"Sonho é destino". "Dream is destiny". You do it to yourself, you do, and that's what really 'happens'. "Tudo que não invento é falso."

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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Caminhando ao lado da distância

Caminhando ao lado da distância se nota
anotando o caminho se distancia da rota
arrotando ao instante que de novo soa
assoalho recoberto de esbeltos fiapos
pôs a fiança a perder seu eterno nó.

No outro lado da estrada segue reto
retângula é a forma de enxergar o dobro
dobrando o troco se ajuntar papéis
papelaria à prova de falsos fiéis
fidedigno é ser filho de algum valor
valor alto e custo caro ao estado
estando neutro e alto sem sombra
assombra o medo e expulsa o gago
falante frágil e afável encontro
às cegas entregam o destino
destinando variedades hostis
otimismo é mesmo pensar antes
nunca é tarde para fazer valer
e tarde nunca vale o que remonta
há montanhas e vales sombrios
e sem dúvida o vasto intacto
tem mais brio e menos impacto
e menos sendo destoante, sinistro
pode agora escolher sozinho.

A controversa mente se pergunta intensa:
Há verdade no dizer e na proposta?
Dúvidas serpenteiam as íngremes escadas
dos azares e das intermináveis passadas.
E a dor será sentida no ato ou, brevemente,
depositará na alma, formando um cancro.
A espessa nuvem formada não precipita-se ainda
um ponto de saturação deve ser atingido em nível
suficiente e satisfatório para despencar a raiva.
Em outra perspectiva, é cultivada e cauterizada
por sementes profícuas, sabedoras de trilhas
pré-dispostas a tornarem-se e corrigirem-se
dos equívocos de turvas visões ou ilusões.

Imagens criadas sem ponto de fuga e cegos
os nuances aferidos entoam em brisas vorazes
pois são poucas as dobras repetidas e capazes
de desviar tão certos incisivos feixes luminosos.
As vezes das oportúnuas ramificações são poucas
e as vazias avenidas notívagas não caçoam
daqueles que, ao enfrentarem a tormenta e o inferno,
não auscultam os detalhes, ignorando o temor-mór,
transpirando assiduidade e impregnando valores,
causa do exímio labor, honesta e digna pérola negra.

Raras as oportunidades se isentam de justiça própria,
é a plena sinceridade, remontando aos tempos honrosos,
quem ordena e determina se os temidos corajosos
serão peso a erguer a responsabilidade na balança.

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Quem sou eu (em agosto de 2012, pois quem se define se limita, dizem)

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Mais preocupado com a criatura do que com o criador. Existem perguntas muito complicadas. Existem respostas muito complicadas. Existem pessoas que não são complicadas. Existem pessoas que tentam complicar. Eu sou aquela que procura entender; complicando un peu primeiro para poder descomplicar. Quero dizer: se eu entender o problema de forma completa, poderei encontrar a solução mais correta, eu acho. Um sonhador, dizem. Mas não creio apenas em sonhos. Gosto mesmo é da realidade, empírica ou não. Gosto de estudar sociologia e biologia. Sou acima de tudo, e pretensamente, um filósofo, no sentido mais preciso da palavra: o sentido do amor a sabedoria, ao saber. Mas a vida é para ser levada com riso e seriedade. Sabendo-se separar uma coisa da outra, encontraremos nosso mundo, nosso lugar, nossa alegria. Nossa Vida, com letra maiúscula! "o infinito é meu teto, a poesia é minha pátria e o amor a minha religião." Eu. Um ídolo: Josué de Castro; um livro: A Brincadeira (Milan Kundera) ; um ideal: a vida.