 


Yuri Cavour. 




An asking


-->
An asking


So many things,
So many thoughts,
So many lines;
No much time.

Less space and
Less capacity? No!
More abstract,
more attention!

Just a little bird,
trying!...
To find the way:
Sky!

The(a)n I know you,
just
Alone and beatiful,
great!

My ideas ca(o)me
and Change...
My mind turn:
Upside down!



Now I can see
Strangers
Like my favorite
Friends!

And you, cannot, I
Can't... to understand
The reason why,
The way, for whatthat...

But, at least, give me
A little voice, then
I can tell you the mines!...
The bomb is on, and,
And you can be my(ine)
girlfriend, of France!
Just give me the Chance!...
I want to tell you the secret,
I need to speak you the size
Of my mind, isn't freaking,
And is just fine to thinking...

Let's go look the sea,
Than see the thing above!...
The lights can be there
Illuminating the sphere
Of the good ideas, together,
We could even be... masters!


Even more, I don't want to see
You
To staying here
Happy
And when you go
Back
Lose the said, not sad,
Feeling

And because of that
I want to ask:
You, please, go
In slow Thinking:
The time is your friend,
only,
If you can understand
it...
Yuri Cavour

domingo, 20 de outubro de 2013

O que está acontecendo

Para quem chegou agora no Rio ou no Brasil e não está entendendo nada do que está acontecendo, um breve resumo.  As coisas estão num vaivém. Cabral, Paes (no Rio) e Dilma estão perdendo muito apoio popular. Porteiros, garis, donos de mercearias, advogados, pessoas aleatórias nos ônibus e em todo lugar falam que não votarão mais neles...Até no Nordeste a Dilma e o Lula estão em descrédito, pude sentir em uma viagem que fiz recentemente ao NE, passando por 6 estados. E as pesquisas recentes mostram que a população apoia as atitudes black bloc. O povo realmente acordou e isso é ótimo porque um sinal de fortalecimento democrático: somente numa democracia se amadurecendo se tem manifestações públicas, violentas ou não, em grande escala. O bom disso tudo é que a política se dá nessas interações cotidianas: grupos se formam, pessoas se comunicam, se informam, se identificam, se descobrem, conhecem pessoas e situações, direitos e possibilidades... debatem, em suma. O que só contribui para aperfeiçoar a democracia. Finalmente, as pessoas estão entendendo que o mais importante da democracia é a liberdade para(do individuo e de grupos políticos). Sim, liberdade para: se discutir, se informar(com mídias livres), se fazer ouvir, se empoderar, resumidamente. E é preciso lembrar o papel do lulismo nisso tudo: com a inclusão de pessoas a bens e serviços, a estudo, com o FIES p.ex., e direitos progressistas, aquela parcela da população historicamente anônima, excluída, passa a aparecer para reclamar, pois reconhece a falta de respeito para com bens e direitos em momento de governos tido como populares e de esquerda mas que vinham(e vêm) a se perpetuar no poder com as mesmas práticas esquizofrênicas(no jargão político) de antes. A população recém-incluída fareja que algo no sistema está em desequilíbrio. Daí, soma-se isso tudo ao acesso à informação, com a tecnologia das mídias sociais também (o Brasil tem mais de 200 milhões de linhas ativas de celular e um percentual razoável desses com acesso à internet), e temos um voilà!, uma onda ou explosão de manifestações. Melhor momento político no Brasil, impossível. Resta tais governos fazerem a autocrítica e entenderem que o mais importante da democracia é, para eles, a responsividade: a capacidade de ouvir e atender à população, pois, caso contrário, esta onda pode nunca passar sem arrepiar, escombrando o caminho.

sábado, 12 de outubro de 2013

Eternas palavras

Eternas palavras

Ser
desejo do ser
Ter
desejo do estar
Permanecer
desejo do ficar
Estar
desejo do ser
Ser
desejo do permanecer
Terno
desejo do ser
Estar-Viver
desejo do esquecer
Ser
A vida é um eterno esquecer
Desejar.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Sou, sou feliz.

Sou,sou feliz.

Sou feliz.
Sou feliz porque vivo num sonho real.
Sou feliz mas não posso sorrir:
Meu sorriso fora podado.
Podado pelo tempo abreviado.
O tempo do longe necessário.
Perto de ti não estou,
não posso sorrir e sou
Podado pelo tempo.
-Não há tempo de nós,
Sorrio em abrevio, ao ver o Rio,
a ver navios, sorrio;
Longe de ti, longe de mim-
E mesmo assim sou, de longe, feliz.
Sou, de perto, feliz,sou.
Sou feliz mas não posso sorrir.
Sou feliz perto de ti.
Sou feliz desperto.
Sou, sou feliz se soou de ti
Sou feliz.

domingo, 15 de setembro de 2013

discussão metafísica no fb faz um ano e merece a publicação!

