"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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segunda-feira, 24 de março de 2008

As drogas e a violência

As drogas, o tráfico e as violências.


Não acredito que ainda haja pessoas com o pensamento errado de que drogas não tem relação com o aumento ou a manutenção do nível de violência urbano. O consumo injustificável de substâncias proibidas é algo grave e, contraditoriamente, tem pena legal pequena, irrisória em comparação aos malefícios gerados e causados por traficantes e dependentes. Acabar com o tráfico só é viável se houver conscientização por parte de escolas, meios de comunicação, governo e demais instituições com acesso ao grande público, em relação a toda a cadeia produtiva e destrutiva, em concomitância, sustentada pelo tráfico de entorpecentes.

É preciso re-educar jovens e adultos consumidores e criar uma campanha efetiva, permanente e abrangente, em escolas de ensino primário, fundamental e médio. Creio que a geração vindoura, sabendo dos problemas advindos da dependência às drogas em qualquer nível de consumo, pensará cem milhões de vezes antes de experimentar um "piteco", comprimido"zinho", ou seja lá o que for. Se as crianças de hoje aprenderem o quão impactante pode ser o consumo, em qualquer escala que seja, de substâncias ilícitas, ou mesmo as lícitas, irão, certamente, constituir uma nova geração humana, mais saudável e consciente, e defensoras de um mundo menos ordinário (no sentido de "achar comum") com relação ao uso de drogas.
Para sintetizar o pensamento colocarei algumas informações a respeito dos problemas gerados pelo vício em entorpecentes:
* O usuário de drogas ilícitas, primeiramente, ajuda a sustentar uma cadeia produtiva ilegal, que não paga impostos e não contribui para o crescimento do país - muito pelo contrário - , e, ao mesmo tempo decorrido, comete auto-flagelação consciente.
* O viciado em entorpecentes sofre de depressão, tende a ficar irritadiço e agressivo, tem dificuldades para dormir e perde o apetite. Ou seja, não desfruta de dois dos melhores prazeres da vida.
* O consumidor dessas substâncias tóxicas ao próprio organismo vai viver mais triste; não aprenderá a desfrutar dos prazeres que a vida lhe propicia pois gastará dinheiro descontroladamente para continuar alimentando o seu vício.
* Além disso, tem problemas sexuais (de produção de hormônios e ereção) e de relacionamento interpessoal e compromisso com o trabalho.
* Ao sustentar uma cadeia de produção, o "traficante às escuras" auxilia a aumentar o índice de evasão escolar por parte de jovens de comunidades carentes de empregos e lazeres. Aumentando o tempo ocioso de tais jovens, aumenta-se também o número de pequenos ladrões, "trombadinhas"; em outra consequência desastrosa, o número de crianças de rua.
* Antes de salientar os problemas gerados ao próprio organismo, indicarei mais exemplos de danos e prejuízos:
O usuário extremo de drogas sofrerá de depressão, deverá tender a idéias suicidas, poderá se tornar um homicida; Aumentará o índice de acidentes rodoviários, e de mortes em estradas, seja por colisão entre veiculos automotores, seja por colisão direta com obstáculos ou pessoas, pedestres;
A violência familiar pode surgir. Agressões físicas e insultos a qualquer negação a dinheiro para consumo de entorpecentes, drogas ilícitas ou lícitas, serão uma constante para usuários altamente dependentes;
O dia a dia parecerá extremamente entediante e até a aprazível conversa entre amigos pode tornar-se nula, ou dispensável;
Não haverá tempo e dinheiro para construir a vida adequadamente. Viagens não serão feitas, lazeres ficarão escassos, não sobrará dinheiro nem para comprar coisas básicas como comida, e não haverá tempo e disposição suficiente para aprender coisas novas, como tocar um instrumento musical e aprender danças de salão, p.ex.;
O sentido da vida será perdido. A felicidade deixará de estar nas coisas que não são sintetizadas em laboratórios clandestinos... como os bons livros e uma boa ida a praia ou montanha com amigos.

