"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Que é dinheiro

Dinheiro é uma moeda de troca.
Moeda troca é um valor fictício estabelecido em estranho acordo.
Estranho acordo é quando o mais ágil consegue obter alguma vantagem sobre o menos ágil, o enganando.
O engano é estar de acordo com qual agiota.
De acordo com este engano, estou rico.
Estar rico é ter muito dinheiro.
Muito dinheiro é uma forma de opressão.
Opressão é poder.
Poder é algo que não existe mas subsiste pela crença.
Crença é antropologia: mito e rito.
O mito é algo sustentando pelo rito.
O rito é um costume organizado.
Costume é a repetição de um ato.
Agir é ser livre.
Liberdade é não ter dinheiro.
Ou não sê-lo.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Banco dos Brics


Banco dos Brics- Que são bancos e para que servem?

 Bancos são a espinha dorsal do sistema econômico (que não existe, pois tudo é política), e o vigente é o sistema capitalista. A partir de um banco o dinheiro   se multiplica - com empréstimos a juros, embutidos ou não -, circula ; há possibilidade de investimentos; o crédito é criado, há financiamento, para bens móveis e imóveis, para o crédito pessoal, da pessoa jurídica e empresarial. Um mundo sem bancos gera menos riqueza, pois menos endividamento, o qual advém dos já citados créditos à financiamentos.

 Isto posto, temos de pensar em três tipos básicos de bancos como existindo: o mais conveniente às pessoas físicas, aquele dedicado às pessoas jurídicas e os bancos de desenvolvimento. Excluiremos os Bancos Centrais, pois sua função é basicamente arbitrar: emitir moeda ou retirá-la de circulação, controlar as taxas de juros, atuar menos ou mais no mercado financeiro para fins de equilíbrio de moeda estrangeira e  outros, criar índices e metas artificiais, governamentais. Dentre os três restantes supracitados, o que nos interessa no momento é um tipo de banco de desenvolvimento.

 Trata-se de um banco internacional, criado recentemente justamente por países ditos em desenvolvimento. Trata-se de um banco a competir com o Banco Mundial - não é essa  a regra do livre-mercado?-  e com um fundo monetário internacional. F.M.I. Tal Fundo é um consensuado da capital do capitalismo. Qual fundo, com suas metas e regras ao financiamento, ao longo da década de 1990 contribuiu para acordos (e açodamentos), endividamentos, abertura ao livre-mercado, à livre-concorrência, de/ e entre países em desenvolvimento. Na América Latina, temos dois casos emblemáticos: Argentina e Brasil. Deixemos (e deixamos) os hermanos de lado, esta vez.

 Então, temos o "case" brasileiro: sujeitando-se às regras do Fundo, consensuadas em Washington (em 1989), o país tentou seu salto quântico ao desenvolvimento. E, no meio do caminho, sofreu uma década com qual emaranhamento: a crise no México, na Espanha ou Argentina (em 2001) robotiza o mercado e todos perdem.  Quase todos. Acentuemos à exceção aos credores do F.M.I. ! Para eles, quanto mais os países em desenvolvimento se endividassem, melhor, pois haveria garantias de dependência, F.H.C. previu tal fato, excluindo da análise o pensamento ou a premissa ingênuo(a) de que bom para os credores é o pagamento em dia, ou seja, a co-dependência. Pois, eis que os juros a espera da celebração .

 Pois bem, o Brasil ao longo da década de 1990, mudou de moeda mais uma vez, pareando-a ao dólar, erradicou a acerba doença da hiperinflação + juros à estratosfera e se arrochou às metas do F.M.I., também privatizando, concedendo à iniciativa privada os ônus e bônus dos mercados automotivo, de telecomunicações, infraestrutura (portos, estradas e aeroportos). O país teve de se vender ao capital externo porque se afundara em dívidas, em parte devido ao descrédito de suas instituições financeiras (antes de 1999), em outra parte devido à ineficiência em termos de lucro das grandes, ou das maiores, empresas estatais. E em grande parte devido à paridade do Real com o Dólar; exportando commodities e importando manufaturados a balança comercial tendia ao déficit: pois, em termos absolutos de riqueza à quantidades e valores, havia brutal desigualdade: a cada 10 toneladas de minério de ferro exportado,  um aparelho de celular era importado. Na década de 2000 a história mudou seu prumo e tino.


 A partir de 2003, as taxas básicas de juros (a selic) viram-se em queda-livre. E a poupança passou a ser menos rentável, menos interessante do que ações nas bolsas. O saldo da balança comercial ficou positivado por anos a fio, e o país honrou finalmente sua dívida externa; após uma década naufragado em dívidas por contratação de empréstimos junto ao FMI, o país chegou mesmo a lhe oferecer dinheiro. Aquele banco de socorro ao investimento, que para países sem crédito, em desenvolvimento, concedia dinheiro sob auspícios de arrocho -ortodoxia econômica- se via em apuros.

