"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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sábado, 28 de agosto de 2010

O tempo e o espaço são curvos. Portanto, quando distorcemos algo estamos pondo este algo a sua forma normal?'

Aqueles que não concordam exatamente com o relativismo entendem o que estou falando, não entendem? Preciso de mais contra-argumentos para me convencer do contrário. Convencer-me de que todo relativismo não tem lá suas falhas.

A questão parece perpassar uma necessidade de massas negativas, pois, o tempo e o espaço só se curvam na presença de massa, e para descurvá-los seria necessário massa negativa. É um raciocínio lógico. A anti-matéria, com seu spin oposto à matéria talvez sirva. O problema é manuseá-la.


Last true

Last true

I'm not fool but I'm felling a empity skull
I want tell you what I knew and what I feel.
Isn't true that I couldn't do this in a common way,
Just this is not my saying, it's my pray.

I have to do this without a mistake, as a law;
We can be our best confidents at all.
On the other side, I will fall
In this mantrap once for ever
And I never want to be a hidden man
With a feeling besides my brain
Keep suffering under the skin
For you.

For your safety and agreement
That we can found the judgment
Of the most truly voice: the heart.
Let's start what do not have a end
And finish what also cannot demand
A stroke to a heart in a cage.

I want you, with your fellings, spelling and true.
This new-soul winds will lead me back to you
And the windmill give me the lack as the tool
To the hope.
My last feel(ing) that only you can fullfill.

Yuri CAvour





p.s.read as: 'feeling' interchanged by 'fuel' or 'feel' (+ING)

Rio os "royalties"

333,33 reais por ano para cada cidadão fluminense é muito?

Não parece muito, mas é isso tanto que perderiam os cidadãos fluminenses com a redistribuição dos "royalties" do petróleo. Não parece muito: 333 reais por ano são quase 30 reais por mês: são R$27,78 por mês, ou noventa e três centavos por dia. Isso é muito?

Se for, basta aumentar o preço do pão francês em três centavos a unidade (dos atuais 40 centavos para 43 centavos, na média), o do combustível para veículos automotores em 11 centavos, o do feijão e arroz em catorze centavos cada e o dos remédios em 51 centavos para cobrir a perda dos royalties. Ainda não parece muito. Isto, é óbvio, se esses valores fossem impostos dados (cobrados), destinados para as mesmas áreas para as quais supostamente os "royalties" são (e se comprássemos todos estes produtos todos os dias).

Quer dizer, a questão dos royalties parece mesmo ser semântica, de ordem da violência, do respeito e da política. A letra da lei diz uma coisa, mas o foro íntimo pede outra. Um valor constitucional não é superior ao outro, há de existir a proporcionalidade, o equilíbrio nas leis. Como ao mesmo tempo é possível garantir a distribuição da riqueza à entidade Federação e dizê-la insconstitucional segundo a letra da lei? A lei está ambígua, contraditória ou demais interpretável? E se a lei está sendo modificada, não se pode reclamar inconstitucionalidade, pois talvez a lei anterior fosse inconstitucional e por isso estaria sendo modificada? Então, outra vez a geografia comanda a tudo. A questão parece injusta se contabilizado o dano imediato ou futuro, mas não parece se levantada a hipótese de ganho imediato e futuro: a diferença está no lugar. O lugar da distribuição foi o que mudou, mas o dinheiro é o mesmo. Cidades que antes não tinham nada agora terão algo, e as que muito tinham terão muito menos.

Se as cidades detentoras de riquezas petrolíferas reclamam do aumento da população e dos danos ambientais, sabem que podem agora ver esses números variado. Talvez a população sem trabalho migre, talvez mude de emprego, talvez vá poluir em outro lugar, utilizar o hospital público de outro lugar. Este outro lugar terá agora dinheiro do petróleo. Poderá investir com ele, utilizá -lo bem ou mal. Ademais a questão geográfica há a questão egoística.

