"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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sexta-feira, 15 de maio de 2015

À Família

Era pra ter postado no dia do aniversário, mas não tive tempo. Ainda sim, resta a homenagem aqui.

À Família

Vai ao Céu a alma imortal;
Descansa o corpo pleno.
A metempsicose aguarda.
Da vida sobram as boas memórias;
Da morte, soçobram as inglórias.
Certamente, prossegue a vida!

Sem o Cronos, continuamos vivos em outra medida.
É mais feliz a vida que segue em frente
E vê o azul mesmo diante da tempestade.
Vê o azul adiante, em outra metade.
Assim, guarda nas eternas idades os amigos;
Resguarda na eternidade as amizades.

Estamos aqui para lembrar de sua vida,
Seu exemplo de ombridade.
Estamos presentes enquanto conhecidos,
Família, em amizade. Seguimos singrando,
Prosseguimos confiando nos exemplos,
Nas memórias, e no talento para remar.

Vislumbramos além-mar vosso brio,
Lembramos do homem que dirigia, remava,
Ordenava, intrépido, para que vivêssemos!
Da alegria em voz grave
À bondade em tom maior.
Do amor extensivo à família e ao labor.

Despedimo-nos com estas certezas, e com o chamado de Hipnos
Sabemos que Deus o conteve para o seu bem.
Sua estada na Terra, apesar de bem dispersa,
Estamos certos de que foi breve e tenra.
E porque a coragem em si sempre deteve,
Dá-nos força para seguir em frente!

Vamos em frente!
Que o brio do nosso tio mais experiente nos comova!
E nos mova em direção semelhante quanto ao caráter!
Quanto à luta incessante pela vida justa, pela boa vontade, pela coragem
De viver-amar se há tempo!
Que o tempo que nos resta nos seja generoso!

http://pensoativo.blogspot.com.br/2014/05/a-familia.html

terça-feira, 12 de maio de 2015

Metade do dia é luz


Metade do dia é luz, a outra metade ilusão
Algo endurece nosso coração na cidade, acho que o trânsito
Metade do tempo estamos nele, presos-pensando;
A outra metade é a vontade dele, tentando fugir.

A metade do dia é a luz, a outra metade, a ilusão da cidade.

Metade da noite é a Lua, a outra metade, sonho acordado.

Metade de tudo é horizonte, a outra metade, destino
Metade da vida é certeza, a outra metade, talvez
Metade do jogo é sorte, a outra metade, revés
Metade do corpo é beleza, a outra metade, impressão
Metade do estômago é fome, a outra metade, ansiedade
Metade do amor é partida, a outra metade, chegada

Metade de mim é amor;
A outra metade, também!

Meio
Amei-a,
meio
Amou-me.

Metade do adulto é criança; a outra metade-solidão.
Metade do mundo, esperança...
Metade da terra: céu.
Minha outra metade é você;
Sua metade partida,
Sou seu.

Inteiros, no entanto, já somos;
Falta-nos o senso da perda.
Esqueça esta noite fugidia
E vamos até o raiar
Da metade da lua, que, cheia,
Seria a metade do céu, coração.
E a flecha que de lá me atinge,
Parte metade do meu saber homem, metade da minha frieza
No entanto, comparte o amor
Recato no canto à metade.
Esmerilha a dor apregoando à feliz estadia.

Metade do desejo é medo, a outra metade, pulsão!
Metade do que sinto é assustador, a outra metade, paz:
Metade do tempo é meu
Pensamento, em toda a parte, em você.
Metade da metade é um quarto,
Metade da verdade, mentira
Metade do calor é repulsa,
Metade do caminho, aprendizado

Metade do que sei, desconfio
Mesmo assim arrisco-me inteiro
Pois, quero estar contigo do meio-dia à meia-noite! 
E na outra metade do tempo, também!

Metade do dia é luz,
A outra metade, ilusão...
Metade da noite é Lua;
A outra metade, sonho.
Metade do destino, caminho...

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Nunca antes na história se mentiu tanto.

Nunca antes na história houve tanto seguro-desemprego. Por que? Porque as regras mudaram. É justo receber três (3) parcelas depois de trabalhar seis (6) meses? Depois ad infinitum fazer o mesmo? A extrema direita quer o fim do seguro-desemprego, a esquerda ao extremo ignora a matemática; E o abono de um mês após trabalhar três, é justo? Diz-se que são distorções.

 Assim, banqueiros e a dívida interna continuam felizes, crescentes; O pré-sal poderá finalmente ser redistribuído para empresas internacionais enviarem nossa riqueza bruta para o exterior, para, na sequência, comprarmos refinado, com a "crise" na Petrobras e seu sucateamento político - Lembra a Inglaterra e o ouro? Quem bate panela está hashtag chateado com a corrupção, pois agora é imoral e engorda bolsos inimigos. A Câmara dividida não sabe se o autoflagelo e a autocrítica são coisas boas de fato, leia-se, se darão voto; As concessões novas sendo feitas rendem dividendos a empresários comunistas novos-ricos.

