Cinco minutos de Sol à meia noite
Era a Lua, cheia de mel
Nascida amarela, crescida branca
Como sói no alto Oriente
Se punha em teimosia, estava plena
O estafamento do amanhecer a impedia e pedia
Simultânea mente
Pedia para acreditar apenas no Espaço
Incontido de versos, e erros
Impedia rumar silenciosamente ao Nada
E, errante, estava certa do rumo.
Há prumo em palavras
As brumas da noite de lava inversa
A Lua das noites de maio inverno
Há agrura e defenestração ao meio
Mesmo sabendo que junho lhe aguarda
Decerto o que é sólido pode sublimar
Por isso, extraia-me o insólito desejo
E pule comigo a catraca
A qual nos impede ir e vir - livremente
Não se faça sofrer ou amarre em correntes
E se derrame
Se der, ame.
Se não der, livre-se destas
YCO 31-05-14
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