"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Tudo que penso



Tudo que penso

Tudo o que penso ser, estou
tudo o que penso estar, sou
tudo que penso entender, estendo
tudo que penso estender, estudo.

Depois desse, não preciso de mais nada
depois desse, preciso de tudo.
E nessa precisão metafísica assintótica
conduzindo-me à infinita ideia
sem tocá-la
apenas penso pensar.

E quando duvido que penso, penso que duvido.
Logo, penso que algo ou alguém me faz duvidar e pensar.
E se algo pensa por mim em duvidar, não penso.

Hobbesiada ideia destrona maligna genial cartesiana cogitação.
Quem garante que o seu duvidar pensar é uma dúvida sua, mal-gênio?
E se existe esse quem, ele não pode ser você:
 porque se sua dúvida é boa você é mau-gênio ? Não.
[É, no máximo, ingênuo; e, no mínimo, desconfiado. Pois, foi levado a descrer, ao não-conhecer.
Logo, isto outro existe necessariamente, através d'um espelho.
E reconhecer-se no espelho é a tarefa
De maior dificuldade possível
E imaginável.

 A geometria explica assim a (sua) existência necessária:
Para cada face há a face oposta, necessariamente.

Como crer no que não se conhece? E como conhecer o que não se crê? É preciso antes conhecer? É preciso de antemão crer em si?
Ou o em si já é um crer para si?
E o crer já é uma crença, um conhecer.
Sim, transformo ao sentido original. Crer é conhecer. Conhecer é crer. São tomé cria.
Conhecer é, também, por assunção coincidente metafísica, criar.
Crer é criar?
Criar é crer?
Só se crê criando?
Logo a crença é uma criação.
E a criatura crê, no limite, em si?
Parece que sim.
Mas o próprio parecer...

Um comentário:

Yco disse...

também não pode ser o gênio maligno, Descartes! não pode! isso é um alter-ego, um supergo? Descarte antecipa Freud?!

Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

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Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.