Amanhecer à Praia
O silêncio imposto pelo Sol é mesmo genioso, já se anotara.
Mas agora o silêncio parece incomodar:
Não se fica satisfeito quando a contumaz enérgica mente é interrompida.
Não se está acostumado aos refreios.
Mas eles são necessários.
São vias de escape.
Válvulas liberadoras de pressão.
Mas agora o silêncio parece incomodar:
Não se fica satisfeito quando a contumaz enérgica mente é interrompida.
Não se está acostumado aos refreios.
Mas eles são necessários.
São vias de escape.
Válvulas liberadoras de pressão.
Repensamentos.
Esquecer é também tomar fôlego.
Por isso mergulhar ao gelo é aliviante no verão.
Um choque de energias vão sucumbindo ao léu.
Uma redundante ideia atravessada pode ser ferida, conferida, recortada;
Tal incomodante e veloz serpente à mente é posta à espera
E de supina pode ser desmantelada.
Por isso mergulhar ao gelo é aliviante no verão.
Um choque de energias vão sucumbindo ao léu.
Uma redundante ideia atravessada pode ser ferida, conferida, recortada;
Tal incomodante e veloz serpente à mente é posta à espera
E de supina pode ser desmantelada.
Isto ocorre no meio do caminho, geralmente.
Quando a pedra invisível é reticente.
E depois de todas as conchas e pedras nas canelas
A calmaria pode instalar-se.
No mergulhar-se.
Quando a pedra invisível é reticente.
E depois de todas as conchas e pedras nas canelas
A calmaria pode instalar-se.
No mergulhar-se.
O respiro da paz é da garça copiado.
Pois, junto aos fados da vida citadina, ficam as memórias repentinas.
E em câmera lenta, como as ondas quebrantes, abreviam-se
quaisquer
redemoinhos
ainda presentes.
Dá-se tempo ao tempo e o tempo que for necessário
Numa estrofe sem fim aparente.
Pois, junto aos fados da vida citadina, ficam as memórias repentinas.
E em câmera lenta, como as ondas quebrantes, abreviam-se
quaisquer
redemoinhos
ainda presentes.
Dá-se tempo ao tempo e o tempo que for necessário
Numa estrofe sem fim aparente.
Porque nessas pressas do cotidiano se esquece o que não se deve:
Esquece-se que a vida não é perene...
Esquece-se que a vida não é perene...
Porque nessas pressas do cotidiano inventa-se que se deve.
Inventa-se que se deve ter compromissos incumpríveis!...
Inventa-se que se deve ter compromissos incumpríveis!...
Que sirva então a praia ao recaminho!
Seja a lição apreendida por instinto,
Ao contemplar a passagem, ao se guiar à paisagem;
Ao não viver à paisana!
Seja apreendida por filosofia, ao ler poesia.
Quer queira quer não marota...
Seja a lição apreendida por instinto,
Ao contemplar a passagem, ao se guiar à paisagem;
Ao não viver à paisana!
Seja apreendida por filosofia, ao ler poesia.
Quer queira quer não marota...
Restando a última ciência ser completa, a astronômica,
Que de seus inúmeros satélites as boas ideias surjam!
Siderais! Causando eclipse nas demais antigas!
Que de seus inúmeros satélites as boas ideias surjam!
Siderais! Causando eclipse nas demais antigas!
O silêncio perpétuo do Sol nascente não pede licença à Praia:
Impõe-se.
Derrubando satelitais ideias que, antes de orientarem, confundiam.
E ao invés de informações confiáveis, jogavam dados brutos.
Os quais só na Praia podem ser descodificados.
Impõe-se.
Derrubando satelitais ideias que, antes de orientarem, confundiam.
E ao invés de informações confiáveis, jogavam dados brutos.
Os quais só na Praia podem ser descodificados.
Portanto, a Praia desencripta torrentes de bits desnecessárias.
Ao mesmo tempo, torna líquida qualquer solução não diluída.
Pede uma chance para o simples ser pensado em prioridade.
Afirma serenamente num paradoxo: veja como o instinto ainda comanda:
As gaivotas planam para pensar...
E, no fim, caçar novas presas...
Que foram ideias...
Transmutadas!
Ao mesmo tempo, torna líquida qualquer solução não diluída.
Pede uma chance para o simples ser pensado em prioridade.
Afirma serenamente num paradoxo: veja como o instinto ainda comanda:
As gaivotas planam para pensar...
E, no fim, caçar novas presas...
Que foram ideias...
Transmutadas!
Y.C.O.
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