Nada é como...
Hoje acordei com vontade de dormir,
mas quando notei estava a sonhar!
como não reparei que enxergava tudo
mesmo com ambos olhos dobrados?
Ao olhar para o tempo senti um frio;
a frieza do tempo não fora antes aferida,
bom que agora percebo que algo se move
num constante e fixo avesso ao errante.
Não falha, não cansa, só segue
em frente, contra o vento de popa.
Estende como se nunca fosse o bastante,
estima, faz mais (do)que o suficiente.
Instiga, a fazer como é feito.
Inspira, mantém a verdade à frente.
Depressa, mais ágil que tudo;
apressa, sem subterfúgios.
Tem pressa, acerta a sombra,
impressa, nos cantos mais sujos.
Denota, que é vil, o ser
remete, quem viu, a rever;
quer ver, de novo, a tragédia
destoa: parece comédia.
Tragicômico como o real
enfadonho o tédio redundante
siléptico o pó que atua
a endorfina libera a dor
adrenalina é de fácil controle
e peca sem saber que o vício
sustenta a dor sem suplícios.
Aquela mantida escondida,
que vai no gráfico da vida,
o que mostra o tempo num plano
e no outro oculta o mesmo fugaz.
E insiste que não é consciente,
mas foge do que não mais sente.
Retorna ao fim consequente,
o fundo do fundo do poço.
Enxerga atrás para de frente
não estar nem doído nem dormente.
E volta com substância
que causa em breve instância
um rápido sabor de leveza.
Mas leva embora toda sutileza.
É má, pois vive ao custo
de um gosto cada vez mais em desuso.
Rebusca novas fontes
para novos poços, tão secos
que seriam úteis, se usados
do modo para que foram criados:
matando a sede, de quem, isento de culpa,
sustenta o que o deixa mais sedento.
O mesmo ostenta que pode mais que o poder
por deter nas mãos o pó,
que deixa o ouro leve (em valor)
mas põe em risco o âmago (do ser).
Y.Cavour
Hoje acordei com vontade de dormir,
mas quando notei estava a sonhar!
como não reparei que enxergava tudo
mesmo com ambos olhos dobrados?
Ao olhar para o tempo senti um frio;
a frieza do tempo não fora antes aferida,
bom que agora percebo que algo se move
num constante e fixo avesso ao errante.
Não falha, não cansa, só segue
em frente, contra o vento de popa.
Estende como se nunca fosse o bastante,
estima, faz mais (do)que o suficiente.
Instiga, a fazer como é feito.
Inspira, mantém a verdade à frente.
Depressa, mais ágil que tudo;
apressa, sem subterfúgios.
Tem pressa, acerta a sombra,
impressa, nos cantos mais sujos.
Denota, que é vil, o ser
remete, quem viu, a rever;
quer ver, de novo, a tragédia
destoa: parece comédia.
Tragicômico como o real
enfadonho o tédio redundante
siléptico o pó que atua
a endorfina libera a dor
adrenalina é de fácil controle
e peca sem saber que o vício
sustenta a dor sem suplícios.
Aquela mantida escondida,
que vai no gráfico da vida,
o que mostra o tempo num plano
e no outro oculta o mesmo fugaz.
E insiste que não é consciente,
mas foge do que não mais sente.
Retorna ao fim consequente,
o fundo do fundo do poço.
Enxerga atrás para de frente
não estar nem doído nem dormente.
E volta com substância
que causa em breve instância
um rápido sabor de leveza.
Mas leva embora toda sutileza.
É má, pois vive ao custo
de um gosto cada vez mais em desuso.
Rebusca novas fontes
para novos poços, tão secos
que seriam úteis, se usados
do modo para que foram criados:
matando a sede, de quem, isento de culpa,
sustenta o que o deixa mais sedento.
O mesmo ostenta que pode mais que o poder
por deter nas mãos o pó,
que deixa o ouro leve (em valor)
mas põe em risco o âmago (do ser).
Y.Cavour
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