"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Há desaparecimento da cultura com o mundo globalizado?

 Há desaparecimento da cultura com o mundo globalizado?



 Textos revistos para o ppcis 2016  UERJ...aspas para palavras-chave...




 " Há a alegação de que o Estado liberal perdeu sua casca étnico-particularista e emergiu em sua forma cívica, universalista e culturalmente purificada. A Grã-Bretanha, entretanto, como todos os nacionalismos cívicos, não é apenas uma entidade soberana em termos políticos e territoriais , mas é também uma comunidade imaginada: parafraseando Spivak, o fato de um norte-americano ler no café-da-manhã um jornal em língua europeia (inglês), com fontes (alfabeto arábico) do Oriente Médio, com notícias sobre a China, de um autor do Brasil, o faz se sentir orgulhoso de ser tipicamente americano e ter a cultura superior da América."



  Temos que a normatividade é um problema para Habermas, assim como o não reconhecimento e não legitimidade do outro; já para Spivak a própria ideia de existência criada do outro parece um problema, pois atesta-se que o outro foi criado, inventado, a partir de um sujeito anterior, sujeito este que tem a legitimidade, tanto buscada em Habermas no Estado de Direito, como eurocêntrica, e a isso Spivak atribuiria também o problema de Foucault e da intelectualidade que subsume a ideologia, tratando apenas da instituição do outro, da normatividade via discurso: a instituição do outro o menoscaba. Há o relacionamento entre os textos de Sahlins, Ulf  e Hannerz.



  Simplesmente, liga-se aos textos dos antropólogos Shalins e Hannerz o de Spivak quando esta cita Marx tratando da indivisibilidade dos sujeitos como sendo algo problemático: " Meu argumento é que Marx não está trabalhando para criar um sujeito indivisível, no qual o desejo e o interesse coincidem. A consciência de classe não opera com esse objetivo. Tanto na área econômica (capitalista) quanto na política (agente histórico-mundial), Marx é compelido a construir modelos de um sujeito dividido e deslocado cujas partes não são contínuas nem coerentes entre si...". Pois, o sujeito pós-colonial, que agora busca refazer, recontar a história, atuando enquanto sujeito de fato, é ele todo globalizado (Spivak é de origem Índia e Hall Jamaica .... mas ambos migram para o centro de poder do mundo, Europa e Estados Unidos) e ainda assim resguardam(-se) em sua psiqué e (em) seu "ethos"(,) sua cultura. Portanto, a cultura, longe de desaparecer, estaria ganhando força com o mundo globalizado, que se torna transcultural, indigeneizado...




  "Fluxos”, “limites” e “híbridos” são as palavras-chave. Mais ou menos como transcultura, multicultura ou teoria das culturas globalizadas, transnacionais, do texto do Sahlins, obviamente tem-se de fazer esta distinção e comparar com Spivak. E vimos semelhanças quanto ao problema atestado de Spivak do "locus" de quem discursa, e estas semelhanças haveria entre todos os autores com exceção talvez de Hall, porque ele já é um autor local, do mundo pós-colonial, e que superando, no termo hegeliano, a questão do locus de quem discursa, trata de afirmar a questão do multiculturalismo como sendo primado da globalização e, ao mesmo tempo, advindo do ninho do engalfinhamento capitalista, o qual tudo detém para si sobre a forma do domínio dos meios, seja de produção de cultura, de valores éticos e étnicos, de poder, de bens.




  É possível falar também de micro à macro política em Foucault, Spivak e outros... e dos antecedentes históricos que marcam o multiculturalismo...



  Ligam-se o problema da sobredeterminação econômica proto-marxista, capitalista, a questão da cultura, e do multiculturalismo... e daí Hall viria com o Estado de Direito como algo que tem de reconhecer o outro, garantir sua existência, além do problema da diáspora, que segundo os antropólogos Sahlins e Hannerz, não existe, pois o transcultural subsumiria isto, - ao meu entender, pois conecto a isto também o fato de que Hall e Spivak praticaram a diáspora rumo a Europa e EUA: falam a partir de locais de poder, e as suas críticas às diásporas são constitutivas de seus trabalhos.



