"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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terça-feira, 22 de abril de 2008

Escolha a sua bolha

Comentário Técnico: Como ainda não tenho certeza de como formatar o texto, enumerarei os inícios do parágrafos.--//--

1. Mais um corpo estirado no chão. Coisas da cidade. Coisas que acontecem. Coisas que não têm razão. Coisas que se esquece. Coisas que são chamadas como coisas. Não são coisas, são bolhas. Para não haver mais coisas, que se escreva, se conteste, se indigne, se concorde, se alie, se conecte. Ajude as coisas que pedem por suas coisas. Alimente-as desperdiçando outras coisas.
Continue consumindo muito porcamente tolas coisas. Gaste seu suor aumentando a bolha.

2. Sim, há uma bolha. Bolha protetora e frágil em simultâneo. Separa as impurezas e se alimenta das mesmas. Cresce a cada dia, com o passar da fome sobre a mesa e com o comprar da loja sobre a outra. A fragilidade não está visível pois é transparente para quem está dentro. O sistema, se quiser, pode mudar o destino a qualquer momento, basta um desvio de foco, um reflexo da bolha. A bolha deve aprender a refletir em suas próprias impurezas. Quando a bolha medir a sua espessura então, terá medo, lhe faltará certeza.

3. A propósito, a bolha não tem culpa. Não tem orientação. Não mede esforço para crescer. Sofre com o próprio desconhecimento. Não se olha no espelho. Não usa a partícula reflexiva a não ser para tentar melhorar a si. Mas a miséria está cercando a bolha. À medida em que ela se expande, toca em mais feridas. À proporção que se encaminha para longe, conhece mais ataduras em outras bolhas. Um dia a bolha irá implodir, se não for explodida por outra. Mas o tempo da bolha não deve ser dedicado cem porcento ao descaso. A bolha precisa se divertir; sendo consciente. A bolha precisa se constituir; sem ser excludente. A bolha precisa emergir; pois começa irrisória.

4. A vida é como a bolha de oxigênio no fundo do oceano. À medida que o tempo passa, desenvolve-se, une-se a outras bolhas, reproduz outras bolhas, em uma escala cada vez mais próxima da superfície. As primeiras bolhas tinham menos luz, mas viviam mais intensamente. As bolhas do meio não se queimavam muito com a luz solar, e viviam soberbamente. As últimas bolhas, as mais próximas da superfície, parecem incontroláveis. Não pretendem crescer para subir; pretendem retrosceder, imergir. Pretendem afundar para entender melhor a lógica de uma duração proveitosa.

5. Porém, as últimas bolhas não sabem o que lhe esperam. A superfície está mais próxima do que nunca, e elas logo, logo irão explodir. O tempo para elas corre mais depressa. É preciso aproveitar cada segundo como se fosse um século. Descansar é uma palavra fora de tempo, não está no moderno dicionário da nova bolha. A bolha teme explodir ou ser explodida pelos seus homônimos. Todos estão num campo de batalha cada vez mais apertado; Até que a bolha é interrompida, sem ser estourada. Ganha uma camada extra de proteção. A bolha se reestrutura.

6.Agora a bolha está envelhecida, não quer mais que seus voos sejam alçados e aterrisados rapidamente. A bolha quer agora sentir o que não mais sente. Mas o tempo é um vilão muito, muito cruel. Quando a bolha parecia emergida em mel, lenta e doce, o tempo, odioso tempo, a desintegra. A ajuda do tempo não é modesta, é séria. No momento, a bolha só encontra uma palavra final para as outras bolhas: Não pense estar emergindo, imergindo ou estabilizando-se, isso não existe. O corredor de bolhas expreme todas elas em um só tempo: o tempo do mistério.

7. A qualquer momento pode chegar o líquido odiento que faz emergir para sempre a bolha dissidente; e a qualquer movimento, repetitivo, pode nascer um novo princípio para uma nova formação "bolhear".

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Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

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Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.