"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Riots made in Brazil - título inglês dá hashtag na internet...

 Riots made in Brazil - título inglês dá hashtag na internet...


Mais uma meta-análise.
1 a parte

 Sabemos com duas correntes de pensamento sobre a verdade. A primeira corrente é da explicação conservantista e machista ou patriarcal, com Deleuze e Gattari, Freud e Marx, Weber e Foucault. É Tradicionalista. A segunda é antropofagista e feminina ou matriarcal; na segunda parte a mostrarei. A  primeira  explicação é um pouco pessimista, diz que as regras do jogo não mudam por n fatores, já a segunda vislumbra uma esperança. E contra o eivado sexismo, uma autocrítica.

 Para a primeira corrente, a explicação é que em ressonância as coisas se espalham, contagiam, ampliam, reverberam, num movimento, num fluxo de quanta. Da Periferia ao Centro e, depois, do Centro à Periferia. Isso ocorre com desde informações a sentimentos. E a verdade passa a ser um detalhe. Uma forma de poder do tipo ideal, carismática ou qual seja, que visa sempre o mando de um em detrimento do mando de outro em cada ordem, requerimento, reivindicação.

 Para nós, com esses pensadores plurais tradicionalistas, sendo a maioria de todos homens, é possível compreender o que se passa em parte, apenas. Soma-se isso, essa busca da justiça do poder -a verdade-, ao fenômeno de divulgação em massa e à coincidência dos tempos kairóticos e aiônicos, da intensidade e da oportunidade, e temos um "voilà!", um movimento, um fluxo constante, se reverberando trazendo num só momento toda sorte de verdades. Ocorre que essa suposta expressão da realidade revelada na opressão sentida pela classe que tem ido à passeata não é novidade alguma para outras classes! outros gêneros! outras cores!

 Não vemos(e vimos) novidade na repressão do Estado, que é sempre e todo ele conservantista. O temor e a vontade são pela mesma coisa, pela detenção do poder. No momento podemos estar passando por uma oclocracia, mas com o ciclo das constituições já visto por Políbio no século III a.C, rumamos à democracia e então a Politeia! ou Poliarquia. O meu latim sociológico básico explica e implica que em tempos de "internet", tudo se amplia. E a metafísica crença passa a ser o sobredeterminante. A atual crença é de que o poder advém do povo, e que a massa de manobra também manobra sozinha. Mas isso é notório: o poder não mudou de mãos.

2 parte
 E nunca pode o poder mudar de mãos, pois ele simplesmente não existe. Está em toda parte e em parte alguma. Como resume tudo isso muito bem Clarice Lispector: "a verdade está em alguma parte, mas é inútil pensar; não a descobrirei e, no entanto, vivo dela". A verdade é também um mito. A feminista antropologia sabe disso. A matriarcal sociedade sabe disso; mas, como vivemos um movimento, uma transição de queda de patriarcado a um matriarcado, os atuais detentores do machista poder acham que não há explicação.

 Para nós, de outro modo, a explicação de Tarsila do amaral ou Oswald de Andrade persiste. O Brasil quer, num movimento antropofágico e de oclocracia, um retorno a uma sociedade matriarcal, na qual o português é despido e sua verdade nua é mostrada, travestida, jogada de volta. E ele, perplexo, não vê solução sem vexame a não ser tentar impôr de antemão sua verdade a quem era índio, ingênuo. E o atual português(e Cabral vem bem a calhar, no caso do Rio), que é o detentor do poder, só pensa em manter a ordem e o progresso de nossa bandeira, de nosso hino, de nosso "filho que não foge a quem te adora a própria morte".

 Não vemos outra saída e não ficamos surpresos com nada do que ocorre, pois sabemos que, como o velho ditado que vimos discutindo a meses, o seguinte se fatora: novos hábitos destronam a monotonia. E assim, ao avançar no tempo cronológico, ao rumarmos para o futuro, tendemos ao passado: ao querermos o novo, a mudança, vimos no horizonte a esperança da sociedade matriarcal. Onde inexiste poder vertical. O problema é que, se imortal, a esperança pode também nunca ser alcançada; como uma utopia, como o mito da verdade, e apenas vislumbramos, transformamos nossa imaginação em nossa verdade, em tempos de individualismo exacerbado pela internet.

 E, por fim e não menos importante, apesar do que falam da presidente do país, seu discurso é de que repressão gera apenas mais insatisfação; mas falta sua postura coincidir com seu discurso. Manter a agenda do país rumo à diminuição das inequalidades e iniquidades é o que tem faltado tacitamente. Extremamente, fala-se em golpe, e o golpe seria acordar d/nesse sonho quase ufanista.

 E assim a ciência se subdivide em análises, femininas,  masculinas; frias-quentes, racionais e/ou passionais e em verdade. Mas são sempre falsas. É impossível, inverosímel e indesejável haver essas separações. A verdade é uma conjunção de fatores em desequilíbrio. Algo quase químico.



Y.C.O

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Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

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Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.