"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Vale a pena investir na consciência

Vale a pena investir na consciência

O que dá mais dinheiro? um trem-bala, um hospital ou uma escola?
Depende. Se for público e justo nenhum, se for particular eu diria que fica entre o trem e o hospital. E qual é mais importante para o desenvolvimento do país, ou qual é mais fundamental num país que pretende desenvolver-se? o trem, claro! O trem possibilita o deslocamento de pessoas, a reunião de investidores, o turismo inter ou nacional;o trem gera empregos, desabriga/realoca pessoas, desenvolve tecnologia, consolida megalópoles, acelera o tráfego, desobstrui estradas, economiza aviões, barateia o transporte... e mais argumentos a seguir.

Contrariamente argumenta-se:o valor do investimento é alto demais para o governo arcar, com empréstimos pelo BNDES (cerca de R$30 bi, o governo financiando mais ou menos 60%). Mas empréstimos retornam. E o retorno no caso é pela facilidade da infraestrutura, pelo desenvolvimento de tecnologia, deslocamento de pessoas, expansão de várias ordens de negócios, de cidades. E pelo fato de ser um serviço pago diretamente. Retorno: a médio prazo.

Também contrapõe-se: hospitais são mais necessários, com o dinheiro daria para contruir quatrocentos novos e bons. Mas hospitais não dão lucro, apenas despesas. E ainda indaga-se: e os salários dos professores? é irrisório!... Mas essa despesa é de outra ordem: educação não é transporte. São investimentos diferenciados. Há prioridades e prior idades.

Por que reclamar do preço do trem-bala argumentando que falta hospital ou escola? Porque não se entende a ordem dos investimentos. São pessoas diferentes negociando prioridades distintas, para áreas diversas. A gestão de um governo capta recursos com impostos e outros, e cada ministério, secretaria tem seu percentual para administrar. Se o aporte de recursos é maior para um ou para outro depende da carga tributária, da eficiência em angariar fundos em parcerias e da administração visualizar onde está sendo gasto e quanto, e porquê.

A questão não tem a ver com empresa privada ou pública, neoliberalismo ou intervencionismo estatal. É muito mais de ordem lógica, de consciência. A consciência é mãe da administração e somente aquela pode aconselhar plena ou corretamente. Assim, se falta água, teto, portas nos hospitais, escolas ou trens, a depreciação deve ser da ordem da consciência. Se uma má consciência age e a boa é coagida, há um problema. Mas se este embate de consciências (metapsicologizadas) ocorre quotidianamente, que vença a mais forte. Ou que o aporte dê rumo norte para o braço estender-se, envergando-se sem quebrar.

O aporte é a bússola que translocada aponta a direção do corte da ferida administração. Que haja admoestação; que não haja falência a qualquer boa instituição. Que este aporte contenha a dor e reconduza o impulso ao órgão ordenador - que nem dor sente, de facto, por não ter receptores de dor. Por ser apenas um fim para a dor. Por ser o cérebro. E que este órgão contenha a consciência, a preserve, faça-a próativa. E o embate das consciências serve de lição: se a ação provoca uma reação, se o meio influencia o ser ou se há uma adaptação, ou mesmo sem nenhuma influência externa, vence quem age com mais vigor.

Que o vigor esteja convosco, sensata consciência!


Yuri Cavour

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Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

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Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.