"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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sábado, 30 de julho de 2011

Chance

Chance

Um frio que me dá
um vazio.
Preencher o meu pensar contigo,
não comigo,
É a resposta digna e,
insisto,
Sem saber como começar
meu verso.

Em você não sei parar,
não freio meu pensar:
Acentua mais
suas  c
        ur
       vas.
Quero admirar-te e digo
Qualquer sílaba ou soar
contido.

Ouvir seu sotaque
deixa-me
À beira de um ataque
cardíaco.
Mas a dor que sentiria
esqueço
Paralisando meu olhar
no seu.

Por favor, vou pedir-te
Para ficar até mais tarde...
Conversando ou jogando,
sem regras.
Tentando captar do amor,
às cegas,
Verdadeiros e infinitos
sentidos
Em minhas trêmulas ondas
vocais.

Yuri Cavour

08-04-08

Iguala você

Iguala você

Idêntico, idêntica 'a você é a minha vontade
vontade de correr para... você sabe...
você sabe o que eu penso e por quê...
porque como a sua letra firme escreve
o que somente a sua letra firme consegue
eu não consigo mais crer-porém
por entre vários lugares-anos
a nós foi dado também o recado
e cada lado é simétrico e vale
a pena refletir o novo
porque o antigo cansa e pede...
pede para você dizer que manda
manda você pedir ajuda
ajuda você a ser igual
igual 'a diferença que procuro
e idêntica ' a minha vontade
você sabe...


Yuri Cavour

Morna e Doce

Morna e Doce

Tensas as vibrações são das cordas donas
Imensas as quebrantes dos altos mares
Marcas atenuantes das noções profundas
A extasiante milha é percorrida
Ao pé dos calcanhares frágeis
Correndo ao caminho das pedras
as águas se encontram com as léguas
E chocam-se umas nas outras, lentas
Tremendo a subaquática esperança
Trazendo dos respingos os soluços
Que salgam e sempre aliviam
A dor ou a sensação de alegria
No fim da última gota quente
O esboço de um sorriso
Demonstra que nem somente
o dono do prejuízo
escapa lesado e satisfeito
Pois sabe fazer melhor direito,
quebrar a frequência
e tomar a atitude.

Esquece-se o poeta

Esquece-se o poeta

O poeta é o egoísmo do sentimento exarcebado.
Um egoísmo coletivo, racional e em si inspirado.
Algo tangenciando os momentos exagerados;
Tudo parece mais importante se anotado.

Mas, esse egoísmo, compartilha, com todos,
Os vãos dizeres ingratos, os muitos absortos,
As alegrias contadas e os trocadilhos depostos;
Todos os espaços preenchidos, sem falar
Do outro,
Todas as lacunas consentidas, por tratar
do pouco,
Com um amplo sentido.

O paradoxo do avesso.
O oposto do reflexo.
O próprio erro
acusando-se emérito.

Mas, um sentido esquecido é o correto:
o de não haver sentido na forma e nas frases,
de não ser preciso. Descrever é o que fazes.
Pois, sem todos os quotidianos tristes,
não sobram todas as tênues verdades;
e, sem as boas perspectivas vividas,
só restam as mal planejadas viagens.

Contudo, o poeta, mudo, estrapola,
grita no asbismo, no escuro, no ato
Conta ao mundo, em silêncio, a rota
daquele esquecido no canto, largado:
De início, observa; por fim, disserta;
O princípio se conserva;
O ultimato se posterga...
Respire fundo e sinta
O ar imundo também inspira
o mundo a mover-se...
contrário!



Yuri Cavour
(repost 08-04-08)

Admiragem mulher

Admiragem mulher

Você é aquilo que não pode ser apontado;
Eu sou o esquecido, de lado, não achado.
Vejo-te nas estrelas, constelações, infinito;
Jogo-me num canteiro, numa esquina, no bueiro.
Queria igualar-te, entender-te, possuir-te;
Mas, só posso almejar-te, inspirar-me e confundir-me.
É o seu cheiro, seu gosto, seu conter, sua pureza
o que me atreve a tentar, à penas, descrevê-la.
Mas tudo é pouco, sempre é vago e lhe ver não posso;
Nem nos meus sonhos formo sua imagem perfeitamente.

Sua presença é além, extasiante, inquietante,
Sinto-te aquecendo-me como um novo sol.
Suas procelas são marcantes, mas seu relampejo
É tudo o que, por lapso de consciência, vejo.
Sua magnitude impressionante realça
minha insignificante cia: parte poeira, parte pó.
Cobrindo o espaço e vencendo o tempo,
[ dando nós.

Tê-la ao meu lado seria a honra que justifica,
A razão da arte e a irracionalidade do artista.
Explica a morte e replica a vida:
suas palavras e seu dom mais digno.