  Cultura é : todos os processos da vida comum: Hall no-lo afirmaria. Portanto o (seu) caráter não é mono, mas processual. Mas hall, em contrário a Sahlins, acha que há uma tendência à homogeneização das culturas com a globalização, e, ao mesmo tempo, fortalece(imento) (d)a diferenças ou elementos diferenciadores no interior das sociedades...




  Daí seria falso o argumento de que a cultura estaria desaparecendo pela globalização, outrossim, ela poderia estar se reforçando, na micropolítica, nas mentes de jovens que migram mas mantém o desejo - que não é agenciado pelo colonizador- de retorno à terra de origem, aproveitando-se das vantagens do capitalismo (ganho de dinheiro e bens, poder e status, para se reforçar dentro do clã, sendo admirado como herois das lendas ao retornar à Indonésia, como no exemplo citado pelo último antropólogo, após fazer dinheiro no mundo europeu).




 Hall



 Hall distingue multicultural e multiculturalismo: o primeiro é usado no plural, é um termo qualificativo, descreve características sociais e problemas de governabilidade nas quais várias comunidades culturais convivem e tentam construir uma vida comum ao mesmo tempo em que tentam reter sua identidade "original". Já o multiculturalismo é algo substantivo. É usado no singular. E trata-se da doutrina ou das estratégias e filosofias e políticas específicas usadas para dirimir, governar ou administrar problemas de diversidade e multiplicidade geradas pelas sociedades multiculturais.

 " Sri Lanka, frança, Nigéria... são sociedades multiculturais, EUA, GB, de forma bastantes distintas, são multiculturais. Entretanto, todos são por definição, culturalmente heterogêneos. E o paradoxo: O estado moderno tende a homogeinização cultural...organizada em em torno de valores universais, seculares e individualistas liberais..."



 Sobre globalização.

  De fato, entre seus efeitos inesperados estão as formações subalternas e as tendências emergentes que escapam a seu controle, mas que ela tenta homogeneizar ou atrelar a seus propósitos mais amplos (seja lá quais forem...). É um sistema de con-formação da diferença, em vez de obliteração da diferença, citando-o.

 Essa formação implica a necessidade de um modelo mais discursivo para as estratégias de de resistência, ou contra-estratégias.

  Da proliferação subalterna da diferença.

  É um paradoxo da globalização contemporânea o fato de que, culturalmente, as coisas pareçam mais ou menos semelhantes entre si (a americanização da cultura, p.ex.) e ao mesmo tempo há a proliferação das diferenças. O eixo vertical do poder cultural, econômico e tecnológico está compensado por conexões laterais, o que cria uma visão de mundo composta por diferenças locais, as quais o globo-vertical é obrigado a considerar. Há differance e determinações em termos relacionais... Mas há o papel do Estado...

 Papel do Estado.

  A neutralidade do Estado funciona apenas quando se pressupõe uma homogeneidade cultural ampla entre os governados. Essa presunção fundamentou as democracias liberais ocidentais até recentemente. Sob as novas condições multiculturais, entretanto, essa premissa parece cada vez menos válida.

  Repetindo, a alegação é de que o Estado liberal perdeu sua casca étnico-particularista e emergiu em sua forma cívica, universalista e culturalmente purificada. A Grã-Bretanha, entretanto, como todos os nacionalismos cívicos, não é apenas uma entidade soberana em termos políticos e territoriais, mas é também uma comunidade imaginada: parafraseando Spivak, o fato de um americano ler no café da manhã um jornal em língua europeia (inglês), com fontes (alfabeto arábico) do Oriente Médio, com notícias sobre a China, de um autor do Brasil, o faz se sentir orgulhoso de ser tipicamente americano e ter a cultura superior da América. E produzir e reproduzir "sua cultura" é a tônica invariante.

  Quer dizer, de nada adianta a produção sem inter-esse dos consumidores, dotados de cultura: conhecimento próprio, significado próprio, contato. Pois, caso assim seja, há esvaziamento de sentido e não há porque produzir sequer um xampú, um café ou uma bola de futebol.  Os erros devêm.

