"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O perspectivismo que me contenha! - Inflexões ao ecoturismo no Cerrado

 O perspectivismo que me contenha!
 - Inflexões ao ecoturismo no Cerrado.

 Realmente o Mercado está chegando aos índios, aos quilombos, ao mundo verde - qual, não por acaso, já virou nome de loja. A solução à ordem do progresso parece mesmo a balbúrdia blackbloquiana, dos black blocs. Em um tomo, levaram a sério a ordem positivista do lema flamular. Tanto esquerda quanto direita convergem ao centro num espectro holográfico esquizofrênico rumo ao top five da economia mundial - a qual, por um devaneio não existe, de facto, mas de jure. Pois, o que é o ajuste ao acaso do preço do petróleo?

 O que importa no mundo mercadológico marxoracional-washingtonconsensual, de contra-dição, de disputa de discursos, é a cultura humana, do avanço. A cultura humana é, cada vez mais, uma só. Que o culturalismo nos salve, que a indigeneização do moderno nos contenha! Os animais é que se diferem? A globalização só não atinge pinguins e borboletas, que continuam migrando pelo magnetismo da Terra, e não pelo cibernético. Mesmo assim pode atingir, pois os pólos invertam a cada dez mil anos, mais ou menos, causando, dentre outros, eras glaciais. Redes neurais são a última fronteira e a integração homem-animal-máquina, numa criação do pós-humano quer aparentemente excluir qualquer anátema do ser. O ser está evanescendo ao mesmo tempo que se recompõe: ele está se materializando. O medo hobbesiano permuta-se à evolução estruturalista.

 Mas, ao fim, nada importa, pois a ordem do caos já controlada é desapercebida, e os fenômenos da natureza indicarão que Zeus estava certo, os Gregos tinham razão. A Ira dos Deuses se dá não por desobediência ou falta de veneração, tampouco trocismo, mas por ignorância,  admoestação e humilhação para quem ainda crê no poder e ignora o respeito. Antropologia na política do outro é refresco sociológico.

 Portanto, matemos nossa sede! Mas sentiremos mais sede!... Porque tudo se desmancha num mundo feito de açúcar diet, café descafeinado e poder renitente: a mistura resulta líquida, fukushimo-baumaniana, voraz, mas sempre com o princípio de Eisenberg reinando. É impossível determinar em que parte está o poder. Ele é como a verdade e a identidade ontológica ou o elétron. Ele está em toda a parte e em parte alguma, como remiu certa vez Lispector : a verdade está em alguma parte, mas é inútil pensar, não a descobrirei e, no entanto, vivo dela.

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Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

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Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.