Crise e impeachment ( 30 de março de 2016)
Não acho que as instituições democráticas estão correndo risco. Não é um novo 1964. O impeachment é uma possibilidade. O problema é a famigerada judicialização da política, quando parece que a resolução dos impasses políticos só se dá pela justiça. O que é falso. É falso porque as coisas da política se resolvem com política, e mesmo o impeachment pode vir num caso meramente político mas que tenta se justificar juridicamente para ganhar legitimidade. É como se a politica ou os políticos não tivessem credibilidade.
Talvez seja a constatação deste fato.
Tudo na política depende de confiança e nisto o PT está falhando. Mesmo o PMDB, histórico por ser o partido da governabilidade, por se aliar com quem está no poder, parece ter perdido a confiança no PT, e este com sua cúpula manchada por corrupção tem de se reinventar se quiser ainda colocar seus projetos de governo na ordem do dia.
Mesmo sem o PMDB, que mostra que sai do governo porque quer continuar no governo, num paradoxo possibilitado pela iminência do impedimento. Hoje mais um partido da base e aliada decidirá se se mantém junto ao governo ( o PP).
No momento o governo federal conta votos para continuar vivo. E o que parece incrível nisto tudo é que se deposita no governo federal a culpa pela crise econômica, o que forma espiral de desconfiança e de políticas econômicas regressivas que atingem toda a população, passando a crise aos níveis estaduais e municipais, que dependem do crescimento da nação.
Mas, ao mesmo tempo sabe-se que grande parte da crise é devido ao desaceleramento da economia Chinesa, o que puxa os índices de exportação nacional para baixo e influencia a flutuação do dólar internacional, atingindo mercados baseados em superávit, como o brasileiro. Mais uma vez criando um círculo vicioso, no qual o crescimento não é possível porque fogem investimentos estrangeiros voláteis, que só querem ganhos rápidos, baseados na moeda e mãos de obra barata atrelados a um mercado interno aquecido, e que ao menor sinal de crise, desconfiança política retiram seus capitais - restando ao governo a garantia para aqueles dos juros altos.
Estes seguram dólar e mantém tais investidores. Por outro lado, há as desonerações que visam manter o número de empregados e de empresas de investimento de longo prazo ainda presentes mas que, por outro lado, endividam o governo no curto prazo. Então, é curioso depois de um ministro do perfil de Levy vir o Barbosa e dizer que está na hora da política ajudar a economia. É como se ele dissesse que o ciclo crítico (de crise) de crescimento foi resolvido, mas que o ajuste é de médio prazo e que a única coisa restante para a politica anticíclica funcionar seria a resolução do impasse político.
Finalmente, tenho como resolução a premissa: enquanto um dos poderes, a saber, o jurídico, continuar acreditando (batendo na tecla) na sua imparcialidade política, teremos a prevalência deste sob os demais. Quando, de fato, são as decisões políticas que devem influenciar no rumo do país. E não a questionável hermenêutica jurídica aplicada.
Não acho que as instituições democráticas estão correndo risco. Não é um novo 1964. O impeachment é uma possibilidade. O problema é a famigerada judicialização da política, quando parece que a resolução dos impasses políticos só se dá pela justiça. O que é falso. É falso porque as coisas da política se resolvem com política, e mesmo o impeachment pode vir num caso meramente político mas que tenta se justificar juridicamente para ganhar legitimidade. É como se a politica ou os políticos não tivessem credibilidade.
Talvez seja a constatação deste fato.
Tudo na política depende de confiança e nisto o PT está falhando. Mesmo o PMDB, histórico por ser o partido da governabilidade, por se aliar com quem está no poder, parece ter perdido a confiança no PT, e este com sua cúpula manchada por corrupção tem de se reinventar se quiser ainda colocar seus projetos de governo na ordem do dia.
Mesmo sem o PMDB, que mostra que sai do governo porque quer continuar no governo, num paradoxo possibilitado pela iminência do impedimento. Hoje mais um partido da base e aliada decidirá se se mantém junto ao governo ( o PP).
No momento o governo federal conta votos para continuar vivo. E o que parece incrível nisto tudo é que se deposita no governo federal a culpa pela crise econômica, o que forma espiral de desconfiança e de políticas econômicas regressivas que atingem toda a população, passando a crise aos níveis estaduais e municipais, que dependem do crescimento da nação.
Mas, ao mesmo tempo sabe-se que grande parte da crise é devido ao desaceleramento da economia Chinesa, o que puxa os índices de exportação nacional para baixo e influencia a flutuação do dólar internacional, atingindo mercados baseados em superávit, como o brasileiro. Mais uma vez criando um círculo vicioso, no qual o crescimento não é possível porque fogem investimentos estrangeiros voláteis, que só querem ganhos rápidos, baseados na moeda e mãos de obra barata atrelados a um mercado interno aquecido, e que ao menor sinal de crise, desconfiança política retiram seus capitais - restando ao governo a garantia para aqueles dos juros altos.
Estes seguram dólar e mantém tais investidores. Por outro lado, há as desonerações que visam manter o número de empregados e de empresas de investimento de longo prazo ainda presentes mas que, por outro lado, endividam o governo no curto prazo. Então, é curioso depois de um ministro do perfil de Levy vir o Barbosa e dizer que está na hora da política ajudar a economia. É como se ele dissesse que o ciclo crítico (de crise) de crescimento foi resolvido, mas que o ajuste é de médio prazo e que a única coisa restante para a politica anticíclica funcionar seria a resolução do impasse político.
Finalmente, tenho como resolução a premissa: enquanto um dos poderes, a saber, o jurídico, continuar acreditando (batendo na tecla) na sua imparcialidade política, teremos a prevalência deste sob os demais. Quando, de fato, são as decisões políticas que devem influenciar no rumo do país. E não a questionável hermenêutica jurídica aplicada.
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