Danos diretos ao organismo humano:
Drogas causarão: Os dentes ficarão escuros e cairão. A pele ficará enrugada e envelhecida; Dores de cabeça, encefaléia, enjoo e vômito, doenças gastrointestinais: úlcera, gastrite etc. Problemas cardíacos como a arritmia, que pode levar a infarto. Diversos tipos de cancer: De esôfago, traquéia, boca, estômago, pulmão. Efeitos negativos no cérebro são notados: Desde perda de memória, massa cinzenta e neurônios à alteração na produção de hormônios do sono e da fertilidade; além de inibir a produção de serotonina, responsável -basicamente- por manter o equilíbrio do humor. Sem contar as dependências: psíquica, química e física. Drogas também diminuem a capacidade de reação do organismo contra invasores, como os vírus. Drogas matam jovens de saúde perfeita, podem levar ao estado de coma e diminuem sensivelmente a expectativa de vida.
Em suma, não há razão lógica para experimentar e passar a consumir frequentemente ou não substâncias tóxicas ao próprio organismo, geradoras de conflitos entre famílias e nações, causadoras de aumentos de gastos do governo com a saúde e violência públicas; e o pior, tais substâncias trazem momentos de puro delírio, confundido com a tão procurada felicidade, alegria.
Somente a falta de educação e noção dos danos e prejuízos explicaria o ainda grande consumo de substâncias como : álcool, maconha, cocaína, ecstasy, lanças perfumes, "comprimidos", "balas", "colas", e afins.

fontes:

http://www.portaldocoracao.com.br/matriz_materias.php?&id_texto=159&id_categoria=4

http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/maio2002/unihoje_ju174pag12.html

http://www.redepsi.com.br/portal/modules/news/article.php?storyid=2478

http://www.antidrogas.com.br/mostraartigol.php?c=116

http://www1.uol.com.br/vyaestelar/crack.htm

http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/6593

segunda-feira, 10 de março de 2008

Dois homens estão na fila para pegar um elevador de um prédio alto. O senhor que chegou a mais tempo está tranquilo, esperando pacientemente. O senhor mais atrasado está irri/equieto(irritado e quieto!). Chegou depois na fila mas não perderá uma oportunidade sequer para levar vantagem sobre o próximo. Plim! O elevador chega. Está descendo. Está lotado. Uma pessoa sai e o funcionário do elevador fala: "Temos um lugar!" Advinhem só!... O apressadinho entra no elevador na frente do senhor mais paciente! E fica provavelmente todo feliz por não ter se atrasado tanto e por ter levado vantagem sobre o "otário" da fila. Porém... sempre há porém(ns)!
O outro elevador chega, o senhor tranquilo entra e usufrui o elevador vazio e confortável. No saguão do prédio ambos os senhores se re-encontram. E ambos se encaminham para o estacionamento. Um aparenta estar nervoso e com pressa, parece estar grávido e ter acabado de romper a bolsa; o outro está zen, parecendo um cão fiel à espera da morte ao lado do dono, falecido. Ambos descem as escadas, rumo ao estacionamento. Adentram em seus carros, cada um a sua moda. O senhor apressadinho "canta" pneus em frente a placa de limite de velocidade "10 km/h."; o senhor paz e sossego engata a segunda marcha e solta levemente a embreagem, pisando no acelerador só o suficiente para estar dentro do limite. Finalmente ambos estão na rua. O trânsito está pesado. Nada nem ninguém se move, exceto as mãos em direção às buzinas. Enquanto o senhor "da paz" está ouvindo um blues em seu carro, o senhor pressa já está quase apertando o botão "voar" do Speed Racer. Depois de enfrentarem ambos os "estresses" do elevador e do trânsito, chegam ao lar, doce lar. O senhor apressado prepara um sanduíche de hamburguer de caixa com pão de forma.; O senhor tranquilo janta vagarosa e alegremente com a sua família. No fim do dia vem o diagnóstico do médico que ambos haviam visitado no dia corrente, no prédio alto do elevador fatídico. Expectativa para abrir o envelope... Um rasga com tudo, o outro vai buscar uma tesoura. Um lê direto o relatório final do exame de sangue e do progóstico do médico; O outro analisa, compara todas as taxas suas medidas com as esperadas e padrões. Resultado: Ambos condenados! O estressado está condenado a um ataque cardíaco iminente, quiçá fatal. Tem expectatva de vida curta e não terá chance de conhecer seus netinhos. Por outro lado, o senhor bons modos e hábitos está condenado a uma vida futura satisfatória e acima da média. Com a vantagem de poder se contentar com a certeza de que, fora uma tragédia absoluta, conhecerá seus netos e bisnetos, com um pouco de sorte.
No último parágrafo há uma batida de carro. E ambos os senhores estão envolvidos. O cidadão pacato e o cidadão sem tempo. Quando vem o resgate, os dois pedem por socorro. O estressado senhor agoniza tanto com sua fratura que o para-médico acha que ele não irá resistir a dor e morrerá de desgosto; já o ancião mais calmo, sente muita dor com suas múltiplas lesões, mas não quer causar sofrimento alheio com gritos desespexagerados. Na ambulância a caminho do hospital, um senhor sofre um ataque cardíaco após reclamar de dores durante a viagem toda ao hospital, e, por fim, tem um aneurisma cerebral, logo depois do desfribilador o reanimar. No outro carro médico, o senhor recebe injeções contra a dor e vai em silêncio para o hospital. No fim, os dois se salvaram. Um com sequelas do ataque cardíaco e do aneurisma, o outro com más recordações da estupidez do motorista que causou a batida por imprudência, por tentar ocupar o mesmo espaço de um carro vindo na contra-mão, em plena curva acentuada.