Yuri Cavour
6 de setembro próximo a Rio de Janeiro
frase de um amigo ateu e anarquista pra comentar as eleições do Rio: "esses candidatos aí, sei não...as pessoas são muito contraditórias..., mas a voz do povo é a voz de Deus!"
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Angélia Cavour curtiu isto.

Yuri Cavour Rodrigo, posso te acusar pela minha própria frase? ehehe
6 de setembro às 01:58 · Curtir · 1

Rodrigo Sales Braune quem é o ateu anarquista?
6 de setembro às 01:59 · Curtir

Yuri Cavour kkkk
6 de setembro às 01:59 · Curtir

Gustavo Machado Rangel Eu sou o agnóstico anarquista, então esse ae deve ser vc
6 de setembro às 01:59 · Curtir · 1

Yuri Cavour auhauhauh
6 de setembro às 02:00 · Curtir

Yuri Cavour eu nada, eu sou a...penas. negação é a palavra de ordem, e como Descartes, não acredito em nada além do que desconfio.
6 de setembro às 02:00 · Curtir · 1

Gustavo Machado Rangel Na realidade isso é o gênio maligno que o compele a questionar suas certezas
6 de setembro às 02:01 · Curtir

Gustavo Machado Rangel Digamos que um eu lírico de Descartes, mas meio ponto
6 de setembro às 02:02 · Curtir (desfazer) · 1

Yuri Cavour ou como Renato Russo, "não acredito em nada além do que duvido." Gente, é meu amigo imaginário o cara da frase...todo mundo tem um... mas chamam academicamente de alter ego...
6 de setembro às 02:02 · Curtir · 1

Yuri Cavour foi o que disse agora!
6 de setembro às 02:02 · Curtir

Yuri Cavour hehehe
6 de setembro às 02:02 · Curtir

Gustavo Machado Rangel MEIO PONTO, eu lírico é argumentação de contraposição, não necessariamente dignificado pela propensão ideológica do autor!!
6 de setembro às 02:03 · Curtir

Yuri Cavour argumentação de contraposição é ponto-e-vírgula, não meio ponto!
6 de setembro às 02:04 · Curtir

Yuri Cavour a metafísica não subsume a ideologia?
6 de setembro às 02:04 · Curtir

Gustavo Machado Rangel O argumento dele é dialético, portanto dizer que uma parte dele o resume é recortar uma parte pelo todo.
Apenas a conclusão pode ser considerada como pensamento puramente cartesiano, quaisquer argumentos anteriores são parciais e não passíveis de nota completa
6 de setembro às 02:06 · Curtir

Gustavo Machado Rangel To gastando meu latim a vera, até parece q a academia me aceita bem auhahuahuhau
6 de setembro às 02:06 · Curtir

Yuri Cavour ok, um texto fora do contexto vira pretexto...compreendo. O que disse aliás foi contraditório.
6 de setembro às 02:07 · Curtir · 1

Yuri Cavour a ideologia é quem subsume a metafísica... se pensarmos bem...pois metafísica pode ser uma ideologia muito bem disfarçada...
6 de setembro às 02:08 · Curtir

Gustavo Machado Rangel Contrário, não contraditório, isso é bastante aceitável, o encaixe desse argumento poderia estar nas mensagens seguintes
6 de setembro às 02:08 · Curtir

Gustavo Machado Rangel Na realidade tudo tem metafísica
6 de setembro às 02:10 · Curtir

Yuri Cavour hummm.... acho que foi o inverso, o contrário mesmo que quis dizer. ahaha naquele momento parecia fazer sentido, mas daí pensei que, como vc disse, é preciso a conclusão à partir de premissas, argumentos...
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Gustavo Machado Rangel e ideologia é um nivel inferior na escala platonica
6 de setembro às 02:10 · Curtir

Yuri Cavour na realidade a metafísica é além da realidade! eehehe
6 de setembro às 02:11 · Curtir

Gustavo Machado Rangel uhum, é o penultimo nível da escala platonica
6 de setembro às 02:11 · Curtir

Yuri Cavour bom, estamos discutindo Descartes, por Kant, Platão e quem mais? kkkk
6 de setembro às 02:12 · Curtir