Trinta reais(~R$27,78) não é o preço de um teatro, em um fim de semana, ou de uma partida de futebol? Gastar isto de uma só vez numa hora e meia parece pouco, mas em um mês parece muito. Existe aí algo errado. Um equívoco de contas, no mínimo. Diz-se ( o Governo) que a população é quem de fato perde, não o Governo; e diz-se (não o Governo) que o Governo perde e, na sequência, a população, pela perda de serviços ou por pagamentos de salários e outros investimentos. Sim, o salário é um investimento para o governo, e ele o trata assim ao reservar o dinheiro oriundo de um investimento (que é a exploração do petróleo) para pagar salários ( segundo o atual governador do Rio...).

Que esperar de novas interpretações para leis constituídas, e alteradas? Que se mude de lugar aquele que acredita na falência das Olimpíadas e da Copa, que se vê incompetente para administrar sem investimentos petrodolíferos. Que se enxergue o progresso da bandeira nacional como lema nacional, e não local como se vê e diz: que eu progrida e os outros venham até mim, até meus pés. Expulse as massas inertes saboreantes do petróleo. Doe a elas o seu regado fim de semana no cartão de crédito, pois crédito só há para quem tem dinheiro em conta, ou parece um bom investimento. Para o salário não há crédito, para os serviços públicos de qualidade não há crédito, para o meio ambiente não há crédito. Mas, espere, estes não dão retorno?

O salário volta con"sumindo-SE", pagando escolas; os serviços de saúde pública atendem quem não pode trabalhar por estar doente e o meio ambiente... até turismo ecológico há! Dá retorno, se preservado. Qual é então a ordem dos investimentos do governo para a população? Educação, Saúde e Lazer. Pontos satisfeitos. E a ordem dos investimentos para o mercado? Laissez-faire, laissez-consumer et laissez-mourir.

Examine na sua consciência: Trezentos e trinta e três reais por ano é muito para você? No que você investiria? Na poupança ou na bolsa de valores?

15.000.000: quinze milhões de pessoas é a população do Estado do Rio.
5.000.000.000: cinco bilhões de reais é quanto por ano perderá o Estado do Rio.
5 bi / 15 mi = 333,33.

No fim das contas, até parece muito.

Ah, o Petróleo é nosso! por mais abígua que essa exclamação seja...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dúvida, desejo.

Pensamentos principiais.

Desejar mais é algo bom, duro. Dúvidas existem para dar ao ar a graça. E assim se faz a vida. Cheia de desejos e dúvidas. Não sei ao certo porque temos tantas dúvidas, se no fim das contas não controlamos a maioria das situações apenas por falta de desejo. Sim, a perspicácia a tudo vence. Pense em uma situação na qual lhe bate uma forte dúvida... O que pode resolver este dilema? O grau do seu desejo de resolvê-la. O que pesa aqui é a palavra resolver. Pois as coisas se resolvem, para o bem ou para o mal mas se resolvem. Entretanto, talvez nunca saberemos do meio termo, pois ele de fato não existe, é apenas mais uma parte da dúvida não resolvida pelo grau do desejo. Abstraiamos, abstraiamos, abandonemos o desejo.

Que é amor

Esse texto é sensacional pela história da palavra. Ademais gostei dos comentários.


http://revistacult.uol.com.br/home/2010/05/amor-platonico/#

Marcelo P. Marques

O “amor platônico” é um dos estereótipos mais conhecidos da tradição ocidental. Se olharmos de perto os textos de Platão, ficaremos surpresos com o quanto suas ideias são distorcidas. É comum dizer que o “amor platônico” refere-se a uma relação na qual aquele que ama idealiza o outro: a pessoa amada é ideal e, portanto, inatingível. Tamanha é a distância entre o sujeito e o objeto de seu “amor”, que o outro nem fica sabendo que é amado. O texto mais conhecido de Platão sobre o amor é o diálogo O Banquete, no qual se narra o encontro de cidadãos atenienses dispostos a elogiar o deus Eros.

O amor é e não é um deus
Para os gregos antigos, o amor é um deus e tem nome próprio, Eros. Segundo Hesíodo, por exemplo, ele é um dos deuses mais antigos e atua no universo agregando os elementos e os seres.