 De fato, mais do que pagar os juros da dívida externa, já em valores exosféricos mas ainda assim miraculosamente quitáveis, o país acumulou reservas em Dólar, que atualmente (julho 2014) estão em cerca de 800 bilhões de reais. Este lastro possibilita, por exemplo, controlar o valor do Dólar, ajustando o câmbio à mercê do Banco Central e seu entendimento sobre o que é melhor para induzir o bom comportamento do mercado; perdão às dívidas de países africanos, empréstimos a juros amigos para países em desenvolvimento ou com vantajosa política bilateral, e financiamentos e parcerias comerciais novas, entre empresas e governos. Em suma, financiamentos internacionais que levam o país a se tornar um player global: um país com capacidade de influência econômica (política) internacional. Até, financiando na década atual, a construção de portos em países historicamente cerceados. Tudo isto contribui para eventos de magnitude  se instalarem aqui, como os mega-eventos esportivos que são a Copa do Mundo de futebol masculino e as Olímpíadas de verão.

 Em resumo, no mundo capitalista em que nos instalamos, o dinheiro co-manda. E se um país consegue financiar outros, em parcerias políticas (ou como dizem, politico-econômicas), ele é bem-quisto globalmente. Assim sendo, sua eficiência diplomática também é atestada: novas parcerias politicas, repetindo, nos diversos continentes, surgem com os países em desenvolvimento mais importantes (significantes e significativos), aqueles que compõem o chamado BRICS ( Brasil , Rússia, Índia, China e África do Sul, na sigla em inglês). Com o finalmente destes players globais fundando um banco de investimento para, quem sabe, nunca mais depender do F.M.I ou do Banco Mundial.

 Não somos anões, e espelhos fazem bem.

Y.C.O.

01/08/2014

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Adeus, amor!

Adeus, amor!

Estar sozinha mas estar acompanhada
Ter amigos e familiares ao lado
Estar abraçando e recebendo abraços
Ser abençoada: era assim o estar com você

-Estou com você!

Sem você o corpo não quer ficar
Quer gritar à toda calma
A alma entende
A alma e entumece o corpo
Porém, finda sua estadia
Tem de partir sem agonia.

Roda um carrossel de emoções
Imerge em um turbilhão de sentimentos
Felicidade, tristeza, saudade, injustiça
Amizade, beleza, complacência, afeto...

Luto? Luta!

-Tê-la como companheira me fazia completo
-Tê-lo como companheiro me realizava
Agora restam as dores das saudades, dos amores
E se o amor é uma dor ao final,
Essa é a maior que ficou.
A dor-amor.

Mas como Deus o guardou,
Bem guardado estamos
Sobre Seus braços.
Adeus, amor!

Tal e qual terça-feira

Tal e qual terça-feira


  Tal e qual

  Hoje é terça-feira e não te vi. Ainda. Agora sinto mais gosto pela terça-feira. Dia pacato, usualmente. Posicionado entre a (in)disposição da segunda-feira e a meia entrada da quarta-feira. Meia entrada para um cinema. Meia entrada para o espetáculo de dança. Para te conhecer. Se os cinemas não são mais baratos, como antigamente, ou o desabrochar da semana não confirma a expectativa do fim-de-semana, o dia seria sempre chocho. Não fosse o dia em que te conheci. Parecia uma ordinária terça-feira... Exceto...Pelo número sete.7.
   7, tal algarismo não dizia respeito ao número de dias da semana até a próxima terça-feira - ocasião que me ocorre agora, pois, todas as vindouras terças-feiras lembrarei de você e da História da Mulher, guria -, mas dizia sim respeito ao placar de um jogo. O qual não damos muita bola, mas que naquele dia de garoa teve mais importância. Importância histórica, dizem os adeptos do esporte ludopédico. O tal football. Pois bem, do azar do jogo à sorte do amor há um oceano de possibilidades. E ao meio campo, em dribles de cadeiras, um drinque à brasileira se nos brindou à amizade multicor, ao ritmo da cidade em festa germânica. Cervejeira!...
   Após quilômetros do brinde, a extensão do tintim vira convite ao bar defronte. Posta à mesa, junto à continuação da cerveja, em espaço público, ao meio-fio da Vila do Noel. Éramos meia noite e o céu se fazia vermelho, naquele misto de garoa com as luzes fatigantes da cidade grande. Sentíamos um bom presságio. Penso que fui recapturado pelas asas do Destino, anjo primo-irmão do Cupido. E senti a recíproca prostrada. Nossos olhares pareciam refletir a tal cor da paixão. E uma timidez intempestiva impediu-nos um primeiro erro. No entanto, novamente erramos as esquinas ao fim daquela semana histórica - como todas o são, pelo fato de sermos animais históricos. E provamo-nos mais uma vez. Mas desta vez com ênfase epitelial: há erros que são acertos. A proporção da espera transforma a hera em esperança, a fome em ato, e a vontade, pigmaleoa!
   Hoje é terça-feira e não te vi. Ainda...


Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

Minha foto
Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.