Yuri Cavour

Bem reportado

Bem reportado

Nova hora segundos rápidos
uma breve história em um relato
À seguir a onda será grande
Avassaladora a próxima grade
Após o intervalo mais tragédias
o dia-dia est´ encurtand a vid
Não cabe mais acento no tema
Passe ao conseguinte e recente
Esta vale um bônus e uma recompensa
Mesmo sendo a repetição intencional
O que a mente repete a mente repete
A mente está se repetindo ao ouvir
A mente se repetindo e a ti não vê

não percebe porque é igual

Não é diferente e não está fora
É sim indiferente e está perto
São inanimados fantoches magos
Hipnotizadores mestres e mágicos
As Mímicas de sempre com realce
A semi-toda quase-inteira desintenção
Comover o instinto a agir sem pensar
Remover o pensamento e corroborar
À corrupção; Não tem mais saída.
Puxe o tapete e revele, o filme
é trágico se não fosse cômico
Seria ruim se já não é péssimo
O modo de controle não demanda o certo
Contanto que funcione e ordene o esperto
O que pensa que pensa porque diz o que pensa
Sem pensar o que diz e sem pensar no que diz

Yuri Cavour
set 07

Salva-guarda

Salva-guarda

Há com certeza uma sensação no ar:
ou é a leveza ou o próprio pesar.
Sendo o cancro incrustado retifica
e acertivo no alvo o destrói, elimina.

Quanto ao tato, o sentimento não vê.
Tendo em vista, no ato, seu imundo viver.
Maré digna da onda que escorre espuma,
vem consigo forçando a fraca e poluta
água barro de coloração, e enxuta
de querer, sem vontade de verde.

Volvendo à tona vêm o grão fundo:
se credita sucesso, engana o sujo
enquanto limpa o dano causado antes,
contamina um brusco ofuscado. Nado,
em vão, para a praia sentir o cheiro
que de longe faz alusão ao contrário
e contido no sumário do sempre temido.

O odor deixa marcas no fundo assoalho
e enferruja o mastro, que indica ao norte
se é boa ou má a que esvai apenas por sorte.

Nuvem espessa, cinzenta, recoberta de raios;
neblina confusa, desrespeita as veladas
ou investidas em um relâmpago, gotejos.
O horizonte não mais existe, nem eu o vejo;
tão de pressa quanto duradouro, desaparece.
Similar ao peixe esguio, a ajuda, enoitece:
há, decerto, um misterioso que a noite traz
para encontrar com o singelo medo fugaz.

Nova onda de aurora limpa e incadescente.
Sol à bordo, à pino e outrora incessante.
Outorgado o dever do direito sobre a vida,
a alta glória, sozinha, clareia verticais águas,
maiores que antes que náu mais defraga.

Não afoga ainda pela bêbada náusea.
Serve agora à embebida na alma.

Vencida a vontade resta a calma
certeira, flutua onde uma pobre ilha
Avistada se precipita, e serve à quilha.
À calhar, o rochedo se importa simplista.
Encalhar é ter medo da razão translúcida.

Se tranparente não é bom, que sirva adiante.
O próximo pode não haver, intencionalmente.
E o lograr, sem convictos combatentes,
denota viés a forçosos e valentes.
que ostentam ser algo, mas apenas em mente.

Yuri Cavour
25-09-07

terça-feira, 19 de julho de 2011

De Petróglifos em SC à sabedoria oriental.






De Petróglifos em SC à sabedoria oriental.

Creio que o mais interessante é ler esta placa (Clique para ampliar) e verificar a possível coincidência. Pela antropologia biológica há uma possibilidade de não ser coincidência.

Talvez os mesmos inventores ou descobridores desses pontos, ou plexos, do corpo humano na parte oriental da Terra tenham, em tempos antigos, atravessado o oceano Pacífico, e não pela América do Norte, mas pela do Sul chegado de barco contornando o continente, se estabelecendo no litoral, e disseminando seu conhecimento.

O curioso é que há registros fósseis no Nordeste do Brasil de vestígios de culturas humanas com mais de 30 mil anos, e no litoral Sul, em Florianópolis mais exatamente, há petróglifos estimados com idades em 5 mil anos. Enquanto isso, diz a teoria mais famosa que a América do Norte foi colonizada através do estreito de Beiring há não mais de 27 mil anos.




Enfim, a dúvida é se se chegou as mesmas descobertas ou conclusões dos plexos ou se esse conhecimento tido como oriental se difundiu eras atrás cá no litoral sul sul-americano. Pois, todos sabemos que as culturas hindu e chinesas já ensinam sobre esses elementos de equilíbrio do corpo há mais ou menos 5 mil anos.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Amanhecer à Praia


Amanhecer à Praia

O silêncio imposto pelo Sol é mesmo genioso, já se anotara.
Mas agora o silêncio parece incomodar:
Não se fica satisfeito quando a contumaz enérgica mente é interrompida.
Não se está acostumado aos refreios.
Mas eles são necessários.
São vias de escape.
Válvulas liberadoras de pressão.
Repensamentos.

