(In)conveniente aforismo ou tautologia silógica
Seu espírito adormecido clama,
Vontade não é coisa do espírito, mas da chama!
Chama da vida! Centelha ou fagulha, sopro ou conselho.
Conceda-se! Consiga! Siga! Pare! Diga! Expila!
Obedeça ao sinal de respeito.
E ao peito brade forte:
Vencer é vingar vilões!,
e saber porque você vence quando descobre.
Cobrir é ocultar.
Nada oculto é justo, tampouco o culto.
Por isso o disseminar.
Propagar a verdade da palavra ontologosófica.
A verdade está em alguma parte, mas é inútil pensar, lembra-nos Clarice,
Não a descobriremos e, no entanto, vivemos dela.
Vivemos de mitos. E ritos.
Ritos confirmam mitos.
Mas sem mitos não há vida.
Amor, Verdade, Justiça. Vida.
Descaminhos da razão
Renitente-cissípara.
A razão é partida. Por isso há brusca
Busca à sua alma perdida.
Por isso tem de se conectar de novo.
Para isso é preciso foco. Ou fogo.
Visão, vislumbre. Imaginação. Centelha.
E gás nobre para manter perpétua e acesa.
Ou milagre.
O milagre é a própria vida.
Um absurdo em si e para si.
Então, não veja a paisagem como miragem.
Admire! Contemple e agradeça!
Agradecer é dar graça! Dar graça à garça.
A vida se resume à garça.
Voa solene e a sós.
E encontra seu caminho para casa todos os dias.
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