Yuri Cavour esse mundo líquido...
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Gustavo Machado Rangel digamos que a ideologia fosse o caminho no qual a dicotomia do discurso se torna mais próximo da ideia
6 de setembro às 02:12 · Curtir

Gustavo Machado Rangel hahaha estamos discutindo Hegel, Spinoza, Deleuze e Locke tb auhauhauha
6 de setembro às 02:13 · Curtir

Yuri Cavour e a ideia é na verdade a impressão da realidade mais próxima... Platão é mt bom.
6 de setembro às 02:13 · Curtir

Yuri Cavour !Hegel, claro!...estamos discutindo, não somos discutidores...mágina! hehehe
6 de setembro às 02:14 · Curtir

Gustavo Machado Rangel Na escala de platão vc segue por opiniões, praxis, ciencia, metafisica atéee ideias
6 de setembro às 02:14 · Curtir

Yuri Cavour ok
6 de setembro às 02:14 · Curtir

Gustavo Machado Rangel pra animar a discussão http://www.youtube.com/watch?v=C-0HQ8_wkyk

Brainstorm - Shiver
Track n.2 "Shiver" by Brainstorm, from their album "Memorial Roots" (2009). Lyri...Ver mais
6 de setembro às 02:15 · Curtir · Remover visualização

Yuri Cavour então faz sentido a discussão que tive com Flávio de mudar o nome do curso de ciências sociais pra opiniões sociais....hehe
6 de setembro às 02:15 · Curtir · 1

Gustavo Machado Rangel Rapaz, se juntar o russo, vc, flavio e braum, sai uma nova escola do conhecimento
6 de setembro às 02:16 · Curtir · 2

Gustavo Machado Rangel com mario yamazaki no meio claro auhauhahu
6 de setembro às 02:16 · Curtir

Yuri Cavour uhauhuahuauhauha sai sim! e eu vou lá e quebro a banca dizendo que tudo não passa de aforismo, poiesis e um pouco de Freud kkk
6 de setembro às 02:17 · Curtir

Gustavo Machado Rangel Imagino as frases:
"Discursos aporéticos da sua vovozinha, vê lá se eu sou Nietzsche pra ouvir essa ofensas a meu bom senso e me manter complacente, seu estalinista vadio
6 de setembro às 02:18 · Curtir (desfazer) · 1

Yuri Cavour pena que Samuel não acompanhou e nem o próprio russo... Guilherme....marco os nomes aqui e de repente depois eles se empolgam
6 de setembro às 02:18 · Curtir · 1

Gustavo Machado Rangel Eu duvido virem mas ta ae ne
6 de setembro às 02:19 · Curtir

Yuri Cavour "não me venha com infantilismos pós-modernos" retrucaria o outro
6 de setembro às 02:19 · Curtir · 1

Yuri Cavour Igor Demian tbm se amarraria...kkkk
6 de setembro às 02:20 · Curtir

Yuri Cavour não Igor ?!
6 de setembro às 02:20 · Curtir

Gustavo Machado Rangel a de cima eu sei que é o hasan/ braum, nem vem auhahuahua
6 de setembro às 02:20 · Curtir

Yuri Cavour acontece que objetivamente a frase do nada que move essa campanha política não faz sentido...já percebeu, Gustavo?
6 de setembro às 02:21 · Curtir

Gustavo Machado Rangel Faz sentido sim, talvez nao o que queria
6 de setembro às 02:22 · Curtir

Yuri Cavour nada é impossível de mudar... claro que não! o nada, metafisicamente falando, permanece...continua sendo o nada...
6 de setembro às 02:22 · Curtir

Gustavo Machado Rangel existe uma ideia, ae vc se liga nela e torce pra ela ganhar e te levar junto ahuahua
6 de setembro às 02:22 · Curtir

Gustavo Machado Rangel nãooo, o "nada" não pode ser, então só o que é permanece o mesmo auhahuahu
6 de setembro às 02:23 · Curtir

Gustavo Machado Rangel Parmênides agora auhahuahua
6 de setembro às 02:23 · Curtir

Yuri Cavour a ideia não ganha, metafisicamente falando, ela pode ser alcançada...mas aí seria trascender à la Buda! ahaha
6 de setembro às 02:23 · Curtir

Yuri Cavour então o Freixo tá com Zenão! o nada pode vir a ser... ele é e não é....
6 de setembro às 02:24 · Curtir

Gustavo Machado Rangel são ligações iônicas com a ideia auhhauahu
6 de setembro às 02:24 · Curtir

