"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Da grande mídia à propaganda midiática de video-games.



***Texto colaborativo de Igor Cavour Oliveira  para o Blogue DIRETAJÁ. Copy Left.***


Da grande mídia à propaganda midiática de video-games.



 Lemos o jornal falando mal do sistema público de saúde, logo em seguida vemos o intervalo comercial fazer propaganda de planos de saúde. Ouve-se falarem à TV que a educação ficou em último lugar numa pesquisa que desconsidera os países que tiveram se saído pior e a cada ano diminui sua base amostral, logo em seguida vê-se propaganda de escolas particulares. Leio o jornal dizendo que o país é muito violento, logo em seguida há propaganda de seguro de vida. Depois disso, temos a certeza de que os jornais têm compromisso com a verdade pelo bem do país, não com seus patrocinadores. Só que não...


 A pôr mais luz, se um jornalista faz apologia ao crime dizendo que não resta saída ao cidadão (“o quê que resta ao cidadão?”) se não fazer justiça com as próprias mãos e na semana seguinte uma pessoa morre vítima de justiceiros que caíram num boato de internet, certamente o jornal não tem culpa e sequer deve receber retaliação, e o governo tem que mandar dinheiro público para ter espaço publicitário nos canais de TV independente disso - e isso, certamente, não é um desvio de dinheiro público, mas parar de fazê-lo certamente é censura à imprensa, a qual depende desse dinheiro para sobreviver, ou não sobreviveria, ficaria dependente de outros patrocinadores e outros itens desta sequência infinita de jornalismo deturpado.

 Ainda assim, tal jornalismo tem condições de pagar 90 mil reais a um único funcionário: o jornalista-âncora, o qual fala tolices na maior parte dos casos.- Jornalista esse que faz parte da mesma classe social a que fazemos, por sinal.

 Como sabemos, o salário dos donos de empresas gigantescas como Google, Microsoft e Facebook é de 1 dólar, 1 dólar..., pois, podem gastar quanto quiser depois de pagar xs funcionárixs. Obviamente não vai gastar tudo, pois isso mataria a galinha dos ovos de ouro. Se quiserem gastar 1 bilhão, podem.
Mas se políticxs gastam 1 bilhão, é roubo. Logo deve-se passar tudo para a iniciativa privada, desonerar o governo de empresas que dão lucro como a Petrobras porque parte desse lucro é desviado pra corrupção, transformando praticamente 100% dos lucros em lucro privado. E se, por coincidência, a iniciativa privada se chamar “meu parente/amigo”, eu não tive nada a ver com isso. E se estxs quiserem me dar alguns bilhões, isso não é roubo, o dinheiro é delxs, elxs fazem o que quiserem. Isso se chama meritocracia!


 Ainda, empresas não cobram imposto, você pode perfeitamente usar um computador sem pagar nada à MS (Windows), só vai ter que abrir mão de todos seus programas e jogos, visto que eles foram feitos pra Windows compilados num bytecode que só o Windows entende. Isso não é colonialismo... Por exemplo, é revoltante pagar tanto imposto por video-game: quando se compra um jogo nos EUA 9% dos lucros vão para quem fez o jogo e de 20 a 30% para quem fez o console. O resto é dividido entre varejista, publisher e marketing.

 Aqui no Brasil, 50% do preço vai para imposto e o preço quase que dobra porque exportamos menos do que importamos, logo o dólar vale 2,...R$... De fato, tem-se mais que tirar imposto, assim importamos mais, desvalorizando a moeda, o dólar vai pra 4,...R$ e as coisas ficam caras por causa do dólar, não dos impostos. Afinal, queremos pagar Royalties paras as empresas que fazem jogo e para empresárixs ficarem com os lucros, isso não é roubo, roubo é pagar para um governo investir parte em formação de mão-de-obra (educação), parte em saúde e segurança e o resto desviar - tem que ir 100% pra bolso privado!

 Finalmente, empresas que fazem um console fizeram um grande favor de pegar um computador, chamar por outro nome (console) para que ninguém saiba que é um computador e capá-lo para rodar somente jogos licenciados (jogos que pagam royalites), depois esconder o lucro vendendo o console abaixo do custo de produção para lucrar em cima dos jogos.

 Ou seja, investem pesado para nos proibir de jogar nossas franquias favoritas a menos que compremos seu produto (através de contratos de exclusividade).



***Texto colaborativo de Igor Cavour Oliveira para o Blogue DIRETAJÁ. Copy Left.

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Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

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Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.