 Assim,  o esboço de artigo é o paradoxo intencional: sem a conexão dos conhecimentos não se produz sentido. Sem o estudo do sentido não se produz progresso. Sem o significado do progresso não se produz valor. Sem valor não há moral, ética ou interesse. Sem tais itens humanos, sem interesse, não há sentimento. Sem sentimento nos tornamos máquinas. Sendo máquinas não vivemos. Sem vida só resta a morte. Mas mesmo a morte vazia seria também inócua. Por isso o significado das ações, que criam valor, conhecimento, cultura, sentimento e interesse devem entender o organizar da produção. Do sistema de produção. As ciências sociais estudam isso. Esses valores humanos. Sem organização da produção com sentido de valores, nos tornamos autômatos presos no paradoxo supraescrito.

 E assim, apenas produzir por produzir gera alienação. Alienação é não diferenciação do objeto. E o que diferencia o humano dos demais animais é este "reconhecimento no espelho", a diferenciação para com o objeto criado por ele mesmo. Isso é básico nas ciências sociais. O animal que não se diferencia do objeto produzido não tem diferença com relação a ele. E daí pode ser manipulado como ele... Como se conduz um cavalo...ou a tal manada...

 A crítica das humanidades, das ciências humanas é não se tornar escravo dos desejos e tampouco do conhecimento de sentido adotado. Logo, antes de tudo é preciso produzir sentido. Quando o sentido não é dogmático(religioso) ele tem de ser adotado, produzido. Isso implica em filosofia e religião. E como foi subentendido, as ciências sociais (geografia, história, filosofia, economia, direito, antropologia, ciência política) tentam minimamente compreender o sentido que se está criando, retomando a verdade ontológica: "eu sou". Se sou, o que me diz que sou? (filosofia) Qual o sentido do e onde estou no tempo? (geografia e história) O que consumo?(economia) O que faço em contato com as pessoas?(sociologia) o que me diferencia ou iguala dos/ aos demais? (antropologia) Quem manda em mim? quem eu obedeço? (ciência política) O que posso fazer? (direito) etc etc são questões que tratam do ser. Do sentido. Pois, sem crítica, critério, sentido, ou volição chegamos ao mundo hobbesiano, onde a natureza comanda. E não há regras, ordem, poder, valor a não ser a luta de todos contra todos.

Logo, não há sociedade. Não há interesse em sociedade. Lembrando que inter-esse é amor. É o ser (essere),  intermediário latino. É o amor que faz o diálogo possível, pois concilia os seres diferenciados nos níveis de existência. Que se comunicam. Que comunicam sentido. Sem comunicação de sentido, não é possivel a sociedade. Por isso tudo vejo com bons olhos que haja mais interesse em trocas de sentido. Como diria Marcel Mauss, a troca funda a sociedade. Há troca de sentido, daí valores, daí bens, e até esposas/os. Daí a sociedade organizada.


 Finalmente, e para quem ainda tem paciência, a obediência é a fundição do sentido. É que em tais trocas epistêmicas a obediência prevalece. Se ainda faz algum sentido o lema positivista da bandeira, para um país como o nosso obter mais ordem e mais progresso, é preciso a dominância da obediência. Que só é conhecida na troca de conhecimento das ciências humanas, sociais. Quem não detiver este timão não pode ir à lugar algum. O tal primeiro mundo é simplesmente isso. Já alcançaram o nível da abstração. Nós parecemos que não, mas não nos diferenciamos. O parecer em escala platônica é abaixo do ser. Do existir. A luta do país não a-toa é pelo existir. Isso pode explicar nossa violência quotidiana.



 palavras-chave: diferença, étnico, culturalismo, multiculturalismo, "developman", híbridos, fluxos, fronteiras, indigeneização, transcultural, globalizado, cultura, pós-colonialismo, anticolonialismo em hall, subcultura, colonialismo, normatividade, sobredeterminação econômica, minorias, afirmação histórica, outro, sujeito, monoculturalismo, epistemes, modernidade tardia, redes, transnacional, imperialismo, homogeneização, lugar, origem, ressignificado, renegociação, fragmentação, crise de identidades, termo sob rasura, tradição x tradução, hibridismo, posição hifenizada, pós-nacional, reconfiguração,

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Free fall, second part

Free Fall Part 2.: Talking to myself in high tone to the others (5 / 9 / 2017 )

It is all here written above. 
The next time there will be no written words
But I will tell my truth anecdotes
Just to make you laugh with this mis-stake again
Noting that the coincidences that I realize
Makes no  sense apart my mind.

