O tempo é uma forma de vento
Um vento em formato redondo
Em nada se assemelha a um tornado
Inda'ssim pode transtornar ou causar grande estrago
Diferentemente do observador do tempo
O que assimila o vento não é distinto
Já que em dado momento o que vê sem ermo
Não corre o risco do mesmo que o analisa
Friamente o faz por medo de emanar um fugaz
E doloroso sentimento da ruptura do tempo
Este que não cabe no seio por ensejar em seu nervo
Um distúrbio oculto para um belo passeio
Que demonstra sem muros e máscaras
Se na face se estampa e se lasca
Todas breves canastras impurezas nefastas
As quais só escoam por vias onde escondem sombrias
E por de trás de cortinas impessoais e repentinas
Não tem um formato conhecido a maioria
Mas, se enaltecido, se assemelharia
A uma flor sem espinhos
Há beleza incessante; mas, em mares horrendos,
Há também contravias
Se o formato do vento é o que predomina
O tamanho da onda só nos causa aversão
Se de uma hora pra outra libera adrenalina
E nos faz perceber quão inertes ao meio
Estão todos os seres que se isentam alheios
Aos medos que os assombram sem por um devaneio
Causar grande dano nos mais simples e fracos
Todos têm em seu tato noção d’aventura
Se o tempo é fraco o vento é obscuro;
Se o vento é fraco o tempo o cura
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A dor hipérbata
Sinto se movendo algo de novo.
Está machucando quase seu movimento.
E, assim ainda, toca por pouco
Na ferida sem casca e nova.
Uma pouco verdadeira espécie
De tipo de mentira de dor.
Mas a sem suplícios interroga-me,
Sendo enfática, não exclama baixo
E, agindo sempre, vento o contra
Força a ira e a força foje.
O limite até a chamo,
Mas não busco se não encontro.
Com a definida assídua foi-se.
Necessária também foi ela:
A ação, do tamanho era do mundo.
Mas, a resposta, a reação, era pequena,
E, não força havia igual aquela,
Capaz de a possível desvençilhar ira
E transformá-la em traíra dela.
Era objetivo o primordial,
Bem ainda alcançado que não fora
Senão pudera ser fatal.
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