São risíveis alguns argumentos de que essa lama que late (evitemos, já no-lo fazendo pelo paradoxo da linguagem, falar o nome da Besta) estaria vivo. Aliás, ingênuos. Por que o sério presidente dos EUA estaria disposto a convocar a imprensa no meio da madrugada para anunciar a falácia da década, ou do século? Apenas para se reeleger? Diz-se que os EUA querem dominar o mundo, mas isso parece o argumento do perdedor. De quem quer também dominar. É dominação contra dominação. Qual a diferença? Os aliados dos EUA nunca afirmaram que os EUA quererem dominar o mundo ser um problema, desde que não houvesse megalomania.
O.k., Digamos que na " guerra contra o terror" os terroristas vençam ( e vencem a cada dia). O que acontecerá? Falaremos todos árabe? A grande bobagem é o cultivo ao ódio. Seja por qualquer parte. Mas o que há para se temer pelos EUA? A filosofia de vida diferente? A dominação econômica? A marca de tv ou jeans que será mais vendida? A "sub-"estimação dos povos? O domínio dos mesmos? E fora os EUA, o que se teme? A mesma coisa? Essa discussão merece longa data. Na percepção americana, "a guerra ao terror" é anterior a disputa política. Para os dissidentes da grande nação da América, a morte comemorada é um sacrilégio. Ou uma contradição.
Porém, para cada cabeça uma sentença. Há casos em que não é preciso julgamento, o julgamento estava dado. Não creio que a morte seja um problema, é econômica. Se preso, ele dificilmente confessaria ou entregaria parceiros, e, por outro lado, quanto mais tempo vivo, mais chance de "revoltar" terroristas. Imaginem se ameaçassem um ato de terror pela troca de um prisioneiro de guerra, e, no caso, ele, o falecido, fosse negociado. A coisa perde todo o sentido. Ou, antes, os tribunais internacionais teriam muito trabalho para o julgamento, não seria econômico e nem Guatánamo(!) há mais para presos como o falecido. As instituições democráticas estariam falindo?
No atual mundo da técnica, quem se enfraquece é a democracia. Há uma corrosão da lógica interna. Uma contradição total, e a ciência política é fundida com a econômica. Atribula-se tudo ao econômico (como se os Estados Unidos fosse marxista - piada desnecessária-), inclusive a questão de filosofia política, a questão de que um indivíduo que comanda uma rede que cultiva o ódio seja importante devido ao petróleo. É uma samba do piolho doido. Quer-se eficiência. E ela está dada na economia da morte subreptícia.
De outro lado, o mundo árabe quer um novo sistema. Talvez mais próximo da democracia americana, talvez mais próximo do sistema ditatorial eficiente econômicamente chinês. A técnica "pós-põe", supõe. O sistema se perde. A derradeira questão é que não estão sendo atendidas as vontades populares, e quando as mesmas são atendidas, questiona-se a vontade popular como sendo induzida, e nunca original de mentes sempiternas. Desconhece-se a falácia do argumento da retórica. Este sim propõe o povo ao pensamento, o induz aduzindo as próprias necessidades expostas. Mas então seria demagógica. A política da democracia não apenas compõe técnica retórica com demagogia, mas adere-se a realidade e a recria.
Portanto, o bom cientista político perceberá que a estratégia de defesa do presidente norte americano contra a morte do hipossuficiente (pois, morto) é, secretamente, a vontade popular e, principalmente, a legítima defesa. Daqui a crer dominação global é estar um passo a frente. É crer na volição das empresas de petróleo, que vigiam o oriente a título de lucro desenfreado e não veem a camada de ozônio destroçada. O aquecimento global como sendo outro mito. O levantar com o pé esquerdo -para estar um passo a frente- pode resultar trôpego. E aí está o outro segredo. O outro lado do segredo.
Se pelo lado da conspiração anti-América o domínio do mundo é uma vontade maior, além da realidade já concretizada, pelo outro lado do segredo deve haver essa mesma vontade, inconfessável para não ser incongruente ou dedutível de uma outra possibilidade, também não confessada porque ou não pensada, ou não elaborada. Ou inexistente. Ainda, se uma terceira via é desconhecida, o anarquismo ressurge como possibilidade.
"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."
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Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)
- Yco
- Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.
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