 Então, a sensação de estelionato eleitoral é o que fica numa primeira análise, já numa segunda sabe-se que não se pode realocar recursos tão facilmente e descumprir contratos internacionais de investimentos na dívida pública, afinal isso dá decreasing no rating: perde grau de investimento. E, por incrível que possa vir a parecer, o trabalhador nunca ganhou tão bem e teve tanto crédito e direitos observados.

 De outra parte, o acesso à informação-que-importa inexiste e a Polícia Federal (PF) nunca trabalhou tanto: há doze anos a globonews tinha 40 mil assinantes, hoje tem algo na casa dos 4 milhões. O número de investigações e prisões da PF multiplicou por mil em 20 anos. Literalmente. Mais globo, mais poder nas mãos de quem...?... Mais informação-que-importa=mais crítica. E onde está a crítica? Em parte alguma. Temos apenas discursos de vários e muitos. Vários não quer dizer nada. Muitos, idem.

Em suma, o poder continua com as mesmas pessoas de sempre,  elas só trocaram, melhor, tingiram a cor de suas camisas, afinal, o dinheiro não tem cor e o que corrompe é o poder em si. Maquiável já nos avisara. Só que não: o poder é cambiável: Isto é democracia.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Tempos

Tempos

Novos tempos, novas regras.
Isto é, revolução.
Velhos tempos, velhas regras.
Quer dizer, conservação.
Tempos líquidos, regras líquidas.
Qual seja, liquidificador.
Fluidez.
Tempos pós, pós tempos.
Logo, maquilagem.
Bons tempos; tempos maus.
Em suma, maniqueísmos.
Tempos quânticos, quantos tempos.
No átimo, binarismos.
Em tempos como estes, há de se viver enquanto ainda há tempos.
Dois tempos, quatro tempos.
Por assim dizer, tempos motores imóveis.
Em tempo, vai chover canivetes.
No tempo, escreve-se a história;
Fora do tempo, escreve-se a estória.
É preciso estar sempre a tempo ao tento.
E aos tempos, plural singular.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Adoro

Adoro

Adoro a meia-luz
Essa luz solene, sonora, sonífera...
Silente, sobretudo.

Adoro a luz solar,
Este brilho intenso, vivo, pungente,
Brilhante, brioso, brindante!

Adoro-a ao luar,
Reflexiva, guiando a Lumiar,
Intensa, romântica, um tento
Qual o amor!

Adoro-a à meia-luz,
Repetindo, sendo enfática
- com a calma necessária.

Adoro-a ao meio-dia, posto o dia,
Adoro-a ao luar, posta a noite
Ao nela pensar em quanto a adoro
À luz dourada, ou cisplatina
- ou mesmo sonhática.

A qualquer luz, ou no escuro,
Adoro-a, sem, no entanto, a idolatrar.

Adoro-a com ouro, sem ouro,
No dormir ao acordar,
Ao dar a cor, a adoro
Do acordar no dormir - ao não-dormir.

Simplesmente, a adoro!

Adoro-te, e sinto a boa dor.
Mais do que adorar, amo-a!
Sem sabê-lo, sem sabê-la
- sabendo-a!

segunda-feira, 4 de maio de 2015

vertical poema bilingue 1

vertical poema bilingue 1

a verdade é um caminho
e o único caminho é o destino
fato. Destino.
sono, juízo.
não saber como dar nós
dissabor prazeroso, por favor
entenda sob tudo o subterrâneo
das coisas dos dedos: dos medos.
temores, sabores, saberes.
são legados legais e leais a ninguém
irritado, chateado, enjoado. mas ...
amanteigado, bateria, morcego
a noite, cegos.
portanto, justos.
entretanto, todo pedaço.
é um pouco. menos ainda.
nada.
apenas
você sabe

the truth is a path
and the only way is the destination
fact. Fate.
sleep judgment.
not knowing how to tie knots
pleasant unpleasantness, please
understand everything in the underground
the things of the fingers: the fears.
fears, tastes, knowledge.
They are legal and loyal legacy to anyone
angry, upset, sick. but ...
buttery, battery, bat
the night blind.
therefore righteous.
however, every bit.
it's a little. even less.
nothing.
only
you know.

poema bilingue vertical 2

poema bilingue vertical 2

surdo e morte.
sabe agora
a morte é a hora
de estar e morar
estar entre abelhas
ser luz
leve
suave
a morte é surda
o amor, cego.
logo, o amor é justo.
e o que não é. (?)
deixa de ser.
deixou de ser.
já não pode ser.
a não ser.
que mude.
seu ser.
ouvindo.
as dores do nascer.
a morte é agora
amo-te, agora
amo-te
ah!,
 hora.



deaf and death.
You know now
death is the hour
death's time.
living and live
be between bees
be light
light
smooth
death is deaf
love, blind.
logo, love is fair.
and what it is not. (?)
nonetheless.
longer.
It can no longer be.
unless.
that change.
his being.
listening.
the pains of birth.
death is now
I love the now
I love you
oh!,
 time.

poema vertical bilingue 3

poema vertical bilingue 3

as somas dos sóis
tempo
não me deixe
a sóis
a soma dos dois
vento,
não me leve
a sóis
a massa do ser
luz
não me suma
assim

the sums Suns
time
do not leave me
the suns
the sum of the two
wind,
do not get me
the suns
the mass to be
light
Do
not short me
so

Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

Minha foto
Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.