No mar
À noite
No mar salpicam trinta barcos
Com luz incandescente
Incansáveis pescadores salgados
Pelas águas não-torrentes
De manhã
O gramado amarela o dia
O Sol resfastelante insiste
Com as nuvens que é mais
Potente
Mas teimosas em aleivosia
Assobiam ao vento
O ocaso
Quem escuta a casuarina
Não teme ser mais pássaro
Quando se assume o frio
Que a água da luz sombria
Rebate no mar sem pé
Nem cabeça de rescaldo
Que o pescado ressabia
No mar
O nado é mais fundo à noite
E mais refrescante o dia
Quando o vagalume é letargia
O sono é mais profundo
E o pescador imagina o caldo
Que o pescado daria
Para o almoço
Do dia
Seguinte intermitente
Infinito como as ondas
Dia-após-madrugada
Madrugada-após-dia
29012021
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