Yuri Cavour não me fale em iônico, a única ligação q vejo tangenciando algo é uma ligação de capitais...
6 de setembro às 02:26 · Curtir

Igor Demian Minha metafísica ultimamente tem se resumido à ontologia da pentatônica...
6 de setembro às 02:26 · Curtir · 1

Yuri Cavour kkkk se entrar na sociologia ferrou
6 de setembro às 02:26 · Curtir

Yuri Cavour tá vendo Gustavo...?! ó o Igor aí
6 de setembro às 02:26 · Curtir

Gustavo Machado Rangel Eu juro que li ornitologia auhauhauhahu
6 de setembro às 02:27 · Curtir

Yuri Cavour kkkkk Igor foi pro campo das musas...
6 de setembro às 02:27 · Curtir · 1

Yuri Cavour to falando q tudo redunda em poiesis...
6 de setembro às 02:28 · Curtir

Igor Demian Provavelmente ornitologia tem mais a ver com pentatônica do que ontologia...
6 de setembro às 02:28 · Curtir (desfazer) · 1

Yuri Cavour ehehehe verdade!
6 de setembro às 02:29 · Curtir

Igor Demian Assim diria Tom Jobim, pelo menos...
6 de setembro às 02:29 · Curtir

Yuri Cavour Freud explica...
6 de setembro às 02:29 · Curtir

Yuri Cavour o estruturalismo e a apreensão básica de símbolos da linguagem também...a linguistica saussariana e Levi Strauss convergem e bebem em Freud, sempre disse isso!
6 de setembro às 02:30 · Curtir

Yuri Cavour em outras palavras, trocamos sílabas, e isso muda tudo!
6 de setembro às 02:30 · Curtir

Gustavo Machado Rangel ou seja, ou não
6 de setembro às 02:31 · Curtir

Yuri Cavour mas voltando à ontologia...será que ser contraditório e ser contrário não são sinônimos?
6 de setembro às 02:32 · Curtir

Yuri Cavour se sou contraditório é porque sou contrário ao que o discurso interpõe... mesmo se o discurso for meu.
6 de setembro às 02:32 · Curtir

Yuri Cavour se sou contrário a mim mesmo sou contraditório, talvez incoerente! isso bate exatamente no alter-ego
6 de setembro às 02:33 · Curtir

Gustavo Machado Rangel cara, eu vou dormir, depoi discuto mais ahuauhauh
6 de setembro às 02:34 · Curtir

Yuri Cavour espero que não seja o gênio maligno!
6 de setembro às 02:34 · Curtir

Yuri Cavour vai lá, tbm tenho de acordar cedo!
6 de setembro às 02:34 · Curtir

Igor Demian A musa inspiradora de meus melhores aforismos tem nome duplo, chama-se "Minha Cama"... e ela detesta esperar. Boa noite, senhores!
6 de setembro às 02:35 · Curtir

Yuri Cavour ahahaha boa! boa noite, sr.!

Meia Lua cheia

Meia Lua cheia
Solpondo-se deitado flutuando estava
admirando a náutica paisagem da Lua
em maré cheia de vermutes
uma torrente em cheio me abraça
e os braços partidos lagrimam
saudades do que não sinto
por não te ter perto.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Isto não é um paradoxo

Isto não é um paradoxo

Você acredita
em
esperança
ou
Sucesso!

Você acredita em esperança
ou em sucesso.

Você acredita?
Em? esperança? ou? sucesso?

o sucesso é o fim da esperança.
o fim da esperança é o sucesso.

o sucesso é o fim da esperança?
o fim da esperança é o sucesso?


Mas se a esperança não tem fim
é a última que morre
não é possível haver sucesso.

Dasein

Não se alcançará a coisa em si nunca,
só nirvaneando ou se tornando o ser
- ou des-cobrindo Deus.

domingo, 11 de agosto de 2013

(In)conveniente aforismo ou tautologia silógica


(In)conveniente aforismo ou tautologia silógica

Seu espírito adormecido clama,
Vontade não é coisa do espírito, mas da chama!
Chama da vida! Centelha ou fagulha, sopro ou conselho.
Conceda-se! Consiga! Siga! Pare! Diga! Expila!
Obedeça ao sinal de respeito.
E ao peito brade forte:
Vencer é vingar vilões!,
e saber porque você vence quando descobre.

Cobrir é ocultar.
Nada oculto é justo, tampouco o culto.
Por isso o disseminar.
Propagar a verdade da palavra ontologosófica.
A verdade está em alguma parte, mas é inútil pensar, lembra-nos Clarice,
Não a descobriremos e, no entanto, vivemos dela.
Vivemos de mitos. E ritos.
Ritos confirmam mitos.

