"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Vida Bactéria

Vida Bactéria

A vida é pétrea, e fugaz.
A vida é microbiana, e algas.
A vida é real, e artificial.
A vida é surrealismo e con cre ti s mo
.

A vida porém não passa, como o tempo
Ultrapassa,
Como o vento.
O tempo é como um vento,
Vento em formato redondo.
Qual não é um tornado e
Aind'assim pode causar grande estrago.

Agora em laboratório se desfaz o segredo da vida;
Só nos resta o segredo da morte.
Acabar com essa presunção humana é algo duro,
Mas, decerto, há esperança no ser futuro.
E este ser, que não existe - ainda está sendo inventado -
É a cura daquilo que não é doença,
Ou a doença daquilo que não é curado:
O humano, trágico humano.

Sem presunção, ética ou sensação, até o limite é pouco.
Ilimitando a tudo a vida ganha fatores desumanos,
Provando assim a experiência superior a seu fim.
E a lógica, o nexo e a necessidade se perdem.
Como um louco de cor e ar,
Pode tudo maltratar,
Sem pensar.

Os fatores não são limites, são alvos.
Os alvos não são visíveis, mas óbvios:
Destituir o sentido do cronológico.


YUri CAvour

terça-feira, 15 de junho de 2010

Frações da Vida

Frações da Vida

A vontade do medo não é temê-lo, nem tê-lo
É a ausência afirmando e confirmando suas margens
Nenhum adjetivo é mais poderoso do que esta imaginação

Mas enfim todas as bobagens juntas não somam nem somem
E assim todas as mentiras juntas não dizem ou erigem
Com esta afirmada margem não consensual

De tal modo é fácil ver o erro e o insistir
E agonia extrema e exagero
Do puro sentir

Medeando e deixando de lado
Deixas e madeixas
Corta-se a ponta

Em qualquer coisa de irreal que assume o inato
(A)credita-se à mente o mesmo fato
E um incipiente baque é suficiente

Cabe agora num mesmo recipiente
A porção de toscas coisas medidas
A invenção de receita da médica

Algas que transpiram bons momentos
Agora são poluídas e matam eras...
As reticências deixam à espera

Assume assim a ciência o seu sapere
Devendo ainda assinalar o seu "ignorum"

Porém num mesmo fórum juíz e réu
Assumem um ofício de um não-papel
E representamos todos cúmplices e álibis

A máscara uníssona de nossas pessoas
Não soam mais inverídicas do que as nossas
Incontroladas vontades de nada

Em cada trecho de seu de contorno de estrada
Damos meia volta para chegar ao rumo
Àquele caminho certo de que fugíamos

Por hora parece a boa dormir e sonhar
A hora pede a espera e ela espera
Certa de que a esperança acabará

Morte não é o fim da mesma no entanto
No entorno e no momento da memória
Somente a arte encurta a trajetória

Por isso isto essas e outras são palavras assintóticas
Levam-nos a reemissão de um fim imaginário e abstrato
Sem nos deixar uma alternativa de rota, arremata-nos

Remamos assim com força sem fim
Torcemos o sentido da reta imposta
Caducaremos da boa resposta

Compreender é no fim das contas uma fração
Daquilo sem pedido menção e monção
A estada percebida como em vão

Duradoura entretanto


YUri CAvour

Sem con(tro)versas

Sem con(tro)versas

A vida não escolhe,
recolhe
A vida não caça,
caçoa

O ser da vida não é,
estigma
O ver na vida fica a dever,
navios

Não naufragamos por sorte,
mas por azar
Nos encontramos perdidos,
no mar

E a vida breve ou madura,
não dura
E a vida abrevia e envia,
à láctea

Vontade de reconhecer em ti,
sem ti
Tentando encontrar em algo,
outra alga
Descaminhando rumo ao Sul,
Meu Norte

Em tentativa errante durmo,
e acordo
Extasiante sono da morte,
da vida
Sossobram as esperanças,
feridas

E alternando a escolha certa,
espera
Por uma boa resposta,
irresoluta
Mas o fim é mesmo essa vida,
Ele crê.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Quando se ama de verdade.

Quando se ama de verdade.

Quando se ama de verdade se vai até o fim;
Quando se ama de verdade não se vai até o fim.
Se vai até o fim, esgota, o fim, com amor.
Nunca esgota o amor. Não deixa o amor correr por este bueiro.
Extinguir, exterminar e todas palavras violentas não têm vez.
Esgotar é uma palavra violenta e sem cabimento na poesia do amor.
O amor é puro, inconsequente, inconsciente, inesgotável: dá-se em gotas.
E duplo, quando translada, envolve. Movimenta a rotação dos olhos a uma direção errante.
Errante e constante, fixa naquele ponto azul.
Constante e distante, certa de um querer final.
Não há fim, há eternidade.
E são sentimento, que é eterno, nunca acaba na redundância óbvia da cochichada frase de amor.
Aquela cochichada da redundância paradoxal, a qual é sempre diferente e sempre igual.
Não pode haver mais de um amor em concomitância? Mas há sempre a ex-pressão amor!
E esta expressão não é simples, é múltipla.
Não distingue, iguala.
É quase o infinito na Terra, mas é a Terra no infinito do espaço vital.
E comanda o ritmo do coração alheio pelo simples subir e descer das costas arqueadas, num movimento de escrever regular e disciplinado.
Movimento o qual a tudo dá respaldo, e inspira a permanecer atento, observando.
E não acreditando no simples olhar fugo, e agora quase consciente.


p.s.mais uma aos semeadores...

Semeador sem medo

Semeador sem medo

Agonias transformadas em silêncio sepulcral.
Metáforas traduzindo idiomas do corpo.
Ilusões perfazendo o caminho da mente insana.
Do simples caos é gerado todo o absoluto.
E assim o devir esmaece, perde o esmalte.
Em sequência o lúgubre dá lugar ao funesto.
E confunde um requiém com uma serenata.
Aproxima do sofrimento a felicidade.
E a loucura se instala.
Não estancada a tempo pode infartar.
E infarta.
Agora a luta.
A luta pela vida destemida.
Comandada pelo medo da incerteza.
Trescuidada pela amiga da natureza, a qual fora verde e agora é carne.
Destoa a todo instante porque é constante, singela.
Desperta um sentimento para, logo em seguida, perprendê-lo.
É chamado então de medo.
Mas não há motivo para temê-lo.
Aceite-o, a pergunte.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Requero

Requero

Quero te escrever
Tenho que escrever
Não posso esquecer
Quero lhe ver
Tenho que lher ver
Porém não é só querer
É ter
e não ter
É sofrer
E sofrer
É dor

Tenho o que não quero
Pois tenho
Dor.
E não tenho o que quero:
Te quero,
Amor!

Quero-te tão bem
E quando quero
É sério.
O querer não é o ter
Mas te ter
Eu quero.

E quero porque sei
O que espero.
Esperar não é sofrer
Só se espero
Porque quero.

Mão não quero esquecer,
Sofrer e espero,
E escrevo
Porque te quero.

Requero que te quero:
Quero-te tão bem,
Sim, eu quero!

Yuri Cavour

Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

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Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.