Sumiram-se

Sumiram-se

Lembre-se que sumir é uma via 

de mão-dupla. 

5 5 2017

Somos de trás para frente

Somos de trás para frente

Somos todos um.
Um multiverso!
Do fim ao começo,
Sonhamos acordados
Um sonho consciente.
Despertos, inspiramo-nos nos céus!
Notívago motivo estelar!

Eu todo singular 
Escrevo mais quando durmo menos; 
Durmimos mais quando escrevemos
Nós nos universos múltiplos.

Ideias ecpiróticas atravessam a mente
E a serpente à mente é posta à espera.
Antes da deglutiçao ideal,
A ideação repentina serpenteia:
Faz-nos nos pôr para fora. 
As sete cabeças do bicho...
Mitológico alfabeto da prevalência arcaica desenha o céu zodíaco...
Cem bilhões de galáxias e estrelas antigas!
Mais cem bilhões de galáxias e estrelas novas!
Sem mais adjetivos, derribamos
Lendas 
E colocamos outras no lugar
Angular.

O pensamento é composto pelo singular hidrogênio e oxigena
A singularidade negra do buraco
Vazio
De si;
De conteúdo 
De luz;
Cheio de radiação 
Gama.
De fundo,
Espirra ondas gravitacionais 
Se o choque é em grandeza escalar
Universal!

O fim do tempo como o existimos.

O horizonte de eventos alcançados
Alça-nos ao recomeço:
Somos todos um.
Um multiverso!

5 5 2017

Interrogação de Rã nos tempos

Rápida e súbita é a dúvida 

Já nos disse Caetano ou Rubel

Íngreme e tática é a dívida 

Anotou um espartano general

Penso que não-fugir é a opção do livre-

Arbítrio 

Ainda com o sopesar da [responsabilidade 

A alucinação do dia a dia

Pede e impede e nos impende 

Sonhar

Qual o critério da novidade?

Quem escolhe a verdade?

Quem nos escolhe a verdade?

Quem esconde a verdade?

Quem nos esconde a verdade?

O critério já é uma escolha

E a verdade, uma bolha.

Repito, apto e aflito é o apito:

Ordena interrompendo. 

Inaugura um novo tempo 

Ao finalizar o momento

Provando que o arbítrio 

É liberdade-sopro. 

Que ar que nos infligem?

Que ar nos inflige?

Que nos inflige?

Que inflige?

Inflige?

A liberdade-pensamento prevalece.

A liberdade de e para. 

Ao menos deveria prevalecer.

No entanto, caímos no paradoxo: Cercados pela liberdade

Obrigados a sonhar 

Negados ao ócio 

Não nos resta muito mais do que 

Interrogarmos a dúvida: 

Razão infantil de criação;

Paideia de ideias velhas.

Se havia acordo tácito 

A desculpa é benefício 

Dado somente ao indivíduo 

No entanto o mundo é de ego

E de exemplo a ser dado ou seguido

E uma vez interconectados 

Jamais arrependidos. 

Com exceção para o juízo final,

O qual refazemos a todo instante. 

2 5 a 4 5 2017

Encalacrados

Encalacrados

Moda randômica 
Moeda lacrada

Aleatoriedade teleológica 
Encalacrados estamos na

Matemática do insuficiente
Lacramos a-postando na

Brana do novo mundo
Em lacres fica-se com a

Memória ecpirótica

De um universo injulgente
Meritocracia é mnemosinecracia

Temo meu otimismo 

Pois ele me leva a-diante 

Adiante o adiantar adiante
O temporal quedante

Antes que ele não adiante mais 

O-passado-como-era-antes 

Indica tendência remissiva

E o conteúdo é índice para o futuro

Ao apreender o incerto

Da subjetividade revisitada 

Mostrando-nos múltiplos 

De um ser só

Não-solitário, no entanto 

Deu-nos es-pera-nç-a-r 

Espera-se a ânsia do esperançar 

Assim, se engana quem persegue a verdade na face da vaidade, pois

Esquece-se de ser movimento 

Metamorfose de si, unidade móvel 

Vaidade do espelho

O espelho quando se olha no espelho

Não se vê, pois sem luz não há reflexo

Não há si

Há si próprio se refletindo
Defletindo

Encontra-se
Inerte
E nada mais

Impoeta.

19 4 a 02 05 2017