Agora reconheçamos os veredictos.

1A batida foi causada pelo senhor estressado.
2O mesmo senhor que teve ataque cardíaco e aneurisma cerebral.
3O senhor estressado escarniou o tempo todo ao interior da ambulância, estressando os paramédicos.
4O mesmo cidadão causou prejuízos a sua família e mobilizou cirurgiões, enfermeiros, técnicos de raio-x e tomografia apenas por sentir dores exageradas, que não passavam de pequenas escoriações e vermelhidões.
5Este mesmo paciente impaciente reclamou com os funcionários da limpeza do hospital, por falta de brilho em seu lençol.
Por outro lado....
6O outro senhor não perturbou a ninguém em demazia, apenas recebeu o atendimento médico padrão e fez os exames verificadores de lesões por precaução de seus médicos.
7Ele também foi querido e elogiado pelos funcionários do hospital por sua educação e bom trato. Resumindo: além de causar os mínimos prejuízos possíveis ainda deixou feliz outras pessoas com elogios sinceros a seus trabalhos indispensáveis. E voltou a ter uma vida pacífica e feliz.
8Em compensação, a suma da outra causa é extensa e infeliz. O senhor estressado foi mal-educado com os funcionário ao seu redor, causando mau-estar no ambiente e deixando tristes as pessoas que só querem o seu bem. A gastância com sua recuperação lenta e pouco progressiva foi a pedra lasca que faltava para fazer ruir a união matrimonial já instável.
O casamento se desfez após os prejuízos causados pelo acidente automobilístico de causa irresponsável.
A família não mais pode ter-se junta com harmonia. A falta de parcimônia gerou frutos infelizes. O insucesso e a falta de sossego criou raízes fracas. E, então, a geração seguinte, a de seus filhos, aprendeu, da pior maneira possível, que, para obter algum benefício válido, é preciso saber aguardar a oportunidade certa. Ser menos egoísta e mais compreensível é o melhor jeito de se conseguir aquilo que se quer, e merece. Ah!, Não furar a fila do elevador é primordi e essencial!

Pequenosomos

Pequenosomos

Somos muito pequenos. Observo uma imagem obtida por um desses satélites espaciais, e analiso em um pixel, com uma boa aproximação, aproximadamente 5 estrelas, sendo que elas estão a cerca de 50000 anos-luz de distância da Terra. Note agora o número de estrelas em 1 pixel de uma imagem de satélite, a qual com certeza tem uma belíssima resolução ( algumas têm 1 giga pixel), e imagine quantas outras estrelas e sistemas não existem num espaço infindável. Imagine quantas possibilidades de formação de criaturas, ou seres não criados. Imagine um trilhão de pontos com brilho no céu e multiplique por cinco para uma média de um sistema solar pequeno, ou médio. Imagine a quantidade de matéria diferente misturada durante bilhões de anos de existência comprovada do Universo como o conhecemos agora. Imagine uma briga por um lugar na fila do banco. Que desperdício! Quanta falta de consideração! Por que ficar se irritando com coisas tão pequenas? Por que atrapalhar a facilidade alheia? Por que insistir nos erros pós? Porque não se caber em si e ter mais humildade? Porque é típico do ser se achar racional, correto, superior, iluminado ou ilustre perante seus semelhantes em matéria, energia ou condição existencial qualquer.

Em apenas um grande parágrafo foi diluída toda a arrogância do pó humano. Um resto, um resquício da sobra. Um acaso. Uma grande sorte. Todas as possibilidades conectadas resumem o não-compreender do ser que vos escreve para com as pequenas discussões tolas do dia a dia, todas os desentendimentos por falta de respeito com o próximo. Acredito cegamente em resoluções simples para problemas idênticos. Falta apenas a pena da asa da sorte cair nas cabeças mais quentes que nos cercam.