Mas sem mitos não há vida.
Amor, Verdade, Justiça. Vida.
Descaminhos da razão
Renitente-cissípara.

A razão se partiu nos itens do amor.
A razão é partida. Por isso há brusca
Busca à sua alma perdida.
Por isso tem de se conectar de novo.
Para isso é preciso foco. Ou fogo.
Visão, vislumbre. Imaginação. Centelha.
E gás nobre para manter perpétua e acesa.
Ou milagre.
O milagre é a própria vida.
Um absurdo em si e para si.

Então, não veja a paisagem como miragem.
Admire! Contemple e agradeça!
Agradecer é dar graça! Dar graça à garça.
A vida se resume à garça.

Voa solene e a sós.
E encontra seu caminho para casa todos os dias.

(In)conveniente aforismo ou longa tautologia silógica

(In)conveniente aforismo
ou longa tautologia silógica

Maré enche vertentes.
maré entre tenentes
entretidos na desgraça
A graça é o que dá sentido.
A graça está na garça.
Em voo plano tímido.

Um gosto amargo de vitória
um gosto amargo de verdade
a verdade como um mito.
Grego ou tupi. Eis a questão.

Gosto!, é uma questão de gosto!
a vida é gosto
pra quem gosta, é gostoso
gosto não se discute
o gosto é um saber
saber é sabor
sabor é gosto
saber é gosto

Discute-se o saber
logo, discute-se o gosto
não quero mais saber
não gosto, não tenho gosto
gosto é vontade
vontade é preferência

não há preferência na essência
há voto na preferência.
Foi democraticamente votada.

Por definição, o mito não se discute
o mito do gosto da verdade é inquestionável
por isso gosto não se discute?
gosto é saber. saber é gusto
saber é sabor.
gosto se discute,sim
Todo o tempo é discutido!

A discussão é um discurso
em palco, em público, fechado, encarcerado
o discurso é um descaminho
leva para longe do caminho
-e aproxima do caminho-
Não há caminho sem verdade
Mas a verdade é um mito.
Então, não há caminho.
Diz o coelho, pra quem não sabe (a)onde quer chegar.


Lewis Carrol estava certo. Alice estava confusa.
E detinha razão na confusão.
O caos é o caminho
E a incerteza um sucesso.
Sucesso de quem não vê luz. Ou sem luz.

Só se enxerga com luz; sem luz há apenas imaginação
Imagens fantasmagóricas
sobre olhos dobrados, sonhos.
sonho é destino.

Ninguém prevê o futuro. Ninguém vê o destino.
Apenas a luz.
Acredite na luz das ideias.
Não apague esta luz!
mais, não tenha medo do escuro
deixe as luzes acesas, agora.

Não foi tempo perdido, diria Renato.
Somos mesmo tão jovens:
o tempo não existe:
Conta-se algo que não para de mudar,
e se repete, assim mesmo, a cronológica vitória do tempo.
Atemo-nos ao Kairós ou a Aíon!

Tempo é proveito, é duração, é chance.
Chance é sorte, sorteio, acaso, destino, oportunidade.
Probabilidade sonhada.
Projeção.

Projete-se nos sonhos e alcance a realidade.
A realidade não está no plano material da verdade sobre as formas jurídicas.
A vida não se dá por processos, inquéritos e prova. Empiria. Isto é ciência. Ou religião.
Isto é processo. Viver não é um processo ou escolhas.
A escolha, se é pela verdade, é justa. Se é pelo sonho, verdadeira.
Mas entre a verdade e a justiça não há uma escolha.
A escolha é bem-viver. Fruir. O bem e o mal são impulsos de dados.
Dados da emoção bem ou não compreendida, inteligida.
Inteligir é Inteligência, e esta pressupõe sentido. Sentido pressupõe sentimento.
Sentimento pressupõe emoção.
Logo, razão é emoção. Descartes estava equivocado.
Não há método para a razão porque a emoção não tem pudor.

Emoção é gosto. É Sabor. Saber.
Conhecer. Só se conhece empiricamente?
Com experiências? E a metafísica?
A teoria já e uma prática.
Não artificialize a realidade.
Não contenha. Expanda. Bigbanhe-se!

Reconecte-se.
Esteja off line.

Desligue-se.

Reprograme-se. Abra seu código fonte e verifique os vírus.
Estar atualizado é estar em acordo.
Mais: acorde!

Seu espírito adormecido clama!

Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

Minha foto
Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.