***Texto colaborativo de Igor Cavour Oliveira para o Blogue DIRETAJÁ. Copy Left.***
Da grande mídia à propaganda midiática de video-games.
Lemos o jornal falando mal do sistema público de saúde, logo em seguida vemos o intervalo comercial fazer propaganda de planos de saúde. Ouve-se falarem à TV que a educação ficou em último lugar numa pesquisa que desconsidera os países que tiveram se saído pior e a cada ano diminui sua base amostral, logo em seguida vê-se propaganda de escolas particulares. Leio o jornal dizendo que o país é muito violento, logo em seguida há propaganda de seguro de vida. Depois disso, temos a certeza de que os jornais têm compromisso com a verdade pelo bem do país, não com seus patrocinadores. Só que não...
A pôr mais luz, se um
jornalista faz apologia ao crime dizendo que não resta saída ao
cidadão (“o quê que resta ao cidadão?”) se não fazer justiça
com as próprias mãos e na semana seguinte uma pessoa morre vítima
de justiceiros que caíram num boato de internet, certamente o
jornal não tem culpa e sequer deve receber retaliação, e o governo
tem que mandar dinheiro público para ter espaço publicitário nos
canais de TV independente disso - e isso, certamente, não é um desvio
de dinheiro público, mas parar de fazê-lo certamente é censura à
imprensa, a qual depende desse dinheiro para sobreviver, ou não
sobreviveria, ficaria dependente de outros patrocinadores e outros
itens desta sequência infinita de jornalismo deturpado.
Ainda assim, tal
jornalismo tem condições de pagar 90 mil reais a um único
funcionário: o jornalista-âncora, o qual fala tolices na maior
parte dos casos.- Jornalista esse que faz parte da mesma classe
social a que fazemos, por sinal.
Como sabemos, o
salário dos donos de empresas gigantescas como Google, Microsoft e
Facebook é de 1 dólar, 1 dólar..., pois, podem gastar quanto
quiser depois de pagar xs funcionárixs. Obviamente não vai gastar
tudo, pois isso mataria a galinha dos ovos de ouro. Se quiserem gastar 1 bilhão, podem.
Mas se políticxs gastam 1 bilhão, é roubo. Logo deve-se passar tudo para a iniciativa privada, desonerar o governo de empresas que dão lucro como a Petrobras porque parte desse lucro é desviado pra corrupção, transformando praticamente 100% dos lucros em lucro privado. E se, por coincidência, a iniciativa privada se chamar “meu parente/amigo”, eu não tive nada a ver com isso. E se estxs quiserem me dar alguns bilhões, isso não é roubo, o dinheiro é delxs, elxs fazem o que quiserem. Isso se chama meritocracia!
Mas se políticxs gastam 1 bilhão, é roubo. Logo deve-se passar tudo para a iniciativa privada, desonerar o governo de empresas que dão lucro como a Petrobras porque parte desse lucro é desviado pra corrupção, transformando praticamente 100% dos lucros em lucro privado. E se, por coincidência, a iniciativa privada se chamar “meu parente/amigo”, eu não tive nada a ver com isso. E se estxs quiserem me dar alguns bilhões, isso não é roubo, o dinheiro é delxs, elxs fazem o que quiserem. Isso se chama meritocracia!
Ainda, empresas não
cobram imposto, você pode perfeitamente usar um computador sem pagar
nada à MS (Windows), só vai ter que abrir mão de todos
seus programas e jogos, visto que eles foram feitos pra Windows
compilados num bytecode que só o Windows
entende. Isso não é colonialismo... Por exemplo, é revoltante pagar
tanto imposto por video-game: quando se compra um jogo nos EUA 9% dos
lucros vão para quem fez o jogo e de 20 a 30% para quem fez o
console. O resto é dividido entre varejista, publisher e
marketing.
Aqui no Brasil,
50% do preço vai para imposto e o preço quase que dobra porque
exportamos menos do que importamos, logo o dólar vale 2,...R$... De fato, tem-se mais
que tirar imposto, assim importamos mais, desvalorizando a moeda, o
dólar vai pra 4,...R$ e as coisas ficam caras por causa do dólar, não
dos impostos. Afinal, queremos pagar Royalties paras as empresas que fazem jogo e para empresárixs ficarem com os lucros, isso não é roubo,
roubo é pagar para um governo investir parte em formação de
mão-de-obra (educação), parte em saúde e segurança e o resto
desviar - tem que ir 100% pra bolso privado!
Finalmente,
empresas que fazem um console fizeram um grande favor de pegar um
computador, chamar por outro nome (console) para que ninguém saiba
que é um computador e capá-lo para rodar
somente jogos licenciados (jogos que pagam royalites), depois
esconder o lucro vendendo o console abaixo do custo de produção
para lucrar em cima dos jogos.
Ou seja, investem
pesado para nos proibir de jogar nossas franquias favoritas a menos
que compremos seu produto (através de contratos de exclusividade).
***Texto colaborativo de Igor Cavour Oliveira para o Blogue DIRETAJÁ. Copy Left.
***Texto colaborativo de Igor Cavour Oliveira para o Blogue DIRETAJÁ. Copy Left.