 I will get over myself and my id and my ego
To reach a new frontier

I.e. to communicate as a normal person
With the World
Now knowing that does not work or is logical
Talking about the selfless use
Of the useless self as I use to thought
And you detonated destroying my ideas over
the Buddha ideal
And proving that I love yielding.
So dethroning   this game of me,
If I can not talk of other people and about me at the same time
I understand that I am not been myself but projecting my shadow. This was strange for me because I used to do that unconsciously

and thinking that I was not taking an advantage of that 

but 

diminishing m-y-s-e-l-f to under/stand better the other's actions, 

And 

tough reflecting, thinking on them I could manage to try to be and understand my own behaviour. 

(And reading the last sentence again I am not sure what I meant with manage to be and understand me, maybe that's the point. The lapse.)

 I am  not sure  if  it means that my behaviour is concerned about the thoughts and (miss)judgments  of  the  others.  Mainly-even because or why I always thought to avoid it, that concern over concerns over others. Got it?

But... I am still wondering if to avoid or  to  forget  is a trace of a truly fault or would be a reinforcement to me? I mean,  if I know that I did or do so
but I want to change that thingmabob, am I been against my own natural aspiracy? Not for sure. This is what I have to be aware.
 Of  course, for me it is clear, that as a human being I can mould me as I evolve. And I am not saying that so to speak. I  really believe that if I see something wrong, that I consider unmatching, unfit with my personality and I am often repeating it, I can and have to do my best to change it.  And if I m not  been  sucessfull in  that changing process  I  only can start to modificate the things thanking to the person who is helping me to realize that without nodding only.  (And you know this person!?)
 Is it getting  better  or  worse?  Clean and clear or shadowed and obscure?  
I am thinking out-loud.  OR, at leastI am trying.


Em português seria melhor? Acho que não, porque faço esse tipo de textos com associações de palavras em ambos idiomas, daí vem rimas, que levam a outros pensamentos, lapsos, etc. Mas em português ocorre muito mais. Acho.




terça-feira, 20 de novembro de 2018

Paz

Paz

Estar em
Ter o
Ser um

Estar o
Ter um
Ser em

Sem o
Ter em
Estar um

Estar em paz
Sem ter um o
Ter o ser estando em

Paz

Até quando não a teremos?
Ou não seria uma questão essencial?

Estar em, estou.
Porém quero-a para todos.




quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Desassossegado


Desassossegado

Bota
desbota
Diz
desdiz
Vê-la
desvela-me


Ser
descer

O sim
ou não

Ir à
Desir de
Marte

Arte
Destarte
Martírio
Lançar-me
Ao Rio
Ao Mar
Desarmar-te

Sorrio
Desrio
Saborear-te
Desassoberbar-me
Amar-te
Desamarrar-me

Fácil
Desfácil
Fazer
Desfazer
o
Caminho
do
Meio
Descaminho

Em curso
Excurso

Corar
descorar
Colorir
descolorir
Escolher
descolher
Colher
desescolher
Instar
Desestar

Estável
destestável
Testável
Desestável
Instável
Detestável
adorável
Desinstável

Estábulo
Desestabanado
Desejável
Indesejável
Deitar
Dormir
Sonhar
Talvez

A sós
Dessonhar
Desdormir
Desdeitar
Acordar
Entre
Linhas
Em
Desacordo

Desenhar
Em desalinho
Destino
A desatino
Desafino
Desde cedo
Encontrar
Desencontrar
Mudar o destino
Desafiar o desatino
Desafinar o desencontro
Do inflável ego
Desinflável

Medir o bom fim
Pesponto
Véu
Desnivelado
Abarcado
Desembarcado
Assambarcado
Perguntar
Desperguntar
Responder
Desresponder
Remeter
Arremeter
Decolar
Descolar
Desdescolar
Colar
De pérola

Dinheiro
Desdinheiro
Contábil
descontável
Dito
desdito
Fito
desfito
Afeto

desafio

Girar
Desgirar
Aflito
Mudo
Desmudo
Mudar
Desmudar
O mundo
Desmundo

nudez
Desnudada

Dar
O desdado

Sensação de paz é
desejar profundo

Sentimento de guerra
Internado é

Sossegado
desassossegado




18/09/2017

Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

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Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.