Epifanias aleatórias

"Eu te avistei, foi fenomenal...Zigeuzagueei,..."

Claudinho sem o saber revelava seu nirvana. Sua epifania. Seu momento Eros. Dionísio. Mas também seu momento Tânatos -Caos e ordem. Escuridão e Luz -. Apolônio. Cético. Não é o cessar da vida, como aparenta ser, mas o início do viver. Quando se encontram os sentidos ocultos. De fato, os sentidos enganam; mas a razão só é obtida através dos sentidos. O pensamento, por exemplo, que é? Um sentido. Uma inteligência, um inteligir. Só se intelege algo pelo sentido. Para sentir, inteligir, compreender, decodificar é preciso sensibilidade, senso, sentido. Por isso razão e sentimento não se afastam, não se separam, mas se conduzem, se completam.

Afinal, que é um fenômeno? A própria palavra se traduz. Algo que acontece e marca, pelo sentido, pela epifania, pela revelação, pela crença, pela razão. A minha questão é: tudo é uma crença, inclusive a razão. Mas como crer na razão? Isso parece ilógico, paradoxal, mas é o que sustenta toda a ciência. Afinal crença e razão não são antagônicas? Usualmente falando, conotativamente falando, sim. Mas se se crê na razão, como desacreditá-la, descreditá-la ou contrapô-la. Pois se não se crê na razão, não se crê em emoção.  Paradoxo difícil por Descartes: crer é, sobretudo, racional:  a razão é uma forma de emoção. Para crer é preciso raciociar, sim, por incrível que pareça. Raciocinar que se crê. (cont.)...