Em O Banquete, de Platão, o personagem Fedro começa elogiando Eros como fonte dos maiores bens, inspirador dos amantes e instigador do arrebatamento nos heróis. O segundo a falar é Pausânias, para quem, na verdade, existem dois deuses: Eros urânio (celeste) e Eros pandêmio (popular), um associado à força educadora da excelência humana (virtude), outro ligado à satisfação dos apetites, de maneira irrefletida. Para o médico Erixímaco, Eros organiza os movimentos dos astros, ordena as estações e atua nos corpos de todos os seres, provocando cópulas e associações variadas. É assim que as ações do agricultor e do médico devem levar em conta a força erótica divina, seja para ter boas colheitas, seja para promover a saúde. Também o músico deve contar com o favor do deus para criar acordes, ou, sem ele, provocar dissonâncias. Agathon, o poeta trágico, propõe, por sua vez, um só Eros, do qual pinta uma imagem positiva exacerbada: ele é o mais belo, o mais jovem, o mais feliz, o mais hábil, o mais corajoso, o mais temperante; ao agir, só favorece coisas boas, como a paz e a familiaridade entre os seres.

Mas, por outro lado, o amor não é um deus. Na verdade, ele é uma dimensão interna ou estrutural dos seres humanos, força que determina as modalidades de atração, seja no sentido da procriação, seja no sentido da satisfação dos apetites, propiciando um apaziguamento que ameniza a vida e permite que todos se ocupem de seus afazeres. Segundo Aristófanes, o poder de Eros surge do fato de os humanos terem sido cortados ao meio, o que faz com que passem a vida buscando suas metades perdidas. Seja pela reprodução, seja pela satisfação proporcionada pelo sexo, é eroticamente que os indivíduos tentam restaurar sua antiga natureza.

Quando chega a vez de Sócrates falar, ele recorre à fala da sacerdotisa Diotima, para quem Eros não pode ser um deus, afinal, quem ama deseja algo que não tem; logo, o amor é uma carência. Se ele é desejo de coisas belas e boas, não pode ser belo nem bom, pois, como potência interna ao humano, não tem ou não é aquilo que busca. Os pais de Eros seriam Penia (pobreza) e Poros (recurso); mas, em vez de deuses, eles acabam se transformando em causas imanentes que fazem parte de uma nova concepção do amor: não sendo nem bom nem mau, nem belo nem feio, nem sábio nem ignorante, ele é um ser intermediário, uma potência que se situa entre o divino e o humano.

O amor é e não é um sentimento
Segundo alguns, o amor é um sentimento, ou melhor, um modo como os seres humanos são afetados perante objetos ou seres que os atraem e os marcam. Para Fedro, o amor é uma espécie de sentimento de solidariedade civil, que move os indivíduos a se associar e a construir pactos; um sentimento de amizade, reciprocidade, levando ao cuidado com o bem do outro, nobre e elevado. Em seu grau máximo, ele é o que leva o amigo guerreiro a morrer pelo seu companheiro de armas, ou ainda a fazer com que a esposa se sacrifique pelo marido.

Quando Pausânias propõe dois tipos de Eros, separa o ato de amar da maneira como realizamos esse ato. Se o ato de amar é, em si mesmo, indiferente, o sentimento que marca o modo como amamos faz a diferença; o amor instintivo e irrefletido é vil, porque não traduz uma consciência do outro. Mas o amor elevado é o sentimento que nos leva a desejar e promover o bem e o crescimento do amado.

Já na perspectiva de Aristófanes, o amor não é mero sentimento, mas algo permanente, como um modo de ser da espécie humana, na medida em que está presente no fato de sermos estruturalmente incompletos. A busca de completude determina-nos, fazendo-nos estar sempre voltados para o outro. A essa estrutura carente combinam-se graus maiores ou menores de consciência, que, por sua vez, determinam nosso modo de ser e agir.

Entre o sentimento e a estrutura, passam a entrar em jogo ainda as dimensões da significação e do conhecimento, pela dimensão da consciência da falta, que está relacionada com a consciência do outro: depois de cortar os seres humanos ao meio, Zeus gira o rosto para o lado do corte. O que eu entendo que sou, aquilo que eu significo para mim mesmo é correlato ao que eu entendo que o outro é, ou o que o outro significa para mim.