Esquecer é também tomar fôlego.
Por isso mergulhar ao gelo é aliviante no verão.
Um choque de energias vão sucumbindo ao léu.
Uma redundante ideia atravessada pode ser ferida, conferida, recortada;
Tal incomodante e veloz serpente à mente é posta à espera
E de supina pode ser desmantelada.
Isto ocorre no meio do caminho, geralmente.
Quando a pedra invisível é reticente.
E depois de todas as conchas e pedras nas canelas
A calmaria pode instalar-se.
No mergulhar-se.

O respiro da paz é da garça copiado.
Pois, junto aos fados da vida citadina, ficam as memórias repentinas.
E em câmera lenta, como as ondas quebrantes, abreviam-se
quaisquer
                redemoinhos
 ainda                            presentes.
Dá-se tempo ao tempo e o tempo que for necessário
Numa estrofe sem fim aparente.
Porque nessas pressas do cotidiano se esquece o que não se deve: 
Esquece-se que a vida não é perene...
Porque nessas pressas do cotidiano inventa-se que se deve.
Inventa-se que se deve ter compromissos incumpríveis!...

Que sirva então a praia ao recaminho!
Seja a lição apreendida por instinto,
Ao contemplar a passagem, ao se guiar à paisagem;
Ao não viver à paisana!
Seja apreendida por filosofia, ao ler poesia.
Quer queira quer não marota...

Restando a última ciência ser completa, a astronômica,
Que de seus inúmeros satélites as boas ideias surjam!
Siderais! Causando eclipse nas demais antigas!

O silêncio perpétuo do Sol nascente não pede licença à Praia:
Impõe-se.
Derrubando satelitais ideias que, antes de orientarem, confundiam.
E ao invés de informações confiáveis, jogavam dados brutos.
Os quais só na Praia podem ser descodificados.

Portanto, a Praia desencripta torrentes de bits desnecessárias.
Ao mesmo tempo, torna líquida qualquer solução não diluída.
Pede uma chance para o simples ser pensado em prioridade.
Afirma serenamente num paradoxo: veja como o instinto ainda comanda:
As gaivotas planam para pensar...
E, no fim, caçar novas presas...
Que foram ideias...
Transmutadas!


Y.C.O. 

Shiii: amanhecer ao novo


Shiii: amanhecer ao novo

Retira-se o terno preto, de preferência sem riscos.
Todas as formas não tem medida certa.
Um termo parece solto: "dê preferência": o triângulo.
E a única certeza é o fim da certeza.

As léguas estão escritas em placas verdes.
Os quilômetros encaminharam,
E as rodas automotoras, bicicletas e a pés desapareceram.
Nas noites de antemão sabidas,
a canção pedia para seguir estrelas,
e elas nos levariam ao anonimato:
Todas as constelações lá estão e no entanto não existem.
O seu eterno tempo já passou,
[como os vírus.

Nos cristais virulizados não há vida e há movimento.
Um paradoxo maior da física biológica de lógica desconhecida.
Da vida o movimento precedeu.

Naquelas mesmas noites, a duração padecia de humores;
Se o tédio corroborasse a ideia perderia o acento,
E seria morta pela eficiência e produtividade avessas.

Coloque as vírgulas onde lhe for conveniente, dissera ele.

Mas, devido às incompetências gramaticais do tédio, ele sossobrou.
Ganhou virtudes, erguendo o novo ao pódium.
E no movimento do novo, fez-se.
Entoemo-lo, às vezes.
O tédio também é produtivo, se copiara.

Essa eternidade é agoniante quando a duração é uma desmedida de possibilidades.

Assim arrumadas, as ideias perdidas se caçoam, apregoam peças, pregam sustos
E na maior das calmas da manhã, o som do silêncio pode ser arrepiante.

Então todas as vagas ideias se envergonham ao nascer do Sol.
Somem com a sua ceguidez. E as vagas curvam-se lentamente em respeito.
Parecendo então do novo, os lugares se chocam.
A beleza aparenta única.

Pois, é nos assobios dos primeiros voadores que o silêncio se decompõe.
Cambaleante junto ao mar, recém-desperto.
Logo, logo aquelas desditas ideias reconfiguram-se.
Tornam-se produções e se deletam inverdades:
O silêncio imposto pelo Sol é mesmo genioso:
Shiii!, canta o Sol...
Em silêncio...

Yuri Cavour

Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

Minha foto
Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.