Todo dia toda noite
Todo acordo sem pé,
Acho que está quebrado.
Todo dia levanto sem mãos,
Talvez estejam algemadas.
Toda noite enxergo brilhar
Mesmo com olhos cerrados.
Todo posso pegar algo pesado
Todo quer conseguir não ser alvejado
Todo inexiste no fim da infinitude
Todo deixa de ser e passa a ser
Todo.
Todo anda descalço e sem medo de tétano
Todo cansa de ver sempre o mesmo teto.
Toda tenta auscultar o sofrimento alheio
Todo é quieto e inerte e sente-se inapto
Todo esquece de ser semente de passado
Todo sente que enverga para apenas um lado
Todo sente que tem algo poderoso em mãos
Todos são como todo: A exceção é a regra.
Y.C.
Nenhum comentário:
Postar um comentário