A consciência do corte está ligada ao sentimento, mas é mais do que uma experiência transitória: o indivíduo cortado tem a oportunidade de aprender que o outro não vai restaurar sua unidade originária; ele pode, assim, pela vida compartilhada e a satisfação que a convivência proporciona, amar e trabalhar de modo construtivo, menos desesperado, talvez. Sócrates critica, por um lado, a ideia de que o amor seja apenas a busca de uma suposta cara-metade; por outro lado, reforça a perspectiva que leva em conta a consciência da carência: quem sequer imagina que é deficiente naquilo que não acredita ser-lhe necessário não é capaz de desejar verdadeiramente.

Segundo Diotima, se o amor é busca, ele é um movimento que parte da falta e vai na direção de uma possibilidade de plenitude. Mas, se ele se tornar posse, deixa de ser o que é, pois perderá a qualidade de ser intermediário. Como processo, o amor parte de uma determinação ou qualidade e vai na direção do seu oposto; o feio busca o belo, o sem recurso busca o recurso, o que é ruim tende a buscar o que é bom, o ignorante deve tomar consciência de sua falta de conhecimento. O amor é decisivamente “um ser entre”.

Essa ideia do amor como processo permite associar intimamente amor e conhecimento: o amor fica entre a ignorância e o saber pleno, e a reflexão sobre o amor pode ser lida como uma definição da própria filosofia. Pois, quando o ser carente encontra o que busca, na beleza ou na excelência do outro, torna-se grávido e tem necessidade de gerar. Amar, então, é gerar na beleza, ou seja, produzir algo perante o que é belo. Para falarmos em geração, temos de supor alguma plenitude, alguma suficiência que, finalmente, transborda, vai além da mera falta e produz algo novo.

A geração deve ser pensada tanto no plano natural como no cultural. Os seres vivos estão em permanente transformação, tornando-se constantemente outros, perdendo o que têm e fabricando-se novamente. No plano biológico, a geração de outro ser é preservação da espécie; na dimensão cultural, a geração dá-se no plano da significação e do conhecimento. Um ato justo, uma atitude significativa, a produção de bens culturais são modos de constituir eroticamente a rede de valores e significações que o mundo humano é. Seja como preservação da espécie, seja como fabricação da cultura, amar significa buscar recursos para lidarmos com nossa mortalidade. Como indivíduos, nascemos carentes e morremos sozinhos, mas, como membros de uma espécie e parte integrante da comunidade humana, reunimo-nos aos nossos iguais e sobrevivemos, ou seja, permanecemos como sentido humano maior.

O amor é loucura e filosofia
No mito dos seres andróginos, contado por Aristófanes, quando dois seres cortados encontram suas metades, perdem a noção das coisas, ou seja, ficam agarrados, numa busca enlouquecida de saciedade. Por isso, param de cuidar de suas vidas, não se alimentam e acabam por morrer de amor, uma metade acoplada à outra.

A ideia de que o amor seja um tipo de loucura aparece também em outro diálogo platônico, chamado Fedro, no qual Sócrates discute os benefícios e os prejuízos de uma relação amorosa. Haveria tipos diferentes de delírios divinos, dependendo do deus responsável pela possessão: ser possuído pela Musa leva-nos a fazer poesia; ser possuído por Apolo permite-nos prever o futuro; ser possuído por Dioniso torna-nos iniciados em certos mistérios; ser possuído por Eros torna-nos filósofos. Mas, se filosofia é amor pelo conhecimento, não pode ser um desvario irracional. Deuses e ignorantes não filosofam, porque se creem sábios. A maioria dos humanos ignora sua própria ignorância, por isso age irrefletidamente. Quem toma consciência da ignorância estrutural da humanidade são os que filosofam, buscando nas coisas toda a racionalidade de que são capazes. No horizonte dessa busca, o filósofo postula um máximo de inteligibilidade, chamado de “ideia”, “forma” ou “essência” inteligível.