Algumas pessoas ficam irritadas a-toa. Se as características menos degradantes e as mais valiosas sobressaíssem, fossem realmente fatores determinantes na atual sociedade humana, os estressadinhos de plantão teriam pouco tempo de estada neste planeta. O problema é ampliado quando analisado seus viés. E o egoísmo é a única explicação para esse repentino mau-humor.

O mau-do-século foi a solidão. O mau-do-século atual é o primo alter ego da solidão: o egoísmo. O egoísmo é vil. Não sobrevive sozinho e não percebe isso. O egoísmo está buscando fazer amigos, com outros egoísmos. O egoísmo não suporta ficar em desvantagem, por isso ele pode até trapacear para ganhar o jogo. O egoísmo é culpado por todos os pequenos entraves do quotidiano: das batidas leves de carro às malandrices furadoras de fila de banco e afins. Pense em momentos irritadiços. Está pensando? Estou te dando um tempinho... Pense em apenas um exemplo que te irrite...Pronto! Conseguiu achar algum no qual a sua pessoa não é a prioridade absoluta? Exato! É por isso que o estresse é uma tolice. O estresse advém do egoísmo. Se você for menos egoísta ajudará a si e aos outros em concomitância. Se o outro também for menos egoísta, com certeza, ajudará a você e si também. Citemos um exemplo prático no próximo texto. Um conto meu.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Para uma pessoa de um outro blog

Tu Tens um Medo

Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
Não ames como os homens amam.
Não ames com amor.
Ama sem amor.
Ama sem querer.
Ama sem sentir.
Ama como se fosses outro.
Como se fosses amar.
Sem esperar.
Tão separado do que ama, em ti,
Que não te inquiete
Se o amor leva à felicidade,
Se leva à morte,
Se leva a algum destino.
Se te leva.
E se vai, ele mesmo...
Não faças de ti
Um sonho a realizar.
Vai.
Sem caminho marcado.
Tu és o de todos os caminhos.
Sê apenas uma presença.
Invisível presença silenciosa.
Todas as coisas esperam a luz,
Sem dizerem que a esperam.
Sem saberem que existe.
Todas as coisas esperarão por ti,
Sem te falarem.
Sem lhes falares.
Sê o que renuncia
Altamente:
Sem tristeza da tua renúncia!
Sem orgulho da tua renúncia!
Abre as tuas mãos sobre o infinito.
E não deixes ficar de ti
Nem esse último gesto!
O que tu viste amargo,
Doloroso,
Difícil,
O que tu viste inútil
Foi o que viram os teus olhos
Humanos,
Esquecidos...
Enganados...
No momento da tua renúncia
Estende sobre a vida
Os teus olhos
E tu verás o que vias:
Mas tu verás melhor...
... E tudo que era efêmero
se desfez.
E ficaste só tu, que é eterno.

Cecília Meireles

terça-feira, 4 de março de 2008

A melhor classe se livra









A vitória da melhor classe

Sucesso é a palavra chave; e a chave do sucesso é bem conhecida. O medo do que pode atingir a si e ao vizinho é o medo que chama mais atenção, o medo que dá audiência. Mas, um medo também pode ser diluído e explicado, se o final for feliz. O medo pode até ser injustiçado.

O esquema organizado pode não ser organizado. O consumo individualizado não pode sustentar toda uma cadeia de produção. O dinheiro sujo gasto não mantém fábricas de drogas lícitas (lucra)ativas. As empresas de alto padrão não sobrevivem com dinheiro não declarado. A brincadeira de infância por falta de olhar atento dos pais não pode virar algo sério na vida adulta. Todas essas ideias estão escritas sobre a mais forte forma de ironia e são uma forma de crítica a lógica passada pelo filme.

Aparentemente, a história retratada é por si só uma dura crítica à falta de responsabilidade dos pais, a estirpe sustentadora das ilegalidades e a toda uma cadeia de eventos financiadora de empresas e fábricas de drogas e dependentes. Mas o final, com uma moral duvidosa, acaba deixando implícito uma idéia maquiavélica, ou paradoxal.

