"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Pedintes


Pedintes
Sejamos honestos, ninguém gosta de ser atrapalhado quando está conversando. Quando, no entanto, um pedinte lhe interrompe a conversa no bar e você diz que não tem dinheiro, das duas uma: ou você está mentindo ou é caloteiro.
          Se estiver mentindo, há o embate na consciência, pois a mente humana é sã, e odeia mentir.  Se estiver mentindo, talvez você seja indiferente. Pensa que o meu, ou o eu, não tem nada a ver com o teu, ou o alheio. Se estiver mentindo, talvez esteja na continha, duro, sem grana para doar. Se estiver mentindo, talvez ache muita folga. Ache inconveniente. Se estiver mentindo, talvez seja do contra. Contrário à postura pedinte. Mas como conseguir algo sem tentar? Esse questionamento vale para tudo na vida.
Nu: o pedinte apenas pede. Às vezes atua, dramatiza, e até implora. Mas pede. Doar é opção. É algo moral. Tem a ver com a consciência que reflete. Mas esta uma situação deve lhe parecer inédita: chamar o pedinte para conversar e beber com você. Sim, isso eu já presenciei. E, pra dizer o mínimo, achei curioso. Não me lembro na íntegra do assunto entoado na conversa, mas evidentemente o interesse inicial é pelo estilo de vida. E esse interesse inicial é mútuo. O pedinte quer saber o que o puxador de conversa faz, e vice versa.
Então, passado o puxar e desenvolver da conversa vem a indagação: você já viu alguém fazer isso? E porque será tão rara essa cena? Será que a conversa cotidiana que você tem no bar é muito diferente da conversa do pedinte? Não lhe resta um pingo de curiosidade? Então, fica o desafio. Da próxima vez que alguém for lhe pedir trocados enquanto você está em altos papos no bar, convide essa pessoa à conversa. Se ela aceitar, será surpreendente. Até divida a conta com ela no fim. Calcule igualmente. E veremos...a pessoa vai se sentir mais humana. Afinal que diferença essencial há entre você e ela?

09/08/12



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Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

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Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.