Por ideal, em Platão, não devemos entender algo idealizado, mas um modo de ser radical, cujas determinações sejam puramente inteligíveis. Esse máximo de ideação é mais uma aposta e uma exigência do que uma constatação; aquele que filosofa parte da precariedade e da finitude das coisas e dos homens. Para compreendê-los e educá-los (pensá-los no seu melhor), é levado a postular algo que não conhece, mas entende dever existir, apesar de invisível. A essência, então, é alguma coisa à qual temos acesso por meio da inteligência. À medida que é pensada e desenvolvida reflexivamente (diálogo), passa a ser posta como referência; algo divino, porque para além da mortalidade humana; objeto que atrai e orienta o amor e a linguagem humana.

Assim, o objeto dito “ideal” não é um objeto perfeito imaginado nem mera projeção gerada pela carência. O objeto inteligível é proposto como algo a ser pensado, conhecido e amado. Se o amor é filósofo, ele é construção racional e progressiva desse objeto. Não é a idealização ingênua da figura do ser amado, mas é abertura para o outro e, progressivamente, para uma alteridade inteligível; ele implica a relação entre corpos e almas, sempre em movimento, rumo a algum tipo de imortalidade.
O movimento do amor não pode parar: além dos belos corpos, das belas ocupações, do bem comum, dos valores políticos, da convivência na cidade (pólis), ele é exigência máxima de racionalidade, buscando a causa de tudo o que é bom e de toda beleza.

Busca de consciência e conhecimento máximos, o amor filosófico é exigência de beleza pura, mas sabe-se finito e limitado, mesmo que desejando sempre mais.

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Comentários (2)

*
Siegfried |
08/05/2010

Muito bom, mas… “ser entre” é ‘inter esse’ ou seja, um profundo interesse, o amor é isso sem dúvida! Essa ‘coisa’ gestada e não parida, bela, boa e verdadeira, só se realiza no amor humano com alguém, – o ideal não está separedo do carnal ou corporal. Algo somente inteligível é um “loucura”. Entendo que Sócrates ama aquela mulher e gesta cultura e filhos. Eros, Ágape e Philia se realizam no mundo. E é “eterno enquanto dura” como diz o poeta.
*
Pablo |
14/05/2010

Parabéns pelo excelente texto. Marcelo P. Marques conhece muito bem o assunto porque é professor,um grande mestre.
A Cult sempre fala com propriedade dos assuntos que escolhe, não entrega em mãos incapazes…

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Estação bela, fera

Estação bela, fera

Primavera.
Estação
Bela, fera

Longe, Paisagem?
Miragem.

Não há ondas de maior beleza,
Beleza solstícia.
Não há nos ventos maior frescor,
Frescor níveo.

A forma ou formato depende da época
E agora, hoje, quem fala é Tobias, Barreto,
Bilac, Drumond, inspirações, indiretas...

Sinto apenas a brisa e a brasa
Simultânea, presente, afaga.
Sinto apenas na pele e na face
De verdade, viva!

O verde é presente da natureza
Que a geografia e a história permitem.
E mais viva é a alma, sincera!
Na chuva, tímida, não dança...

Então, compreenda: o frio e o sol
Cabem no mesmo tom
E na mesma pele...

E noto, anoto:
O brilho incontido
Criança
Da lua
Combinando ao raio solto
Solar
Da rua.

Quer estar próximo e foge
Para esbarrar no auge
Sem contar infâmias

E espera por ser ela
A chuva, nublada
Assim, delicada, ou rocha
Com pétalas, ou bruta.

Enxerga apenas miragem
E foge.
Paisagem...
Captura-se de cinco em cinco
Segundos errantes:
Pálpebras não se cansam.

E sempre esteja ela
Chovendo, com sol
Mais bela.
Azul amarela.
Do mar ou da Hera.

Se espera, espera
Com fé
Carioca, mineira
De crista, de onda;

Se caduca, padece
Duma resposta
Sem questionar, no entanto;

Miragem.
Assim ela, naturalmente bela
Fria quente, chama
É uma felina manhosa
E a todos provoca.

Mas dor só sente quem sente
Algo mais
[Longe, paisagem...

Parecendo sempre distante:
Intocável mas presente
Em todo o instante.


Yuri Cavour Oliveira

Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

Minha foto
Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.