Devoro-te e percebo
és mais bela pelo placebo
deglutido disfarça o amargo
saboroso afoga os olhos
em gotas salivares e salgadas
deságua enorme vontade assídua
por entre velas e brigas
são encontradas incautas mentiras
Entre as mais sábias da trilha
ocorre um trecho ribeiro
que desafia o corrente
em queda abrupta constante
instinto consoante em uma inter-
disciplinada cachoeira arcada
Em seu trunfo ápico recorre
ao nulo épico flavor sóbrio
um que despreza o mistério
escondendo o nobre arranjo
em um raso prato repleto
do aroma puro e belo
mas que engana o sério
Aparente grande engano
sobra num plano o manto
do pano santo e típico
se acredita é lunático
desacredita-se enfático
certeiro probo inato
ordeiro trono imóvel
odeia trabalho escravo
e convoca o mínimo esforço
Se ganha fácil, é pertinente
desengana-se, então mente
alcança sobre o horizonte
único belo constante, é velho
remonta ao segredo do mesmo
e esconde a si o mistério revelado
Intrometido ao seu lado
sem passar frio ao quente
o induz sem contato
contanto esfria o relato
que é impossível ser alto
num brejo imundo pequeno
de um belo mundo sereno.
Yuri Cavour
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