Em verdade, a idéia de que o fim pode ser corrigido apesar do meio. Sem querer dizer que isso seja uma mentira, uma coisa ruim, indago a moral transmitida pelo final do filme. Mesmo havendo solução para casos aparentemente perdidos, essa não é a tônica expressa (ou, pelo menos, não ficou claramente expressa); o tom expresso deixa subentendido a desimportância da mínima responsabilidade, põe em xeque valores éticos, de moral e de comportamento legal. De uma forma mais radical, estimula o excesso ao consumo de drogas lícitas e o acesso a entorpecentes, ilícitos, e a um meio vida sem nenhum compromisso com bons princípios e valores, a partir do momento que deixa explícito haver uma brecha legal para agir de forma ilegal e não ser punido devidamente.

Para ser claro, a pura e simples diminuição e alteração da pena e a coincidente recuperação de um bandido não justifica atos improbos ou serve como bom exemplo ou desestimula os novos usuários; pelo contrário, os incentiva. Novos usuários, traficantes, compradores e revendedores, "contatos" são estimulados a permanecer em seu ramo, com uma condição: que paguem um bom advogado e para quando a hora da justiça cega chegar poderem descobrir uma fresta nas vendas da mesma.

Porém, o caso só é válido para àqueles detentores das facilidades da vida mansa. Um cidadão e traficante pobre, quando vai para a cadeia, vira bandido definitivamente, e não tem retorno mesmo. O retorno é perigoso demais para se entrar quando se está correndo, quando a próxima reta parece mais perigosa e mais curta do que a próxima curva. Talvez haja uma pequena má intenção escrita nos entrequadros do filme. Uma tentativa de qualificação para um crime tão danoso quanto qualquer outro tido como grave. Uma prerrogativa para abrandar uma forma de descomprimento de uma lei nacional. Uma comoção coordenada com o intuito de alterar posições ideológicas frágeis para um assunto tão delicado.

Portanto, justificar o consumo, estimular a improbidade, depreciar o ato como sendo criminoso, enfim, passar a mão na cabeça do malandro, não parece o mais correto, o ideal para diminuir um problema gerador de quase todos os outros problemas sociais da cidade do Rio de Janeiro.

Quer dizer, assoprar oxigênio para tentar apagar o fogo é o mesmo que alimentá-lo com uma lenha duradoura. Não é uma solução nem paliativa dar chance ao máu exemplo. É melhor evitar que surjam novos casos de máus exemplos, com remotas chances de recuperação, do que esperar o máu exemplo dar trabalho à polícia, hospitais, e toda a sociedade de bem que quer viver sem violêcia e convive com a mesma por inobservância às leis dos cidadãos que, em tese, recebem a educação de melhor qualidade. Cidadãos estes detentores das mais diversificadas escolhas para o sucesso; mas, sem apoio paterno e por influência da emergência capital, fazem as escolhas mais sorrateiras.

No fim, a emergência do aproveitar a vida ao máximo, fazer valer a pena todo um investimento, deturpa-se à idéia de consumir o tempo com as drogas que enganam a sensação do mesmo e de utilizar as vantagens materiais, financeiras, adquiridas, para sustentar o egoísmo da tristeza enraigada e juventude desnorteada.

E mais, não querer amadurecer e encarar de frente a realidade, não querer deixar passar em paz um tempo ocioso, não saber aproveitar a preciosidade de uma vida em um nível tão ameno é a única explicação encontrada para tais consumidores de substâncias alteradoras da noção de realidade, ainda que a mesma seja favorável.

O tempo consumido pelo desperdício de papel é o tempo que não passa jamais.

Faça aquilo que é certo: seja coerente.

domingo, 2 de março de 2008

pensoativo estreando

Bom dia a todos!

Começo hoje, 02-03-08, minha página despretenciosa da rede.

De início, colocarei um texto antigo ; Futuramente pretendo escrever bastante aqui.


SEM MAIS VALORES

Os adjetivos estão desaparecendo,
Perdendo sua conotação, esmaecendo.
Algumas palavras não querem nada;
Até querem, mas não dizem.
Frases são formadas sem valores lógicos.
A própria noção da língua perde-se.
Balbuciar idéias é corriqueiro.
Sucatear exemplos é digno.
Digno da perda total dos valores.
Típico dos trópicos sem tópicos.
Consenso em um senso sem sentido.
Normal numa reta sem cortes.
Um plano surreal omite tudo.
E agregações são desculpas insanas.
Não entender é o maior sábio;
Querer-saber está em extinção.
Desista da carta apaixonada.
Agora, sobra da paixão o nada;
E da carta, o remetente insólito,
Desiste, e entrega-se ao ódio.

Yuri Cavour Oliveira


Ainda estou tentando descobrir como as coisas funcionam por aqui...

Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

Minha foto
Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.