"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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domingo, 29 de maio de 2016

A mor te cido

A mor te ci do

Nós, uma composição

A melodia mais bem elaborada da natureza
Se no ritmo do coração

Entretempo nublado...
Entretenimento ameno.
Entristecer ao entardecer.
Entretanto a sombra lunar alegra!
Ela sorri!

E a madrugada trás o mistério...
O risco e o medo de ser eterno...
Como o pó que nos compõe,
A um só tempo faz e desfaz ...
a vida ávida;
a morte tecida...
Já nos dizia Leminski...
A
Mor
Te
Ci
Do




Inflação aumentar é pleonasmo

Inflação aumentar é pleonasmo

Inflação aumentar é pleonasmo.
Crescimento negativo é possível.
Juros no singular é blasfêmia.
Economia, no limite, é política ao quadrado.
Heterodoxo é o ortodoxo vexado.
E a raiz dessa equação é imaginária, um paradoxo.
Como resolvê-lo senão vê-lo?!
Escrito em código binário .
Decomposto ao óleo carbono
O combustível do capital é amoral: uma normal.
Medindo-se tudo, tudo perde-se.

Oração com C

Oração com C

Coração partido
Metade feliz
Metade agulha
Coração impossível
Meio apito
Meio grão
Coração resfolegar
Inspira líquido
Não expira
Coração polivalente
Duas batidas
Duas paradas
Coração estatelou
Com frio
Com ausência

Coração vidente
Anteviu, avisou,
Teimou e não temeu,
Acertou e aceitou

Coração relógio
Regula
Diuturnamente
Coração cabeça
Esquece
Agradece
Coração gente
Cabe no mundo
Acaba contido
Coração bálsamo
Alegra
Intempérie
Coração inteiro
Acelerado!
Na garganta!...

14/02/2016. 02:57.

P.s. Postagem número 400!

Uma Explanação Política

Uma explanação - 07 de abril de 2016*

Não votei na Dilma nem no Aécio. Pois sou ecologista e achava ambos candidatos muito parecidos no seu tratar o meio ambiente. Sempre gostei e, por vezes, votei no partido Verde (ou no seu ideal) e depois este deixou de me representar pela atuação no Brasil e passei a me identificar mais com a Rede (com o seu ideal), que tem uma visão cosmológica para com o ecológico.

 Mesmo assim, tenho feito meu dever de sociólogo e comparecido às manifestações, seja as majoritariamente vermelhas ou seja as verde e amarelas. O objetivo é sempre tentar entender o que se passa com a sociedade, estar antenado com a realidade política. E de todas as observações uma me parece a mais importante: as pessoas voltaram a debater política com mais interesse e seriedade, mas parecer haver carência de acesso 'a informação verdadeira'.

Em uma palavra, a informação verdadeira custa caro, e nem todos podem pagar.

 Então, temos a mídia marrom e a chapa branca fazendo-se portadora dos fatos. Acontece que existe a interpretação dos fatos. E aqui recai a dialética ou a maiêutica. Ambos métodos  filosóficos buscam extrair a verdade através do diálogo - que dá existência ao discurso e à própria política: e um não pode existir sem o outro. E aqui temos uma constatação: sem o diálogo, a verdade dos fatos narrados não pode ser compreendida, pois será incompleta. Então, quando da elaboração de questões politicas, o pior mal que se pode ter é a ausência de diálogo, principalmente entre argumentos díspares ou discordantes.

E aqui está o resumo do tema: nas manifestações de lado único, ao invés de se pregar o diálogo se prega a diferença. Não é preciso lembrar que o diálogo exige dois momentos, a saber, o de fala e o de escuta. E se não há este tipo de debate profícuo, dificilmente se chegará ao bem maior da cidade - como aduziria um moderno Aristóteles. Por isso, finalizo dizendo que antes de prejulgamentos temos que saber praticar o diálogo. E de preferência com debatedores que sabem a importância do discordar.

*Estou colocando agora este e mais outros dois textos antigos, por motivos de perda parcial dos artigos e arquivos.

Crise e Impeachment

  Crise e impeachment ( 30 de março de 2016)

Não acho que as instituições democráticas estão correndo risco. Não é um novo 1964. O impeachment é uma possibilidade. O problema é a famigerada judicialização da política, quando parece que a resolução dos impasses políticos só se dá pela justiça. O que é falso. É falso porque as coisas da política se resolvem com política, e mesmo o impeachment pode vir num caso meramente político mas que tenta se justificar juridicamente para ganhar legitimidade. É como se a politica ou os políticos não tivessem credibilidade.

 Talvez seja a constatação deste fato.

 Tudo na política depende de confiança e nisto o PT está falhando. Mesmo o PMDB, histórico por ser o partido da governabilidade, por se aliar com quem está no poder, parece ter perdido a confiança no PT, e este com sua cúpula manchada por corrupção tem de se reinventar se quiser ainda colocar seus projetos de governo na ordem do dia.
Mesmo sem o PMDB, que mostra que sai do governo porque quer continuar no governo, num paradoxo possibilitado pela iminência do impedimento. Hoje mais um partido da base e aliada decidirá se se mantém junto ao governo ( o PP).

 No momento o governo federal conta votos para continuar vivo. E o que parece incrível nisto tudo é que se deposita no governo federal a culpa pela crise econômica, o que forma espiral de desconfiança e de políticas econômicas regressivas que atingem toda a população, passando a crise aos níveis estaduais e municipais, que dependem do crescimento da nação.

Mas, ao mesmo tempo sabe-se que grande parte da crise é devido ao desaceleramento da economia Chinesa, o que puxa os índices de exportação nacional para baixo e influencia a flutuação do dólar internacional, atingindo mercados baseados em superávit, como o brasileiro. Mais uma vez criando um círculo vicioso, no qual o crescimento não é possível porque fogem investimentos estrangeiros voláteis, que só querem ganhos rápidos, baseados na moeda e mãos de obra barata atrelados a um mercado interno aquecido, e que ao menor sinal de crise, desconfiança política retiram seus capitais - restando ao governo a garantia para aqueles dos juros altos.

 Estes seguram dólar e mantém tais investidores. Por outro lado, há as desonerações que visam manter o número de empregados e de empresas de investimento de longo prazo ainda presentes mas que, por outro lado, endividam o governo no curto prazo. Então, é curioso depois de um ministro do perfil de Levy vir o Barbosa e dizer que está na hora da política ajudar a economia. É como se ele dissesse que o ciclo crítico (de crise) de crescimento foi resolvido, mas que o ajuste é de médio prazo e que a única coisa restante para a politica anticíclica funcionar seria a resolução do impasse político.

Finalmente, tenho como resolução a premissa: enquanto um dos poderes, a saber, o jurídico, continuar acreditando (batendo na tecla) na sua imparcialidade política, teremos a prevalência deste sob os demais. Quando, de fato, são as decisões políticas que devem influenciar no rumo do país. E não a questionável  hermenêutica jurídica aplicada.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Feliztristeza

Feliztristeza

Hoje estou tão feliz que lembrei de algo mais importante
Acho que quem dizia isso era Vinicius de Moraes
Lembrei-me da tristeza
E de como é bom ouvir uma música triste
Tim Maia resume
Se a felicidade toma conta
A tristeza invade

Estando a sentir o momento da felicidade
Aproveite-o para refletir sobre a tristeza
Nada mais justo do que pensar no pesar
Quando a felicidade vem à tona.

Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

Minha foto
Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.