"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Preconceito instituído em lei

   Pode lhe parecer estranho, mas no Rio um preconceito está sendo instituído em lei. E o preconceito é precisamente com um gênero musical tipicamente carioca: o funk brasileiro. Sim, o funk! Explico: há uma lei municipal a qual proibe o uso de aparelhos sonoros dentro de ônibus na cidade, e a mensagem com a letra da lei ainda avisa que caso haja resistência a polícia pode ser acionada para retirar o indivíduo perturbador da ordem de dentro do veículo.
  De fato, a lei não diz nada especifico sobre a tal gênero musical, mas todos cariocas sabemos que ela visa atingir diretamente aquele cidadão dito inconveniente porque gosta de usar a função viva-voz dos aparelhos celulares, ou pequeno rádios de bateria, para curtir a sua viagem ouvindo funk. Poucos ouvem música erudita ou rock 'n ' roll em volume estridente...
   Ainda há, às vezes, uma educada ou bem-humorada mensagem indicando o uso de fones de ouvido, como, por exemplo, uma que escreve mais ou menos assim: "ônibus não é local de d.j.". Pelo visto, d.j. só deve andar de carro; mas a tendência é que os táxis adotem a mesma lei e impeçam a locomoção destes mixadores sonoplastas/musicistas a não ser por bike ou a pé, ou veículo próprio. A minhas pergunta é: ônibus são espaços públicos ou privados? E outras: o som abaixo do limite legal de decibéis não seria legal? Por que a lei deve atropelar outra lei? Viva-voz de aparelhos celulares estão incluídos nesta lei? E se uma pessoa resolve cantar dentro do ônibus, será coibida também? Dos vendedores ambulantes prefiro não comentar...já há lei que os proíbe trabalhar dentro dos ônibus - nos metrôs e trens também há legislação específica. Tampouco reclamarei do conforto sonoro dos motores que não roncam dos nossos modernos motores a combustão... barulho de buzinas alheias e à-toa? Isso não existe... só mesmo o funk faz barulho.

P.s. Ontem o #Sakamoto antecipou meu post e escreveu sobre na Folha. Quando achar, posto o link.

outros links

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-criminalizacao-do-funk-pode-resolver-tudo-menos-o-problema/

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Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

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Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.