No Frio
No mistério da fala, a falta é óbvia.
Não se culpa a reta pela trajetória abrupta.
O espaço é o tempo em curvas, como seu corpo.
Nesse contexto sensível, seu trajeto sigo.
É o meu admirar indiscreto à janela da alma.
Poderia calcular qualquer desvio à normal
Para compreender seu magnetismo anormal
Mas me perderia no erro mais grave
Que é transformar o encanto em frio número.
Ao pensar (em) escrever, evito (hein) pensar.
Apenas escrevo o que desejo.
A mente agradece quando é limpa ao tormento
E se esquece no seguinte momento
[que o fim
Do sofrimento leva ao novo sofrimento
De sofrer por não mais sofrer por amor.
No entanto, não é o caso.
Não cabe nesse trecho ribeiro, francamente falando,
O que ainda persiste desde o primeiro encontro.
Naquele dia do atraso e cadeira convite.
Não sendo de propósito, passou a ser.
E hoje a espera é por este lembrete.
O formato aqui ainda me permite
Dizer-lhe em estrofes-limite
O que evidentemente não cabe ao cuore.
Pois supera o que se espera e lhe prepara
Para não parecer, mas ser.
E toda a dificuldade da palavra apara
A revelada cartada.
Aquela carta, ainda a guarda?
Então saiba: aqui a tenho e não a mudo em nada.
A não ser na ênfase, que duplico.
E no frio, no qual me escondo...
No mistério da fala, a falta é óbvia.
Não se culpa a reta pela trajetória abrupta.
O espaço é o tempo em curvas, como seu corpo.
Nesse contexto sensível, seu trajeto sigo.
É o meu admirar indiscreto à janela da alma.
Poderia calcular qualquer desvio à normal
Para compreender seu magnetismo anormal
Mas me perderia no erro mais grave
Que é transformar o encanto em frio número.
Ao pensar (em) escrever, evito (hein) pensar.
Apenas escrevo o que desejo.
A mente agradece quando é limpa ao tormento
E se esquece no seguinte momento
[que o fim
Do sofrimento leva ao novo sofrimento
De sofrer por não mais sofrer por amor.
No entanto, não é o caso.
Não cabe nesse trecho ribeiro, francamente falando,
O que ainda persiste desde o primeiro encontro.
Naquele dia do atraso e cadeira convite.
Não sendo de propósito, passou a ser.
E hoje a espera é por este lembrete.
O formato aqui ainda me permite
Dizer-lhe em estrofes-limite
O que evidentemente não cabe ao cuore.
Pois supera o que se espera e lhe prepara
Para não parecer, mas ser.
E toda a dificuldade da palavra apara
A revelada cartada.
Aquela carta, ainda a guarda?
Então saiba: aqui a tenho e não a mudo em nada.
A não ser na ênfase, que duplico.
E no frio, no qual me escondo...
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