Em Guarda
Atiram calados e, irriquietos,
Postulam maneiras de escapar.
Ostentam prazer em pouco espaço,
Emergem sem fôlego de tentar encontrar
o lado de fora que os separa do crível,
no ponto que aguardam um princípio.
Almejam falar ao mundo e ao espaço
que querem mais alto o rarefeito
gás abrangente exclusivo a viver.
Mas, eminente excluído é o ser
Quando, desprovido de escudo
Para uma briga contra o aperto,
Tenta livre sentir o novo.
Expresso é quente e amargo;
Espesso e expele o pigarro;
Atira na mira que ontem almejava
E achava incerto; a bala de birra
Engoma a borracha, que apaga.
Só briga exposta à raiva.
Respira fundo até a nobreza
Esvair-se do caldo distinto
E urgir depressa o instinto,
Que atroz é se necessário.
Porém, sempre hostilmente passivo,
finge que inflinge o certo errado
e certo está que almeja o alvo,
errando, por pouco, de propósito,
para não derrubar em um só golpe
e fazer com que o veneno prove
Da cobra, que transforma senil
em desprovido de etílico flavor,
humanamente ao estilo ator.
Atua e é autor da peça real.
Trespassa solene o mal
e abraça a angelical
certeza errada da paz,
Esta coexiste apenas se aguerrida
está à guerra, que a faz existir.
E paradoxo estranho pode aferir
a dor provocada pela busca incessante,
causada pela ferida certa do errante
do sistema correto, e que se importe
e porte e dê igual modos aos mesmos ocultos
equívocos causados pelo ditado ousado:
um que apresenta o fim no começo
e sustenta o incólume adereço
que é o meio o príncipe culpado
pelo começo errado e fim justo-posto.
Yuri Cavour
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